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O milagre da comunhão

O milagre da comunhão
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A comunhão que foi perdida no paraíso só pode ser plenamente restabelecida na obra e na pessoa de Cristo.

A perda da comunhão

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A partir da entrada do pecado no mundo, o relacionamento do homem com Deus foi rompido. Esse é o ponto central da narrativa da Queda. Entretanto, muitas vezes nos esquecemos de que o relacionamento entre as pessoas também foi afetado. Em Gênesis 3.7 temos:

“Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.”

Este foi o ponto em que o homem e sua mulher não puderam mais ficar nus um diante do outro, foi quando o relacionamento puro que havia entre eles foi afetado pelo pecado.

Gênesis 3.15a nos lembra da fala de Deus a Adão:

“Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela”.

Com a morte e ressurreição de Jesus Cristo, o relacionamento de Deus com o seu povo foi restabelecido e a Igreja foi instaurada. A restauração do relacionamento do povo com Deus possibilitou a restauração do relacionamento do povo de Deus entre si. A obra da cruz de Cristo é suficiente e eficaz para restaurar qualquer tipo de relacionamento.

O restabelecimento da comunhão

Assim como a nossa conversão é fruto de um milagre, a nossa comunhão, quando estabelecida sobre as bases da verdade, também é fruto de um milagre. A comunhão entre cristãos depende, completamente, da ação do Espírito Santo para existir. A comunhão verdadeira não é mérito dos membros, mas de Cristo. Pense na sua igreja ou no seu ministério: ele continuaria existindo se o Espírito Santo não atuasse? Se a resposta for sim, ele então nem deveria existir, ou pelo menos não deveria ser chamado de ministério ou de igreja.

Ao proporcionar o retorno à comunhão verdadeira, Deus age com misericórdia para conosco. Dietrich Bonhoeffer, em seu livro “Vida em Comunhão”, diz o seguinte:

“Sendo Deus misericordioso para conosco, aprendemos a ter misericórdia para com nossos irmãos. Recebendo perdão ao invés de juízo, fomos habilitados a perdoar nosso irmãos.”

Em Romanos 15.7, Paulo ainda nos confirma que a comunhão entre os irmãos é reflexo da comunhão com Deus:

“Acolhei-vos, portanto, uns aos outros, como também Cristo vos acolheu, para a glória de Deus.”

Esse acolhimento precisa acontecer tendo em vista que ainda guardamos as manchas do pecado em nossa natureza atual, portanto a fraternidade cristã não pode ser estabelecida como ideal, mas como real. A comunhão autêntica não é utópica – ela é possível e precisa ser buscada ou mantida constantemente em oração e aplicação da Palavra de Deus.

O idealismo pode levar as pessoas a um sentimentalismo tóxico e barato que nada tem a ver com o evangelho de Cristo. E, quando isso acontece, Deus pode, muitas vezes, causar decepções nessas comunidades a fim de que elas aprendam a viver conforme a verdade. O sentimento é importante, mas de forma alguma pode ser a base do relacionamento entre os irmãos em Cristo.

Bonhoeffer diz:

“Deus não é um Deus de emoções, mas da verdade.”

Por ser real, a comunhão é motivo de alegria e gratidão em nosso coração. Quantas pessoas, hoje, vivem em perseguição e gostariam de poder se reunir em liberdade? E, mesmo assim, nós podemos negligenciar nossas reuniões por questões mesquinhas, como preguiça ou prosperidade financeira que nos fazem esquecer de Deus. É claro que as igrejas possuem problemas e muitos deles nos levam, corretamente, a sair de lá, mas, antes, é necessário um autoexame para saber se aqueles problemas são fruto de um desvio da igreja ou de uma expectativa irreal das pessoas que ali congregam.

Se nós, enquanto pecadores, somos inimigos da verdade, precisamos, com toda a certeza, da Palavra de Deus. A experiência de vida e o conhecimento são extremamente importantes, mas não a ponto de nos fazer negligenciar a leitura constante da Palavra. Não pense em se afastar do estudo bíblico por considerá-lo difícil: tudo que aprendemos parece difícil no começo. Persevere! Não existe desculpa para, sabendo ler, não estudar a Bíblia.

O estudo da Bíblia é, majoritariamente, feito sozinho. Oramos, pessoalmente, a Deus, lemos a Palavra e meditamos. Se nos tornarmos, exageradamente, dependentes da companhia de outros, consideraremos a solidão desesperadora. É na disciplina da solitude que nos sentimos, suficientemente, felizes com Deus. Isso evita que coloquemos expectativas irreais e frustrações e na comunidade da fé. Pelo contrário, a comunidade de irmãos incentiva, uns aos outros, à leitura individual da Palavra.

Bonhoeffer nos lembra:

“Quem não sabe viver na comunhão também não sabe viver na solidão.”

Quando fazemos parte de uma comunidade saudável, a solitude passa a ser uma disciplina prazerosa!

Por fim, a leitura da Palavra não é, somente, individual. Ela, também, precisa ser feita de maneira comunitária. As duas coisas são extremamente necessárias. É por isso que, desde o Antigo Testamento, existe a leitura coletiva da Bíblia. Os Salmos eram entoados em conjunto nas sinagogas. É por isso que lemos coletivamente a Palavra de Deus em nossos cultos. Quando assim o fazemos, lembramos que nossas necessidades não são as únicas que importam. A Palavra de Deus é universal – fala com todos.

Que possamos encontrar na Palavra o motivo maior da nossa comunhão: o evangelho. Oremos para que a Palavra de Deus seja o assunto mais prazeroso das nossas conversas, e que, cada dia, ela aumente mais a nossa comunhão.

Fonte: Teomídia

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