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Record causa rebuliço com estreia de Apocalipse, irrita católicos e mostra Brasília em chamas

Record causa rebuliço com estreia de Apocalipse, irrita católicos e mostra Brasília em chamas
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A novela Apocalipse, da Record TV, estreou na última terça-feira, 21 de novembro, causando irritação aos católicos por apresentar um falso profeta que será amigo do anticristo com claras alusões ao papa, líder máximo da Igreja Católica.

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A igreja em questão terá um nome alternativo, Sagrada Luz, mas a alusão à denominação sediada no Vaticano é evidente, com cenários que se assemelham à cidade-Estado localizada no coração de Roma. Uma sacada, onde o falso profeta faz seus pronunciamentos, é idêntica à usada para apresentar o papa na Praça de São Pedro.

O intérprete do falso profeta é o ator Flávio Galvão, que dá vida ao personagem italiano Stefano Nicolazzi. Na novela, ele é amigo de Ricardo Montana, interpretado pelo ator Sergio Marone, que será o anticristo. Stefano vai ensinar aos seus seguidores que Montana foi “destinado para ser o maior líder da Terra”, mas ele morrerá e ressuscitará durante a Grande Tribulação.

Nesse ambiente, o falso profeta vai fazer valer toda sua influência para mostrar os poderes sobrenaturais do anticristo e levar as pessoas a adorá-lo. Ao mesmo tempo, um pastor chamado Ezequiel (referência ao profeta do Velho Testamento), vivido pelo ator Zé Carlos Barbosa, vai passar a alertar as pessoas sobre a malignidade do líder da Sagrada Luz.

Essa abordagem segue a linha adotada por Edir Macedo à frente da Igreja Universal. Ao longo dos últimos 40 anos, o bispo – que é o dono da Record TV, acusou a Igreja Católica de persegui-lo e ser uma falsa religião. Em 1992, no episódio em que chegou a ser preso, declarou que era a denominação romana a responsável pelas acusações.

A página FaceCatólico pediu “boicote já” à novela, e recebeu reações positivas de milhares de usuários: “Essa novela vai retratar que o papa é a Besta do Apocalipse e que a Igreja Católica é a Babilônia. Mas, o mais absurdo é ter que pedir para que católicos não assistam mais tais canais, pois quem tem um senso católico de verdade nem assiste mais novelas”, diz o texto.

Fases

A novela terá três fases, e na estreia, mostrou pequenas referências bíblicas, como o número 666, a menção a duas testemunhas em Jerusalém, e o início do romance entre o casal que trará o anticristo ao mundo. A personagem judia Débora (referência à líder hebreia do livro de Juízes) vai se envolver com um italiano chamado Adriano, uma menção ao imperador romano que perseguiu judeus e cristãos.

Na tradição judaica, todo filho de mãe judia é judeu. Assim, a autora Vivian de Oliveira adota a interpretação teológica que entende que o anticristo será um judeu. Nesse contexto, o personagem Adriano foi mostrado envolto por uma névoa escura em algumas cenas da novela, como uma representação de possessão demoníaca.

Até o desenvolvimento da narrativa, a novela se concentrará no encontro e romance entre Débora e Adriano, e também nos crimes cometidos por um assassino em série adepto do satanismo.

Efeitos especiais

Um tsunami foi mostrado logo no primeiro capítulo, dando uma mostra de que a qualidade dos efeitos especiais usados em Apocalipse será acima da média do que foi empregado até hoje na teledramaturgia brasileira.

A autora também está usando uma linguagem semelhante a de séries de TV norte-americanas, com mais cenas de ação e diálogos dinâmicos, propositivos. Assim, a audiência logo se identificou com a proposta e o tema, colocando a hashtag #OMundoVaiAcabarEEu entre as mais usadas na noite de ontem.

A abertura da novela trouxe uma cena que expressou parte do sentimento de uma grande parcela da população: a capital do país, Brasília, é mostrada em um cenário caótico, com a Praça dos Três Poderes sendo destruída por meteoritos em chamas.

Fonte: Gospel Mais

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