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A Guerra contra o mal

A Guerra contra o mal
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Você vai virar exorcista?!?” Foi essa a pergunta que ouvi 100% das vezes em que comentei com amigos que iria fazer o Curso de Exorcismo e Prece de Libertação do Instituto Sacerdos, ligado ao Ateneu Pontifício Regina Apostolorum, em Roma. E aí a conversa seguia para a explicação de que não, fazer um curso recomendado pelo Vaticano não quer dizer que você vá se tornar um combatente oficial do capeta, já que esses – para a Igreja Católica – precisam ser padres ou religiosos nomeados por um bispo. Eu seria apenas um dos leigos, geralmente pessoas que ajudam os exorcistas durante os rituais, acompanhando a semana de aulas. Então uma exclamação recorrente aparecia: “que medo!”. “Não é bem assim”, eu respondia. O curso tem aulas de teologia, psicologia, psiquiatria e até de direito – tudo puxando para a relação dessas áreas com casos que a igreja considera possessões demoníacas.

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O que levou o TAB a pegar o caminho de Roma é uma retomada pelo catolicismo – mesmo que lentamente – desse ritual tão temido e que também gera tanta curiosidade. Durante décadas, a existência do diabo e de demônios como entidades perdeu força mesmo dentro da igreja, com grupos que preferiam associar tais símbolos mais a um conceito amplo de mal do que a indivíduos de uma realidade paranormal. Consequentemente, o exorcismo – o ritual de orações dedicado a expulsar um demônio (ou vários) que teria se apossado do corpo de um ser humano – foi colocado de lado, como algo exagerado e antiquado. Mas no meio do ano passado, a Congregação para o Clero da Igreja Católica surpreendeu um grupo que era renegado havia anos dentro da própria instituição. A Associação Internacional dos Exorcistas, criada na Itália em 1994, foi reconhecida como “entidade jurídica privada” (ou seja, que não fala em nome do Vaticano, mas de certa forma se reporta a ele). Na ocasião, o presidente da associação, o padre Francesco Bamonte, disse esperar que outros religiosos passassem a levar a “dramática realidade” do ritual em consideração, já que ele é “geralmente ignorado ou tem sua importância minimizada”.

O monsenhor Rubens Miraglia Zani, exorcista nomeado pelo bispo da Paróquia de Bauru (329 Km a noroeste de São Paulo) e que faz parte do ainda jovem grupo, coloca em dois pilares o reconhecimento clamado por Bamonte. Um deles é a associação organizar os religiosos para que haja uma boa formação e uma troca saudável de experiências. “A segunda coisa importante”, diz o monsenhor, “é ajudar os bispos a pensarem na realidade da nomeação de exorcistas, porque deveria haver pelo menos um por diocese. Não existe uma obrigação canônica, mas um bom senso pastoral”. Um exemplo de como isso ainda não é uma unanimidade na igreja é a Arquidiocese de São Paulo, a maior do Brasil, não ter um exorcista. Para exercer essa função, o escolhido precisa da nomeação feita pelo bispo e, idealmente, passar pelo curso na Itália. Para o padre Valeriano dos Santos Costa, coordenador do curso de teologia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), o reconhecimento formal da associação aponta para uma aceitação interna mais clara desse ritual. “O gesto tende para isso”, afirma. “Acho que vai caminhar nessa linha, a não ser que haja no meio do caminho algum bloqueio. Mas o gesto é muito claro. É o que tem de ser implantado”.

Fonte: Uol

Divulgação: Eismeaqui.com.br

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