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Evangelho: um Santo remédio

Evangelho: um Santo remédio
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Se você não nasceu na última década, deve lembrar da campanha publicitária para promover a compra de remédios genéricos no Brasil. A ideia era reforçar que o genérico era mais barato, mas tão eficaz quanto. Dando continuidade ao tema, vamos discutir sobre uma ilustração: a de que o evangelho é um Santo remédio – ou costumava ser.

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Nossos laboratórios eclesiásticos, como bem aponta Ed René Kivitz, em Outra Espitirualidade, empacotaram a essência para torná-la mais atraente. Nessa mudança, o conteúdo foi alterado. Agora, o marketing vale mais do que o remédio em si.

Amparados na discussão do teólogo sobre o tema, vamos explorar o que roda por aí nas “farmácias” teológicas do país.

O evangelho versão incorporação

“A receita diz que o usuário deve esvaziar-se completamente de suas responsabilidades pessoais para tornar-se gradativamente um mero instrumento despersonalizado das forças espirituais. ”

Ao contrário do que parece, esse remédio é antigo e a essência veio emprestada dos terreiros de macumba e dos centros espíritas. Lá, anula-se o homem para a recepção do espírito. Daí, a expressão “baixar o santo”. Bom. Nos setores da Igreja Evangélica, mudou-se a roupagem para não assustar o seu crítico público.

A ideia é justificar todas as coisas pela ação direta do Espírito Santo. “O Espírito mandou dizer isso…”; “Foi o Espírito que me conduziu…”

Como combatê-lo?

Ora, não é do interesse de Deus e do próprio Espírito que a nossa espiritualidade seja amadurecida e defendida pelo racionalismo que tanto nos interessa? John Stott já dizia que “crer é também pensar”. Vale a pena rever a estrutura.

O evangelho versão segregação

Esse evangelho é um dos mais complicados. É de estirpe elegante e muito caro – algo bem diferente do que Jesus pregava, inclusive. Essa crença só pode ser utilizada por uma classe especial dos favorecidos de Deus: seus filhos.

A verdade é que quem crê no evangelho da segregação esqueceu de ler o texto bíblico de Tiago e tantos outros que condenam tipo de coisa. Seus usuários proclamam que as riquezas do mundo pertencem a Deus e seus filhos e, essas, foram usurpadas pelo Diabo e pelos ímpios.

Para eles, algumas doses de vigília e oração forte são capazes de devolver o que sempre foi deles. Aquele poder da restituição. Lembram? “Dizem que o pão é nosso, mas nosso significa dos crentes. A fórmula foi emprestada dos regimes totalitários.”

Como combatê-lo?

“Mestre, qual é o maior mandamento da Lei? ” Respondeu Jesus: ” ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’.

Mateus 22:36-39

 

O evangelho da meditação

Administrado apenas nas farmácias espirituais corretas, esse evangelho é ministrado apenas por enfermeiros selecionados. Sua fórmula está entre o catolicismo romano e tem base no institucionalismo hierarquizado. Aqui, não há antes e depois de Cristo, mas antes e depois da Igreja. Antes e depois da unção do Bispo, do Missionário e do Apóstolo. Vai ver que eles acreditam em outro tipo de sangue derramado na Cruz…

Como combatê-lo?

Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.

1 Timóteo 2:5,6

Evangelho sentimental

Seus seguidores acreditam que a participação do culto é a principal fonte do benefício espiritual para os fiéis. Quem não estiver lá, perde a dose. Porque o que vale mesmo é sentir aquela coisa boa quando se entra no templo. Parece até que os pecados desaparecem quando o ministro de louvor toca o primeiro acorde. Quase que num passe de mágica.

Jesus respondeu: “Vocês estão enganados porque não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus! Mateus 22:29

 

A escrita pode até parecer debochada, mas o deboche mesmo nasce no centro do poder evangélico contemporâneo. Mistura-se dinheiro, fé e engano com promessa de salvação. Esses remédios genéricos de nada valem.  O que vale mesmo é se apegar no Cristo que foi até a Cruz para nos redimir.

 

“O verdadeiro evangelho é um chamado à autonegação. Não um chamado para a auto realização.” John MacArthur

  • Reflexões baseadas no livro Outra Espiritualidade, de Ed Rene Kivitz

Fonte: Eismeaqui.com.br

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