Pela primeira vez na história um enredo carnavalesco vai mesclar o sagrado e o profano. A escola de samba Unidos de Vila Maria (São Paulo) exaltará os 300 anos de Nossa Senhora Aparecida ao entrar no Anhembi na sexta-feira, 24 de fevereiro.
O desfile da Vila Maria conta com a bênção da Igreja Católica e também com apoio para a elaboração de toda pesquisa histórica. Muitos religiosos já estão na torcida pelo título do grupo carnavalesco.
De acordo com o UOL uma comissão com cerca de 300 pessoas composta entre padres e funcionários do Santuário Nacional, estão na espera para analisar a homenagem à padroeira do Brasil.
A igreja está aproveitando o grande público do Carnaval para alcançar mais pessoas. “Estamos vendo uma oportunidade de evangelização”, afirmou o padre João Batista, reitor do Santuário Nacional, responsável pelo apoio nas consultas históricas para a entidade criar o repertório musical.
Em outros tempos a igreja via com maus olhos o envolvimento com o Carnaval, uma festa de origem pagã, mas devido o direcionamento do Papa Francisco, a igreja para querer ser mais acessível e ter um relacionamento próximo com o povo.
Nem todos são favoráveis
O apoio da igreja ao desfile com tema eclesiástico não conta com a adesão de todos. Alguns grupos de fiéis estão organizando protestos com objetivo de impedir que a imagem de Aparecida seja exposta no Carnaval. Conforme UOL os membros da igreja consideram um ato de profanação ao santo.
O grupo Terço Público na Sé realizou um ato de contestação contra o que consideram um desrespeito à padroeira do Brasil, no sábado, dia 04. “Estamos em defesa da igreja e da Virgem Maria. Podemos fazer um ato de reprimenda a qualquer autoridade, quando a Sé está em perigo e permite uma profanação como essa”, afirmou a assistente administrativa, Andrea Fiorentino Costa, que coordena o grupo.
Fonte: Gospel Prime