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Pílula usa gases do organismo para detectar doenças intestinais

Pílula usa gases do organismo para detectar doenças intestinais
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Pesquisadores inventaram uma pílula inteligente que detecta gases no intestino dos pacientes e poderá ser usada para identificar problemas na região

Pesquisadores australianos desenvolveram uma pílula inteligente que detecta gases liberados no intestino e envia, a cada cinco minutos, informações para um dispositivo externo. Os cientistas acreditam que, no futuro, essa tecnologia poderá ser usada para diagnosticar doenças gastrointestinais.

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Os mecanismos do sistema digestivo ainda são pouco conhecidos até por especialistas. Sabe-se que os alimentos são degradados para facilitar a absorção dos nutrientes e eliminação dos resíduos. Entretanto, há milhares de variáveis no trato digestivo de cada pessoa.

“Temos uma série de malabsorções de carboidratos, como podemos diferenciá-las? Como elas impactam o intestino? E em quais pontos?”, exemplifica Kourosh Kalantar Zadeh, da Universidade RMIT, na Austrália, à BBC.

O novo dispositivo representa uma abordagem inovadora para responder a essas perguntas, em tempo real, e de forma pouco invasiva. Em um estudo publicado recentemente no periódico científico Nature Electronics, cinco pessoas ingeriram a cápsula. Os pesquisadores receberam informações sobre quanto tempo a pílula demorou para passar pelo sistema gastrointestinal e o aumento na ingestão de fibras, por exemplo.

“O que você está medindo aqui são as flatulências antes de serem expelidas. Trata-se de um sensor de gases, então quanto mais conseguirmos analisar o teor deles, melhor a informação que teremos sobre o intestino do paciente”, diz o professor Kourosh Kalantar Zadeh, da RMIT University, na Austrália.

Características do dispositivo

O dispositivo mede 26 milímetros de comprimento por 9,8 milímetros de largura, o tamanho máximo para uma pílula ser engolida. Dentro, há uma pequeno termômetro, um radio transmissor que envia os dados a um dispositivo externo que cabe no bolso, uma bateria e sensores que detectam oxigênio, hidrogênio e dióxido de carbono. Apesar do nosso corpo liberar outros gases, o rastreamento desses três já diz muito sobre o funcionamento do órgãos.

Oxigênio, hidrogênio e dióxido de carbono

oxigênio, por exemplo, serve como um dispositivo de localização: ele mostra aonde o corpo esta quebrando aerobicamente  (com oxigênio) ou anaerobicamente (sem oxigênio) os conteúdos. Já os níveis de dióxido de carbono dão uma ideia sobre o microbioma da pessoa: as bactérias do intestino liberam CO2 como resultado de seu metabolismo e a quantidade certa desse gás mostra que o microbioma está vivo e prosperando, segundo informações do site Quartz.

hidrogênio é provavelmente o gás mais importante para se acompanhar do ponto de vista clínico porque ele mostra quando os alimentos estão sendo quebrados durante a fermentação. Sua liberação geralmente acontece quando o processo normal do intestino falha em quebrar o alimento e, geralmente, é um sinal de que o corpo daquele paciente não se dá bem com determinados tipos de comida.

Apesar do estudo ser pequeno, não houve relato de efeitos adversos associados à pilula. Isso significa que, no futuro, o diagnóstico de uma doença complexa ou intolerância pode ser feito a partir da simples ingestão de uma pílula.

Fonte: Veja

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