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Os Dez Mandamentos (parte 2)

Os Dez Mandamentos (parte 2)
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Os dez mandamentos orientam como deve ser o relacionamento com o nosso próximo.

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Veremos, agora, a segunda tábua da lei, que contém os mandamentos que tratam das obrigações do homem para com o seu semelhante.

Os três primeiros mandamentos tratam a respeito de Deus e a adoração. Os seis últimos, do nosso relacionamento com o próximo. O quarto (guardar o sábado) é uma transição em que respeitamos o Senhor, mas foi uma ordem dada por conta de uma necessidade proveniente da criação.

Claro que é difícil separar uma coisa da outra. Se nosso relacionamento com Deus está ruim, com certeza também estará com as pessoas à nossa volta. Ao mesmo tempo, ao obedecermos os últimos mandamentos, estaremos também obedecendo e glorificando a Deus.

Precisamos resgatar a beleza e a relevância dos dez mandamentos, nos nossos dias. Ainda, muitos cristãos tendem a vê-los como algo caduco, ultrapassado. Mas se abraçarmos os dez mandamentos como algo fundamental para a nossa vida e relação com Deus, estaremos também abraçando a sabedoria do alto.

Os outros 6 mandamentos

5. Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor, o teu Deus, te dá.

quinto mandamento nos instrui a dar valor e honrar nossos pais. Isso é válido para os filhos de forma geral, sejam eles crianças, jovens ou adultos.  Além disso, também precisamos honrar os mais velhos, e os que exercem autoridade sobre nós.

Hoje em dia tem se perdido o conceito de que as pessoas mais velhas são sábias e podem ajudar os mais novos a crescer e amadurecer. Os jovens têm sido vistos como a solução, e os idosos, como os que “não sabem o que dizem”. Isso, porém, não é verdade, basta olharmos para os provérbios bíblicos que teremos uma visão diferente.

Em uma cultura que gosta no novo e não valoriza a sabedoria, é preciso ir contra a corrente e resgatar a honra a quem é digno dela.

  1. Não matarás

sexto mandamento, não matarás, tem diversas implicações. Já fica bem claro que a ideia vai muito além de simplesmente não assassinar alguém. Jesus disse:

“Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: ‘Não matarás’, e ‘quem matar estará sujeito a julgamento’.
Mas eu lhes digo que qualquer que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento. Também, qualquer que disser a seu irmão: ‘Racá’, será levado ao tribunal. E qualquer que disser: ‘Louco! ’, corre o risco de ir para o fogo do inferno.”

Mateus 5.21,22

Todas as vezes que odiamos alguém, nos iramos sem motivo, temos inveja, e assim por diante, estamos matando essa pessoa em nosso coração. Devemos sempre lembrar de que todo ser humano tem algum resquício da imagem e semelhança de Deus em si. Quando a nossa língua e o nosso coração se voltam contra o próximo, estamos errando diante do Senhor.

Como disse Tiago:

“Com a língua bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.”

Tiago 3.9

Além disso, o cristão de hoje tem diversas lutas para que esse mandamento seja cumprido e vidas inocentes não sejam tiradas. O aborto talvez seja a demonstração mais extrema. Como cristãos precisamos entender que o aborto é o mesmo que assassinato. E mais do que isso, se virmos uma pessoa morrendo de fome, de frio, ou de sede e não a ajudarmos ou fizermos algo para que isso mude, estaremos colaborando para a morte dessa pessoa.

  1. Não adulterarás

O casamento é algo maravilhoso. Foi instituído por Deus antes do pecado inicial, mostrando, assim, que, diferente de muitas leis, não foi ordenado por conta do pecado. A profundeza do casamento chega a refletir, em algum nível, o relacionamento existente entre a trindade divina. Duas pessoas diferentes que se tornam uma só carne diante de Deus.

Apesar disso, a queda manchou a beleza do casamento fazendo com que homens e mulheres se relacionem com outras pessoas além de seu cônjuge. Se o casamento reflete, em algum nível a trindade, quanto o adultério não mancha esse reflexo?

Assim como o mandamento anterior, Jesus também trata sobre o adultério:

“Vocês ouviram o que foi dito: ‘Não adulterarás’.
Mas eu lhes digo: qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração”.

Mateus 5.27-28

O adultério não é só o ato sexual em si, mas também o desejar outro homem, ou outra mulher, de maneira imoral. É desejar trocar o relacionamento de entrega e amor que devemos ter com nosso cônjuge por um prazer carnal.

É interessante notar que Deus tratava a nação israelita como adúltera todas as vezes que ela se prostrava a outros deuses. Dessa forma, sempre que desejarmos alguém fora do casamento, ou que adorarmos outro deus além do Senhor, ocorrerá um adultério em nossos relacionamentos e uma fuga de quem realmente merece nosso amor.

  1. Não furtarás

Todos temos o direito a ter bens. Não é errado ter dinheiro, casa, carro, celular. O errado é adquirir esses bens de modo irregular.

Obviamente o roubo é errado e injusto, e todos sabemos que o ladrão está cometendo pecado! Porém… e os políticos que roubam nosso dinheiro? E os lobistas que cobram juros abusivos e retêm muito mais do que lhes é devido? E os empresários que dão salários indignos a seus funcionários? E o vendedor que dá troco errado de propósito?

Toda vez que não olhamos com cuidado e amor para o bem que o outro tem ou merece ter, estamos furtando algo que lhe é de direito.

  1. Não darás falso testemunho contra o teu próximo

Da mesma forma que devemos guardar o nome de Deus, como vimos no terceiro mandamento, devemos guardar o nome e a honra de nosso próximo, não fazendo falsas acusações contra ele.

Para quebrar esse mandamento não é preciso estar no tribunal dizendo mentiras sobre o acusado. Basta fazermos fofoca sem que a pessoa esteja presente para se defender, espalharmos mentiras e desonra, falarmos sobre alguém sem ter certeza.

Vale lembrar que o objetivo destes mandamentos: não matar, não adulterar, não furtar, não dar falso testemunho, tem sempre em vista não nossos próprios direitos, mas o direito da pessoa que está ao nosso lado. Precisamos ter sempre isso em mente. Assim como Cristo que veio para servir, nós também devemos buscar glorificar o próximo, obedecendo a lei de Deus.

Dessa forma, o cuidado e o zelo com a imagem dos outros deve ser um cuidado do cristão.

  1. Não cobiçarás

“Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; pois Deus não é tentado pelo mal, e ele a ninguém tenta. Mas cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz; então a cobiça, havendo concebido, dá à luz o pecado, e o pecado, sendo consumado, gera a morte.”

Tiago 1.13-15

Cobiçamos quando desejamos algo que não temos, algo que não é nosso. Se prestarmos atenção, a cobiça é o primeiro passo para diversos pecados. Ao cobiçar outra mulher, adulteramos; ao cobiçar um bem do outro, furtamos; podemos até mesmo matar por conta de nossas cobiças e desejos!

Por conta disso devemos, sempre, cuidar do nosso coração para podermos nos arrepender o mais rápido possível e assim evitarmos pecar mais ainda contra o Senhor.

CONCLUSÃO

Embora não sejamos salvos por cumprir a lei, mas pela graça por meio da fé em Cristo (Ef 2.8), isso não significa que não devamos obedecer a Deus e seguir Sua vontade.

Aliás, a salvação por meio de Jesus não é algo que nos leva para longe da lei, mas nos possibilita cumpri-la. Pela Sua morte e ressureição, hoje podemos obedecer a lei de Deus com alegria e prazer. Não obedecemos os mandamentos do Senhor para sermos salvos, mas, por sermos salvos, obedecemos os mandamentos do Senhor como uma resposta de amor a Ele.

Como diz Van Til:

“A vontade de Deus para o homem não deve ser vista como um fardo. Antes, ela deve ser considerada como a sua principal fonte de alegria.”

Fonte: Teomídia

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