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Perdão é tema do documentário sobre o massacre da igreja de Charleston, nos EUA

Perdão é tema do documentário sobre o massacre da igreja de Charleston, nos EUA
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História é contada a partir do perdão dos familiares das vítimas, como Chris Singleton que perdeu sua mãe na tragédia.

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O ex-jogador profissional de beisebol Chris Singleton perdeu sua mãe no trágico tiroteio ocorrido em 17 de junho de 2017, na Igreja Emanuel em Charleston, Carolina do Sul. O jovem conta que conseguiu perdoar o assassino e que Deus fez de sua missão de vida compartilhar a história com outros.

A igreja Emanuel de Charleston, descrita como “mãe Emanuel” por muitos fiéis e alvo do massacre de caráter racista, é um forte símbolo da história da comunidade negra no sul dos Estados Unidos, marcado pela escravidão, movimentos de luta pelos direitos civis e as atuais tensões raciais.

Apesar de o autor dos tiros, Dylann Roof ser apontado como um supremacista branco, Singleton e outros familiares de vítimas perdoaram o criminoso.

A história de Singleton é contada no próximo documentário, “Emanuel”, que chega aos cinemas dos EUA em 17 e 19 de junho. O filme compartilha os impressionantes depoimentos das vítimas do tiroteio da Igreja Emanuel.

O documentário, feito em parceria direta com a cidade de Charleston e as famílias afetadas pela tragédia, está sendo lançado para coincidir com os quatro anos do tiroteio.

Mudança de vida

Entre aqueles cujas vidas seriam mudadas para sempre na noite de 17 de junho está Singleton, cuja mãe de 45 anos, Sharonda Coleman-Singleton, estava entre os mortos. A mãe do atleta o criou na histórica igreja negra, fundada em 1816, que já serviu como ponto de encontro para aqueles que marcharam pelos direitos civis.

Ex-campeão de ligas menores para o Chicago Cubs, Singleton compartilha o poder do perdão e conta que sua vida nunca será a mesma.

“Sempre haverá um pedaço de mim que se foi por causa disso. Mas eu usei o incidente, a vida da minha mãe sendo tirada do jeito que foi, para alimentar minha missão de espalhar amor e união. Então eu acho que de certa forma, eu não estou realmente saindo disso, estou usando isso como fogo e combustível para continuar fazendo essa missão”, conta o jovem.

Singleton diz que perdoar o assassino de sua mãe não significa fraqueza, como muitos classificam. “Eu acho que é o completo oposto. É preciso mais força e mais coragem para perdoar alguém do que para guardar rancor, ficar bravo e aborrecido o tempo todo. Eu acho que é o caminho mais fácil”, explica.

Ele conta sua experiência pessoal, dizendo que acredita que ao ser capaz de perdoar a pessoa se liberta do sentimento constante de ansiedade ou de sentir que precisa se vingar ou qualquer outra coisa negativa.

Singleton diz ainda que teve a ajuda de Deus para conseguir superar suas dores. “Sou crente e sei de fato que tive ajuda quando disse as palavras que lhe perdoo. Eu sei agora que não era só eu. Eu sei que Deus estava realmente me usando e minha vida durante esse tempo”, afirma.

Apesar de Dylan Roof ter recebido perdão dos familiares, ele foi condenado à pena de morte.

De volta a Charleston, Singleton se encontrou com outros familiares de vítimas. “Estar perto de pessoas que passaram por isso também, definitivamente nos ajuda em nosso processo de luto”, afirmou.

Compartilhando perdão

Questionado sobre ter tirado algum “bem” de sua tragédia pessoal, conforme relata a Bíblia onde diz “que todas as coisas funcionam juntas para aqueles que amam a Deus”, Singleton diz que “há tantas coisas diferentes que posso contar sobre o bem que vem do poder do perdão”.

Ele destaca um episódio que aconteceu quando estava compartilhando sua história e uma garota chegou até ele para falar sobre as coisas que aconteceram em sua vida e que ela sentia que nunca seria capaz de perdoar seus pais, especialmente o seu pai, pelo que aconteceu com ela.

“Ela disse para mim: ‘Eu não sei se poderei perdoar tão rápido quanto você, mas eu sei de fato que ouvir você falar e ver o que você passou e agora você é o outro lado disso. Eu sei que o perdão é o caminho’”, contou Singleton.

Singleton diz que isso era o que Deus o havia chamado para fazer, motivo pelo qual ele abandonou o esporte que praticava. “Se isso fosse fazer beisebol, ótimo, se não fosse pelo beisebol, tudo bem. Não foi uma decisão difícil para mim, eu sabia que Deus tinha planos diferentes para minha vida”, disse.

Temente a Deus

O rapaz conta que gostaria que as pessoas soubessem que sua mãe era temente a Deus e ela é uma mulher muito fiel. “Eu sei que ela gostaria que as pessoas viessem a Jesus depois de assistir a este filme. Se isso acontecer, seja apenas uma pessoa ou uma multidão, eu sei que ela ficaria extasiada com isso, eu sei que ela adoraria isso”, avaliou.

Singleton destaca que a mensagem principal do filme para todos que o assistem é que o poder do perdão é real. “Eu acho que as pessoas verão isso no filme. Eu acho que as pessoas vão ver que o perdão é o caminho e, esperamos, elas acreditem nisso também, depois de assistir”, disse.

Ele acredita que as pessoas “vão perceber que há um poder maior envolvido na coisa toda. Não foram apenas pessoas dizendo palavras. Eu acho que Deus literalmente tinha as mãos sobre o que aconteceu, as consequências e como todos nós nos unimos. Eu acho que foi Deus nos aproximando. Então espero que as pessoas possam ver isso no filme também”.

Os lucros do filme serão compartilhados com os sobreviventes do tiroteio e as famílias das vítimas.

Fonte: Guiame.com.br

Postagem Original: https://guiame.com.br/gospel/noticias/perdao-e-tema-do-documentario-sobre-o-massacre-da-igreja-de-charleston-nos-eua.html

Divulgação: Eis-me Aqui!

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