Uma organização que apoia missionários em todo o mundo afirma que o Espírito Santo está “mexendo” como nunca a Síria, país devastado pela guerra. Milhares de muçulmanos vem sendo atraídos para orar com os obreiros cristãos que trabalham nas regiões onde o Estado Islâmico foi derrotado, após anos de sangrenta perseguição.
Na cidade de Aleppo, retomada pelas forças do governo recentemente das mãos de grupos jihadistas, o clima é de medo, pois ninguém sabe “em quem confiar”. Steve Van Valkenburg, que trabalha com a Missão Christian Aid, relata: “Algo encorajador foi vermos uma agência do governo pedir a um ministério cristão se teríamos programas para crianças durante toda a semana. Então, a cada dois dias, estamos oferecendo programação voltada para crianças, sempre com evangelismo. Isso é algo muito eficaz e realmente temos milhares de pessoas frequentando nossas reuniões”.
Os missionários distribuem livremente livros para colorir com temas bíblicos, exibem filmes evangélicos e oferecem Bíblias, comemora. Isso seria impensável alguns meses atrás, quando cristãos eram mortos em praça pública.
Além disso, muçulmanos adultos estão procurando apoio espiritual nas tendas de oração que foram erguidas em Aleppo. “Temos obreiros lá o dia inteiro, todos os dias, apenas para orar com as pessoas que procuram ajuda”, explica.
“A grande maioria está sem esperanças após a destruição de sua cidade e tem medo do futuro, por isso estão buscando alguém que possa ajudá-los”, acrescenta Van Valkenburg.
Esses missionários, além de orar, compartilham o Evangelho, oferecem Bíblias e folhetos aos interessados.
Missionários pedem oração
Os relatos sobre a abertura para a pregação do evangelho na Síria vêm sendo feitos por diferentes missões e ONGS cristãs. O escritório canadense da Missão Voz dos Mártires, que faz transmissões de rádio de programas cristãos no Oriente Médio, contou ao The Christian Post:
“Há milhares e milhares de pessoas vindo a Cristo, estamos em contato regular com nossas estações de FM no Iraque e conversamos com muitas pessoas que têm família no Oriente Médio…. são muitos compartilhando testemunhos de conversões conosco”.
Os líderes cristãos da região pedem que todos que puderem estejam orando por ele, pois os desafios são muito grandes. A Organização Mundial da Saúde (OMS), vinculada a ONU, calcula que 700.000 pessoas, incluindo 300.000 crianças, permanecem presas em áreas sitiadas por jihadistas. Muitos deles são de grupos não ligados ao Estado Islâmico, mas possuem as mesmas motivações.
