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Cosmovisão cristã em poucas palavras

Cosmovisão cristã em poucas palavras
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Cosmovisão é visão de mundo. Todos temos uma visão de mundo, independentemente de a professarmos ou não.

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Todos nós possuímos opiniões sobre os diversos assuntos que nos cercam. O tempo todo debatemos ideias. Mas, como chegamos nas conclusões a que chegamos?

Segundo a disciplina da lógica, toda conclusão parte de uma premissa ou de um pressuposto. Isso significa que a partir de uma base ou de uma proposta argumentativa, nós construímos o nosso pensamento.

Muitas vezes, assimilamos ideias de terceiros sem compreender os seus pressupostos. O conjunto desses pressupostos, portanto, são as lentes pelas quais enxergamos o mundo à nossa volta. Essas lentes representam a nossa cosmovisão.

A Bíblia é um livro recheado de pressupostos. Portanto, existe, sim, uma cosmovisão cristã. Ela moldará o pensamento do cristão sobre todas as coisas que o cercam. Dito isso, não podemos crer em um dualismo entre o sagrado e o profano, onde o cristianismo é restrito à vida da igreja e a vida fora dela é considerada “imunda”.

O cristianismo é sobre toda a nossa vida, todas as esferas da nossa existência.

O debate de ideias esconde, na realidade, um debate de cosmovisões. Por isso, em assuntos diversos, costumamos ver quase sempre as mesmas pessoas nos mesmos lados da discussão. Isso não é uma simples coincidência: os mesmos pressupostos levam a conclusões iguais em diferentes assuntos. Além disso, visões distintas também podem chegar a conclusões parecidas, em alguns assuntos. Isso não significa que ambas são igualmente corretas.

   Cosmovisão, segundo James W. Sire em seu livro “Dando nome ao elefante”, como um conceito, é:

“…um compromisso, uma orientação fundamental do coração, que pode ser expresso em uma história ou em um conjunto de pressuposições (suposições que podem ser verdadeiras, parcialmente verdadeiras ou totalmente falsas) que sustentamos (consciente ou subconscientemente, consistente ou inconsistentemente) sobre a constituição básica da realidade, e que fornece o fundamento no qual vivemos, nos movemos e existimos”

É importante enfatizar que a cosmovisão não é apenas um compromisso intelectual, mas é também um compromisso do nosso coração.

O coração, o centro da vontade humana, também influencia (e muito) a maneira como pensamos. Jesus nos diz que “a boca fala daquilo que está cheio o coração”. (Mt12.34)

Para entendermos melhor a cosmovisão cristã, vamos partir dos 4 grandes pilares da narrativa bíblica.

Estes são: criação, queda, redenção e consumação.

Cosmovisão da criação

A forma como você enxerga a Deus afeta a forma como você enxerga o mundo.

Na criação vemos o Deus onipotente, onipresente, onisciente, auto-suficiente, amoroso, verdadeiro e justo criando todas as coisas.

Na criação vemos, também, que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança. Isso significa que Deus criou o homem perfeito e santo, e que ele carrega, impresso em seu coração, alguns atributos de Deus. Se cremos em um deus que possui atributos diferentes daqueles descritos na Bíblia, ou até sem algum deles, temos toda a nossa cosmovisão distorcida.

Se cremos, por exemplo, que Deus é amor mas não justiça, nos tornamos pessoas condescendentes com o mal, pois esquecemos do atributo da justiça de Deus. Se cremos que Deus é justiça, mas não amor, nos tornamos pessoas impiedosas, pois esquecemos do atributo da misericórdia de Deus. A justiça de Deus é amorosa, e o amor de Deus é justo.

A cosmovisão afeta a maneira como vemos todas as coisas porque Deus é senhor sobre todas as coisas. Como bem disse Abraham Kuyper:

“Não há um único centímetro quadrado, em todos os domínios de nossa existência, sobre os quais Cristo, que é soberano sobre tudo, não clame: ‘É meu!’ “

Cosmovisão da queda

A forma como você enxerga o homem afeta a forma como você enxerga o mundo. Após a queda no Éden, toda a humanidade foi afetada pelo pecado. Isso significa que o homem, como um todo, sofreu as consequências da queda e, a partir de Adão, tem uma inclinação natural para o mal. A sua natureza agora é totalmente caída.

A negação desse conceito bíblico, de que homem é inclinado para o mal, é conhecida como “visão irrestrita do homem”. Isso significa que as pessoas, que creem nessa ideia, acreditam ser possível livrar o homem do mal através de reformas (ou revoluções) sociais e políticas, pois pensam que ela, a sociedade, é o grande agente corruptor do homem.

A Bíblia apresenta uma visão restrita do homem: isso significa que não acreditamos no avanço moral da humanidade pelas suas próprias forças. Apesar disso, temos esperança, pois a palavra de Deus oferece a redenção do homem mediante o sacrifício e obra de Jesus Cristo. A redenção do homem, portanto, não está em filosofias ou em ideologias, mas somente em Cristo.

Cosmovisão da redenção

A forma como você enxerga o evangelho afeta a forma como você age no mundo. Não cremos em salvação por obras pois sabemos que, por causa da queda, o homem é incapaz de se achegar a Deus por suas próprias forças.

Uma visão que deposita no homem ou em ideologias humanas a esperança de redenção, é uma visão anti-bíblica, para não dizer idólatra.

Cosmovisão da glorificação

O local onde depositamos a nossa esperança afeta a forma como enxergamos o mundo. A cosmovisão cristã nos fala da esperança da volta de Cristo e da restauração definitiva do seu Reino.

Ter esperança no dia do Senhor, e que ele irá julgar os vivos e os mortos, também reflete a maneira como enxergamos o mundo. A descrença no retorno de Jesus, ou num momento de justiça final, nos traz desespero. E o desespero, que é a perda de todas as esperanças, é incompatível com a fé cristã.

Conclusão: 

A conversão representa o reconhecimento do senhorio de Cristo em todas as esferas da nossa vida. E Deus escolheu a Bíblia, a sua Palavra, para falar com a gente. Portanto, oro para que as Escrituras sejam o seu farol, por onde, através dessa luz, você enxergue todas as outras coisas.

“Eu creio no cristianismo tal como creio no Sol. Não porque apenas o vejo, mas porque através dele eu vejo todas as outras coisas.” C. S. Lewis

Fonte: Teomídia

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