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“Missões não são um departamento da igreja, mas a resposta dos servos de Deus”, diz pastor

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O pastor e teólogo Hermes Caires diz que Deus direciona os cristãos aos perdidos, estejam eles perto ou longe.

Não é preciso um acontecimento milagroso para que o cristão saiba de seu chamado missionário. Segundo o pastor Hermes Caires, que fez missões na China durante sete anos, o “ide” é para todos. Cristão desde criança, ele ressalta em entrevista exclusiva para o Portal Guiame que foi durante uma conversa que recebeu o convite para impactar os chineses com a Palavra de Deus.

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“Eu já trabalhava em missões de curto prazo. Já tinha ido a Argentina, Paraguai e tem muita gente que fica questionando como foi esse chamado. Elas têm uma expectativa de que deve ter sido um anjo que me falou, porque hoje isso está meio místico. Algumas pessoas tiveram experiências que são fora do que nós chamamos de comum e realmente foram experiências genuínas”, considera.

“Mas, Deus não deu uma doutrina de chamado. Eu orei e pedi que Deus que confirmou tudo isso. Foi um processo muito natural. Eu tinha amigos que estavam se levantando para ir para o país e um dia, um desses amigos perguntou o que eu acharia de ir para China. Eu disse que teria que orar, mas eu veria com bons olhos. Não era algo que eu estava orando ou que vi um anjo, nada do tipo. Mas, no momento que ele falou foi tão rápido a testificação que alí seria um campo para nós”, contou.

“Esse meu amigo disse que o campo precisava muito de ensino e isso tinha a ver comigo. Aí sim eu digo que foi o meu chamado, porque eu tenho uma vocação para área do ensino. Onde tem um lugar precisando de um professor, de um mestre, porque não ir? Eu não desprezo isso, mas acho limitada essa ‘linguagem’ que a cultura evangélica coloca como chamado missionário”, diz ele sobre esperar por um grande sinal.

“Acredito que existe um missionário de carreira, aquele que Deus chamou para ser missionário em tempo integral, que está em movimento, sem muitas raízes. Eu acredito nesse direcionamento, mas não acredito que uma pessoa vai ser chamada para determinado povo e ela não pode pregar para outro. ‘Ah, eu não posso pregar para brasileiros porque eu sou chamado para pregar aos chineses’. Deus direciona as pessoas aos perdidos e certamente terão perdidos próximos e distantes”, colocou.

Você não precisa de um “chamado”

Segundo o pastor Hermes, muitos cristãos criam grandes expectativas devido a segregação de missões. Como ter uma secretaria voltada apenas para esse assunto, por exemplo. “Essa cultura se desenvolve pelo fato de termos departamento de missões ou secretaria de missões, como setores ou departamentos isolados. A mudança de cultura começa a partir do momento que eu vejo missões não como departamento, mas como o resultado da igreja”.

Perseguição religiosa

Questionado se ele passou por perseguição religiosa na China, o pastor afirma que suas experiências difíceis foram abençoadas com a graça de Deus. “Eu sou meio suspeito quando se fala de perseguição. Passei por situações difíceis sim. Fui interrogado, tive que ficar escondido em porão de casa. Já evangelizei e dei treinamento em vilas isoladas, em vilas clandestinas. Mas para mim isso não é nada perto do que colegas meus chineses passaram”, disse.

“Então, eu tenho até um certo constrangimento de falar isso. Eu vejo alguns missionários fazendo um tipo de marketing em cima disso, porque eu sei que não é nada perto do que eles passam. O máximo que aconteceria comigo como estrangeiro é ser detido durante uma semana e depois deportado, ter o visto cancelado. Eu tive amigos chineses que foram expulsos de suas províncias, que tiveram suas casas demolidas, que viram amigos sumirem. Então, o que eu passei não é nada. Quando eu dou um testemunho, gosto de falar mais das coisas boas que eu passei. Sempre que passamos por algum desafio Deus nos deu graça”, relatou.

O pastor ainda salienta que existe perseguição religiosa no Brasil em determinado nível. “Eu acho que perseguição religiosa seleciona pessoas. Há 30 anos, quando eu era criança já levei cusparada na cara por ser crente. Já fui discriminado e perseguido na minha escola por ser crente e naquela época eu já era selecionado. Dizer que era crente era estar disposto a no mínimo sofrer bullying”, finalizou.

Fonte: Guiame

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