Apologética

Quanto é pastor?

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“Cheguei em casa de Mariazinha. Era uma tarde fatídica de sábado. Ela em sua cama amargava as dores de seu câncer em estágio extremamente avançado. Chegara lá convidado por algumas irmãs a fim de orarmos com ela.

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Sua situação era realmente dramática. Consternado, abri a Bíblia e comecei a meditar com ela a respeito de Deus. Disse-lhe com todo amor que Deus poderia curá-la, ou não. Se este último fosse o caso, perguntei como estava sua alma e se ela estava preparada para se encontrar com Deus. Diante de seus lacrimejantes olhos, expus-lhe o plano de salvação. Ao terminar seus olhos outrora lacrimejantes, agora derretiam-se em lágrimas.

Orei com ela e me dispus a ir embora. Antes que pudesse deixar o quarto, fui abordado por seu pai:

– “Quanto é pastor?”

Assustei-me com a pergunta.

– “Isso eu faço de graça” respondi – “é minha obrigação”.

De assustado passei a indignado ao ver os “diplomas” e “recibos” de promessas e campanhas promovidas por alguns “pastores” que lá estiveram antes de mim. “Pastores” que em troca de promessas de cura milagrosa e de profetadas toscas, “aceitaram” uma “ofertazinha”.

– “O senhor foi assaltado”- eu lhe disse – “isso não é coisa de Deus”. “O que fizeram com o senhor foi trapaça, sinto muito”.

Quero abrir um parêntesis aqui. Esta historia é verídica. O nome da personagem é fictício, mas a experiência foi real. Não foi vivida por mim. Foi compartilhada comigo na manhã da ultima segunda-feira por um amigo no seminário. Apesar disso foi como se eu estivesse lá. Com sua autorização estou publicando aqui.

Publico para denunciar esta diabólica falácia chamada “doutrina da prosperidade”. Publico também com indignação semelhante à do meu amigo.

Indignação por causa desta corja que se auto-intitula “profeta do altíssimo”, “mensageiro do Rei”, “ministro labareda-de-fogo”, e na verdade não passa de um bando de ladrões e bandidos salafrários comprometidos apenas com sua própria prosperidade. Seus pulpitos são trono de satanás. São arautos do diabo. Gente que rouba, que mata a fé alheia, que se aproveita da dor e do sofrimento de outros para extorquir.

“Raça de víboras! Vocês acham que vão escapar do que estar por vir? Quem iludiu vocês? Vocês não escaparão a menos que se arrependam destes caminhos odiosos.”

Mas nem tudo são espinhos. Fecho aqui meu parêntesis para mostrar o resto da história.

“Após sua confissão e entrega a Cristo, orei com ela e me dispus a ir embora. À medida que fui me retirando, ia se aproximando uma “pastora” daquelas que já estivera ali anteriormente. Com o coração cheio de fé Mariazinha bradou:

-“A senhora pode voltar da porta mesmo”. “O que eu precisava receber de Jesus, recebi hoje”.

Às 5hs da manhã desta segunda-feira, dormiu Mariazinha. Descansou nos braços do seu Salvador. Não precisou pagar nada. Não precisou “votar” nada. Seu único passo de fé foi render-se à verdade. Caiu nos braços da graça, de graça.

Marcelo Batista Dias
Fonte: [ Ecclesia Reformanda ]

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