Psicologia

Manipulando os cristãos através das dinâmicas de grupo

Manipulando os cristãos através das dinâmicas de grupo
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Li alguns artigos do casal “Martin Bobgan” e “Deidre Budgam” (1) falando sobre como os cristãos são manipulados através das dinâmicas de grupo. O tema é atual e propício para os nossos dias, porque traz ao conhecimento elementos importantes para refletirmos. Ao ler este artigo fui profundamente incomodado pelo Espírito Santo a levar este assunto para reflexão dos amados irmãos. Procurarei tratar o assunto de uma forma clara e objetiva. O objetivo é provocar uma reflexão a luz da Bíblia sobre o tema e tirarmos o máximo de proveito para as nossas atividades na igreja.

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Temos visto nos últimos anos que muitos líderes motivados pelo sonho de um crescimento rápido são levados a priorizar recursos e técnicas seculares para atingir seus objetivos. Sem sombra de dúvidas, é saudável e bíblico que a Igreja cresça. O próprio Senhor Jesus fala a Pedro sobre o Seu propósito. “… edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; Mat 16:18b”

Paulo em sua carta aos Corintios, ensina que crescimento vem de Deus. “Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. 1Co 3:6.” Parece que esses textos não fazem parte da Bíblia de muitos líderes. Por esse e outros motivos, as lideranças e seus liderados são alvos de grandes dificuldades e, conflitos pessoais e de relacionamento dentro da igreja. A idéia básica que normalmente está em evidência, é que, para se manter o grupo unido ativo e perseverante e que possa se multiplicar, é preciso implementar técnicas e recursos seculares. Na verdade esses recursos aos olhos humanos são bons, trazem resultados positivos cativando as pessoas atraindo-as para o grupo.Esses recursos são na verdade perigosos trazendo como verdade aquilo que a Bíblia não diz e fazendo aquilo que a bíblia não ensina ou condena. Portanto estão longe de resolver definitivamente o problema das pessoas e não podemos ser confundidos e contaminados por essas influências. Mesmo quando cheios de boas intenções.

Deus nos estabeleceu colocando ao nosso alcance o verdadeiro caminho para seguir-mos, para que o coração das pessoas seja atingido da forma que a Palavra seja cumprida na sua plenitude. Basta aplicar os ensinamentos bíblicos da forma como ela é simples, verdadeira e poderosa para transformar uma vida. Este conhecimento não é exclusividade nem privilégio de uma determinada classe de crentes e lideres. Precisamos estar convictos que os lideres de grupos e os que exercem atividades de ensino na Igreja, estão realmente preparados e conscientes que existe uma diretriz formal biblicamente correta. Quando todos os integrantes do grupo conhecem e praticam os propósitos e limites estabelecidos pela Palavra, o crescimento será sempre saudável e permanente. A Palavra de Deus com a ajuda do Espírito Santo nos dá toda fonte de conhecimento que precisamos para o crescimento da Igreja.

“Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto. (Jer 17:8)”.

Meu desejo é que os Grupos da nossa igreja sejam estabelecidos como no versículo acima, nas situações mais difíceis não deixarão de dar frutos. Quando assolados pelo inimigo será resplandecente e visível em todos os membros, à fidelidade às verdades bíblicas. Não podemos parar de dar frutos.

Na primeira parte desse estudo descrevo alguns elementos comuns que podem ser usados em vários movimentos de grupo, tanto no mundo quanto na Igreja. Discutiremos aspectos como atividades centradas nas emoções, a criação de oportunidades para o surgimento de dissonância cognitiva (2), a exploração de vulnerabilidades à sedução do grupo, o apelo à necessidade de fazer parte de uma comunidade, as técnicas de influência do grupo, a indução à participação do grupo, o mecanismo de identificação com o grupo e a possibilidade de cair em armadilhas. Na segunda parte falaremos sobre os vários movimentos de grupo e discutiremos as formas de se defender contra seus enganos.

(1) Martin Bobgan – É Bacharel e mestre pela Universidade de Minnesota e tem doutorado em Psicologia Educacional Pela Universidade do Colorado. “Deidre Budgam – É Bacharel pela Universidade de Minnesota e mestre pela Universidade da Califórnia. Ele tem falado sobre Psicologia e fé cristã em inúmeras conferências em igrejas, no rádio e TV. O casal Bobgan escreveu dezessete livros sobre o assunto e edita a PsychoHeresy Awareness Leter. (2) Dissonância cognitiva é uma teoria sobre a motivação humana que afirma ser psicologicamente desconfortável manter cognições contraditórias.

1 – ELEMENTOS COMUNS QUE PODEM SER USADOS EM VÁRIOS MOVIMENTOS.

OS ERROS DOUTINÁRIOS. 

Desde o nascimento da Igreja os cristãos têm combatido erros doutrinários gerados por movimentos centrados no homem e várias outras heresias. De um lado enfrentando o gnosticismo (Conhecimento secreto obtido através da experiência mística), e do outro tinha que enfrentar o judaísmo (legalismo). Apesar disso a Bíblia afirma que as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja verdadeira (Mt. 16.18). Embora tenhamos essa certeza confortadora, a Bíblia nos adverte acerca do engano que pode desviar o crente do caminho reto e construir uma forma falsa de cristianismo (Mt. 24).

De que modo as pessoas são arrastadas para um falso cristianismo?

Muitas vezes nas relações interpessoais, sendo convencido a adotar certo ponto de vista ou participar de um determinado grupo por diversas formas de interação humana. Por sua vez a pessoa atraída para dentro do grupo é seduzida por vários meios de manipulação, atraindo, persuadindo, intimidando e prendendo. Por tanto, os cristão precisam saber da existência dessas técnicas de relacionamento interpessoal que podem ser armadilhas para atraí-los para falsas doutrinas.

Os Cristãos que buscam o caminho para o verdadeiro crescimento espiritual querem sentir a presença de Deus de uma forma mais profunda, conhecê-LO melhor, andar mais perto de Deus, livrar-se de tudo que impede agradar e servir melhor a Deus em sua vida. Porém estão vulneráveis às falsificações, que fazem promessas carnais e demoníacas e propõem métodos humanos para alcançar esses objetivos. Promessas que parecem bíblicas por meios carnais para se promoverem.

Quando estudamos sobre a salvação vemos duas coisas acontecerem. A primeira acontece num lapso de tempo onde a pessoa é tirada do reino das trevas para o reino da luz – Regenerada pelo Espírito de Deus. Entretanto a segunda parte da Salvação se dá em um lento processo de transformação em que o Cristão vai assumindo a imagem de Cristo, esse período leva toda a vida do cristão, e exige que cada momento, seja tomado uma decisão de negar-se a si mesmo (antiga natureza, que segue a inclinação da carne) e andar segundo o Espírito.

E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará. Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?Ou, que daria o homem pelo resgate da sua alma?(Mc. 8.34-37).

A carne não gosta de ser contrariada. Ela quer de resultados rápidos. Na Bíblia, vemos a influência religiosa das nações vizinhas a Israel. O Povo de Israel aderindo à idolatria dessas nações quando o verdadeiro Deus Vivo não lhe dava o que queria, na ora que queria. Saul preferiu procurar a feiticeira de En-Dor, do que buscar o conselho do Deus Vivo. Quando o pragmatismo e a experiência são colocados em primeiro lugar é bom tomar cuidado para não ser vítima do engano espiritual.

Quem está com pressa fica vulnerável a cair na tentação de ir atráz de aventureiros espirituais, que afirmam ter encontrado um meio mais fácil e mais rápido para alcançar a plenitude espiritual. Promessas implícitas e explicitas tão atraentes como ocorreu no Jardim, quando a serpente prometeu a Eva, se comesse o fruto da árvore do bem e do mal, seria como Deus, conhecedora do bem e do mal.

Da mesma forma ocorre atualmente a concupiscência dos olhos e da carne e a soberba da vida estão agindo em toda parte para que os cristãos vulneráveis sejam atraídos por essas promessas. A concupiscência de ver Jesus antes do tempo através de técnicas emocionais e de visualização; a concupiscência carnal de ter um rápido progresso espiritual, e a soberba da vida, o desejo de ser admirado, de ser super espiritual e espiritualmente poderoso. Essas vozes desses encantadores atraem cristãos para o naufrágio nas sutilezas de Satanás.

Embora muitos cristãos estejam prevenidos quanto aos abusos espirituais, eles podem ser atraídos pelo uso de técnicas que muitas vezes parecem inofensivas e até benéficas, mas elas podem ser apenas os primeiros passos que conduzirão o crente a ciladas e experiências contrárias à Bíblia, algumas delas oriundas do ocultismo.

O MOVIMENTO DOS GRUPOS.

Desde o dia do Pentecostes os Cristãos se reúnem em grupos pequenos ou grandes, para estudar a Palavra, orar, ter comunhão e cuidar uns dos outros. Deus nos criou para estarmos ligados uns aos outros e viver em grupos. Criou a família e estabeleceu nações. Os grupos familiares foram criados para que os membros da igreja se conheçam e ministrem uns aos outros de uma maneira mais eficaz. Quando baseados na Bíblia centralizados em Cristo, esses grupos crescem em santificação e dedicação à obra, enquanto. Entretanto vimos uma verdadeira explosão de grupos dentro da comunidade cristã que utilizam atividades individuais e em grupo para promover doutrinas antibíblicas. Esses grupos podem usar a Bíblia e parecer até muito bíblicos.

Todos nós conhecemos e aplicamos vários métodos dinâmicos de interação com indivíduos e grupos com o objetivo de persuadir a outros. Esses métodos não requerem treinamento especial e podem ser bem inocentes, como convidar um amigo para fazer parte de um grupo ou participar de alguma atividade conosco. Ma existem outros métodos que são enganadores, induzindo por meios tortuosos para entrar no grupo ou seita e aceitar um sistema religioso.

APELANDO PARA AS EMOÇÕES.

Uma das mais eficazes dinâmica de grupo quando apela para as emoções. Uma das formas mais fáceis que fazem as pessoas passarem de um sistema de fé para outro. Por exemplo: uma pessoa é convidada a participar de uma reunião onde acontecem experiências emocionais. Ela fica cheia de dúvidas, mas acaba indo porque foi um amigo que convidou. Durante a reunião ela houve os apelos emocionais e as pessoas participando. No meio de toda excitação, a pessoa acaba deixando envolver emocionalmente e participa daquela experiência. Assim que a pessoa ultrapassa a fronteira entre a hesitação e a participação ela fica enredada das emoções e experiências. Acabam as dúvidas, acaba a excitação. Em geral, essa pessoa se torna participante e apologista. Nas reuniões seguintes a nova crença vai se firmando cada vez mais, principalmente se essas reuniões forem centradas nas emoções e no emocionalismo.

A pessoa conseguiria se afastar se parasse um pouco, seguisse a admoestação bíblica de ser “sóbria” eliminasse o apelo facilitador e perguntasse. Quando foi que Jesus ou os Apóstolos usaram essas técnicas para atender e inflamar este tipo de envolvimento emocional? Mas, uma vez dentro desses grupos é difícil não ser afetado pelos acontecimentos, principalmente se a pessoa tem participação neles, ainda que reduzida.

O APELO DO GRUPO.

A principal forma de atrair os cristãos para participarem de grupos são os testemunhos de crescimento espiritual, o aumento da percepção da presença e do poder de Deus. Isso é uma forma comum de incentivar a participação de qualquer atividade de grupo, inclusive na Igreja. Portanto esse método pode ser utilizado tanto para o bem como para o mal. O desejo de pertencer a um grupo muitas vezes é estimulado através de testemunhos espetaculares.

Deve-se tomar cuidado é com o conteúdo desses testemunhos. Existe alguma promessa de se tornar especial – ter mais do que outros cristãos têm ou ser mais do que eles são? Existe algum apelo ao desejo de pertencer a um grupo de elite? O grupo é aberto a qualquer um ou seleciona alguns poucos que estejam buscando algo além da “experiência espiritual comum”? Preste atenção ao quanto a pessoa fala sobre o grupo e sobre sua própria experiência decorrente do fato de fazer parte dele.

A INFLUÊNCIA DO GRUPO.

Quase todos os grupos influenciam seus membros, começando pela família, passando para os grupos informais de amigos e chegando aos grupos mais estruturados. Ao discutirem como os grupos funcionam e como influenciam socialmente seus membros, autores que estudam a “teoria da influência social” dizem o seguinte:

Praticamente todos os grupos de que fazemos parte, desde a nossa família até a sociedade como um todo, tem um conjunto implícito ou explícito de crenças, atitudes e comportamentos considerados “corretos”. Qualquer membro do grupo que se afaste dessas normas corre o risco de sofrer isolamento e desaprovação social. Portanto, os grupos controlam seus membros através do uso de recompensas e castigos sociais.

Um fato ainda mais importante é que os grupos nos fornecem um sistema de referência, uma interpretação pronta para eventos e questões sociais. Eles fornecem as lentes através das quais vemos o mundo. Qualquer grupo que exerça um desses dois tipos de influência – regulação ou interpretação – constituiu-se num dos ossos grupos de referência. Nós recorremos a esses grupos para avaliar e decidir a respeito de nossas crenças, atitudes e comportamentos; se procurarmos ser como os membros desse grupo, diz-se que nos “identificamos com eles”.

Os cristãos se reúnem para aprender a sólida doutrina bíblica e para encorajar uns aos outros na fé. O próprio Jesus os coloca como membros do corpo de Cristo quando são nascidos de Seu Espírito. Jesus estabelece líderes como dádivas para a Igreja e como mestres e pastores para orientar a Igreja na Sã doutrina e na prática.

Entretanto muitos grupos chamados “cristãos” não ensinam a Sã Doutrina e andarem segundo o Espírito, glorificando o Senhor através da sua fé e prática. Muitos grupos acrescentam técnicas mundanas que usam as emoções e seduzem a carne. Precisamos ficar atento a essas distorções baseadas na psicologia e em promessas que agradam à carne.

Algumas técnicas usadas, com a manifestação de amor e carinho para atrair as pessoas para o grupo apelando para o desejo que as pessoas têm de ser amadas e aceitas pelos outros. Mas juntamente com essas expressões de amor, existe a pressão do grupo e a conformidade ao grupo. Primeiro, vem o amor e o carinho; depois vem a pressão para ser e fazer o que o grupo quer.

A mais eficiente pressão é aquela que não é percebida. Se um membro do grupo pensa que está participando de uma determinada atividade ou se comportando de certa maneira por sua própria escolha, segundo sua inclinação pessoal, a probabilidade de que ele se ajuste ao grupo aumenta. O efeito pode ser reforçado atribuindo-se qualidades às pessoas de acordo com a mudança que se deseja produzir nelas. Por exemplo, se o líder do grupo tem um coração de servo, o indivíduo membro do grupo pode começar atribuir essas características a si mesmo e passar a servir com maior freqüência. Então quando isso acontece, o líder pode dizer: “vejo que você tem um coração de servo”. Essa confirmação de que a pessoa agora acredita a respeito de si mesma (“sou do tipo de pessoa que tem o coração voltado para o serviço”) a encorajará a servir ainda mais. Quanto mais a pessoa atribui a si mesma as características, atitudes e ações do grupo, mais ela se sentirá motivada a acatar sugestões e pedidos.. De início os pedidos podem ser modestos e fáceis de atender, mas quanto mais comprometidos se tornará, chegando ao ponto de assinar acordos, dedicar tempo e/ou dinheiro, assumir mais compromissos e servir aos objetivos do grupo.

INDUÇÃO E IDENTIFICAÇÃO.

Embora cada grupo tenha seus procedimentos próprios, há sempre um processo de indução. Esse processo pode não ser percebido imediatamente. Entretanto existe um apelo ao desejo de ser querido, de ser aceito e amado. Outros grupos apelam para outros desejos e objetivos pessoais, como abandonar certos hábitos, obter cura emocional, ser transformado ou ter propósito e importância na vida. Quando nos juntamos ou pensamos os juntar a um novo grupo, estamos abertos a nos identificar tanto com o grupo quanto com suas crenças, ideais e alvos.

Quando um grupo pratica a “transparência” e seus membros partilham certos “segredos” pessoais. Faz com que os novos membros sintam-se aceitos – como amigos íntimos. A transparência gera sensação de intimidade, principalmente quando os depoimentos se concentram em lutas pessoais contra tentações e comportamentos que a Bíblia classificaria como pecado. Em alguns grupos, o pecado de cada um é seu crachá de membro. Alem disso a medida que as pessoas vão sendo expostas, os membros desenvolvem entre si um tipo de laço que dificulta a saída de alguns deles, por medo de que esses segredos sejam revelados fora do grupo.

MUDANDO AS CRENÇAS.

Uma pessoa que já está ligada emocionalmente ao grupo pode aceitar facilmente crenças e práticas contrárias ao que acreditava anteriormente passando a fazer coisas que nunca teria feito antes. Em alguns grupos, as pessoas são levadas a participar de atividade de cura interior e expulsão de demônios que tem mais a ver com a psicologia freudiana e junguiana(3) e com o ocultismo de que com a verdade bíblica.

A batalha inicial do cristão é não se tornar um membro aceito nesse tipo de grupo, porque o tapete de boas-vindas está recheado de suporte emocional e aprovação. Sua luta inicial é permanecer totalmente alerta e consciente das técnicas de dinâmica de grupo que atuarão sobre suas emoções e sobre seu desejo de “ser amado, respeitado, reconhecido e necessário”.

(3) A terapia junguiana, explora extensivamente os sonhos e fantasias, um diálogo é estabelecido entre a mente consciente e os conteúdos do inconsciente.

PRESO NUMA ARMADILHA OU LIVRE PARA SAIR A VONTADE.

No primeiro estágio da identificação, algumas pessoas podem experimentar um grupo durante algum tempo e descobrir que ele não é adequado para eles, ou que não satisfaz suas necessidades como achavam. Talvez tenham dúvidas incômodas sobre vários aspectos das crenças e práticas do grupo. Algumas vão embora por razões doutrinárias; outras por razões pessoais. Ou sua identificação com o grupo teve vida curta (não criou raiz em sua alma) ou foi substituída por outra coisa. Algumas pessoas descobrem conflitos entre esse grupo e um outro ao qual pertencem como família ou igreja, e assim não conseguem vencer a fase de transição e decidem sair.

Por outro lado muitos outros permanecem como membros leais e ativos por anos a fio. Muitas dessas pessoas avançam no grupo e se tornam lideres encarregados da expansão do movimento. Outros permanecem porque o grupo se tornou seu principal “sistema de apoio”. Eles continuam presos ao grupo por causa do senso de comunhão e de realização. Contudo existem outros que gostariam de sair, mas tem medo de fazer isso porque foram convencidos que precisam do grupo para sua sobrevivência, ou temem se sentir perdidos sem ele. Outros temem sair porque muita coisa da sua vida pessoal foi revelada e temem a recriminação e não ser mais aceito por aqueles que conhecem seus segredos mais ocultos e seus piores pecados.

Os elementos comuns à dinâmica de grupo mostram como as pessoas podem ser enganadas e levadas a concordar com a opinião da maioria dos membros de um grupo e a participar de ações que podem ser muito diferentes de suas idéias originais. Diante das atividades centradas nas emoções, da criação de oportunidades para a exploração da vulnerabilidade à sedução do grupo, do apelo à necessidade de fazer parte de uma comunidade, das técnicas de influência de grupo, da indução a participação no grupo, de identificação com o grupo e da possibilidade de cair em armadilhas, os cristãos precisam estar alertas em relação ao que está ocorrendo.

2 – OS GRUPOS QUE SEDUZEM E PRENDEM

Nessa segunda parte falaremos sobre os vários movimentos de grupo e discutiremos as formas de se defender contra seus enganos.

As técnicas descritas na primeira parte ocorrem naturalmente nas interações humanas, mas também podem ser usadas para atrair pessoas para diferentes doutrinas, teorias e práticas. Chegando até ao ponto que alguns denominam “lavagem cerebral”. Portanto, o cristão prudente deve estar alerta e buscar a Palavra de Deus com a ajuda do Espírito Santo para saber se está sendo manipulado psicologicamente ou não, já que muitas dessas técnicas são usadas por grupos que seduzem ou prendem. Quais são esses grupos que usam essas técnicas? Discutiremos apenas alguns dos muitos que existem.

GRUPOS DE ENCONTRO

Na década de 60 surgiu o movimento do encontro, baseado em teorias e técnicas da dinâmica de grupo. Muitos cristãos aprenderam essas técnicas para influenciar os indivíduos e grupos. Esse movimento adota muitas formas de terapia e abordagem de grupo, inclusive os Grupos T (Grupos de Treinamento), os grupos de conscientização, os laboratórios de sensibilidade e a Gestalt, embora não se restrinja a elas.

Os grupos têm características gerais e apresentam variações individuais dependendo da pessoa que promove e lidera os trabalhos. Os primeiros grupos enfatizam a experiência da dinâmica, outros enfatizam os relatos pessoais de fraquezas e mágoas do passado e do presente.Esses movimentos de grupos tem suas raises na psicologia social, nas teorias psicológicas da personalidade e na psicoterapia. Embora aparentemente tenham declinado nos últimos cinqüenta anos e tenha recebido diferentes nomes, a verdade é que as crenças e práticas dos encontros em grupo continuam a espalhar seu fermento por toda a igreja, atraindo indivíduos vulneráveis com promessas implícitas ou explícitas de benefícios espirituais. Um do pressuposto básico é que ser totalmente transparente e aberto traz benefícios emocionais. A Auto-exposição se tornou quase um absoluto terapêutico no movimento do encontro, e influência tudo o que é dito e feito ali. As pessoas são estimuladas pelo grupo a contar tudo, se resistir é rejeitada pelo grupo e considerada uma pessoa tensa, artificial, arredia, falsa, sem autenticidade.

Uma das formas extremas é a maratona, durante a qual a pessoa passa por experiências de alta intensidade, com duração de muitas horas, por um período de dois a três dias. A teoria por traz é que à medida que a experiência continua por horas a fim, as emoções e os mecanismos de defesa normais vão se enfraquecendo, até que no final resta somente a verdadeira essência da pessoa, sem mascaras ou disfarces.

É difícil imaginar que um corpo cansado, esgotado física e emocionalmente, possa representar a pessoa em sua essência, mas essa é a teoria por traz dessa loucura intensiva.

É sabido que esses encontros podem provocar danos psicológicos, colapsos mentais, divórcios e suicídios, mas esse fato é pouco divulgado. O Dr. Jerome Frank adverte: “Desse modo, esses grupos podem facilmente se transformar numa reunião em que as pessoas tiram proveito uma das outras, podendo causar graves danos em alguns participantes”.(a) Quando combinamos o risco potencial do encontro com a reduzida possibilidade de sucesso, começamos a nos perguntar o que levaria alguns cristãos a adotarem as técnicas do encontro com tanto entusiasmo.

Sarah Leslie diz: “Na década de 1970, alguns grupos basearam suas igrejas-sedes no modelo do grupo de encontro, enfatizando a psicologia humanista em vez da autoridade bíblica”. Ela cita um trecho do livro A Igreja nos lares: O Movimento da igreja nos lares adota técnica e conceitos de educação contemporânea, da sociologia, da psicologia, da antropologia e do movimento do potencial humano que passam servir aos seus propósitos, que possam capacitar as pessoas a trabalhar e a amar com mais liberdade e sensibilidade de uma forma menos defensiva, reservada, tensa.

Veja como a cruz de Cristo, a Palavra de Deus e a obra do Espírito Santo são complementadas com a sabedoria humana.

O encontro é uma experiência sintética e artificial. O resultado esperado é que a pessoa sofra uma mudança neste cenário especial e depois passe a viver como um obreiro melhor, um cônjuge melhor, uma pessoa melhor. Entretanto, exceto os testemunhos, as pesquisas simplesmente não revelam nada disso.

A situação é triste. Além de ter uma moralidade que não é bíblica, o movimento do encontro é um falso substituto para a realidade salvadora da Bíblia e do Cristianismo. Essa mudança de foco, da mente para os sentidos, da razão para a emoção e do espírito para o corpo; assim a exaltação da auto-esposição e a deificação da experiência pessoal nunca demonstraram ser antídotos para as mazelas humanas. Qualquer pessoa que deixa de lado as Águas Vivas e vai beber das cisternas quebradas dos encontros é como Esaú, que trocou seu direito de progenitura por um prato de lentilhas.

CÉLULAS

Nem todos os grupos são iguais. Algumas igrejas que mantém grupos regulares de estudo bíblicos nos lares podem chamá-los de “células”, embora não tenham nenhuma relação com o movimento que leva este nome. O que nos interessa aqui é o sistema de igreja em células que “foi projetado para controlar e monitorar os membros da igreja e para atingir o alvo final do império religioso apóstata: colocar o planeta terra sob o domínio da Igreja Global! O movimento do crescimento em células segue o movimento do crescimento de igreja idealizado por Donald McGravan e promovido por C. Peter Wagner, que admitiu sem rodeios que esse tipo de crescimento deve ser “ao mesmo tempo uma convicção teológica e uma ciência aplicada, procurando combinar os princípios eternos da Palavra de Deus com as melhores descobertas das ciências sociais e comportamentais contemporâneas” . Tricia Tillim escreveu uma série em cinco partes.” A Igreja Transformadora”, onde descreve erros doutrinários do movimento. Diz ela: A suposição aqui é que a Bíblia é insuficiente para discipular os convertidos e precisa de auxílio das “ciências sociais e contemporâneas”. Mas quando a psicologia assume o lugar da doutrina, o que se obtém é um evangelho da auto-estima”.

Além disso, o que acabamos tendo em mãos é um sistema de obras nas quais os cristãos estão sob o controle de homens que exercem o poder através de autoritarismo, intimação e outras formas psicológicas de manipulação de grupo. O alvo é que membros se dediquem cada vez mais ao grupo. Eles são mantidos sempre muito ocupados com a atividade do grupo (reuniões, cultos, evangelismo, retiros.) até passam a gastar boa parte do seu “tempo livre” com ele. Em pouco tempo, o grupo toma o lugar de outros relacionamentos, e acaba se tornando a principal rede do membro.

GRUPO G12

O sistema G12 é um exemplo da estrutura de células. Depois de visitar os grupos de células de David Yong Cho na Coréia, César Castellanos fundou o sistema de igreja em células G12 em Bogotá, na Colômbia. Dali o movimento espalhou-se por muitos outros paises, inclusive os Estados Unidos, Grã-Betânia. A visão do G12 é se multiplicar através da transformação de membros em líderes, os quais deverão formar seus próprios grupos com membros que depois se tornarão líderes de seus próprios grupos, até que uma enorme pirâmide humana seja formada. A medida que os grupos crescem e se multiplicam, um número cada vez maior de pessoas entra no sistema. Além de participar de seu próprio grupo, cada pessoa deve freqüentar a escola de líderes, semanalmente, durante doze semanas, para cada um dos três níveis. O Ministério Lês Us Rason estudou o sistema G12 e apresentou o seguinte relatório:

Essencialmente, nos disseram que o G12 NÃO diz respeito à doutrina. Ele é um método que, segundo afirmam, se baseia na Bíblia. Sua meta é: Todo crente um líder. Um líder de que? De outro grupo de 12. Acontece que o princípio bíblico ao discipulado é um mandamento. O modo de realizar o discipulado promovido pelo G12 NÃO é absolutamente um padrão bíblico para a formação da igreja.

O relatório “G12 – O governo dos 12”, emitido pelo Let Us Reason Ministries é uma excelente análise do sistema G12. Além de revelar os erros contidos nos ensinamentos e na estrutura de autoridade, o relatório descreve as várias etapas do encontro pelas quais cada pessoa tem que passar, e diz:

A submissão à autoridade (líder) vem naturalmente quando uma pessoa aceita a visão. Tenho recebido muitas cartas que dizem basicamente a mesma coisa, pessoas foram acusadas de coisas que não haviam feito, e disseram a elas que, se alguém não apóia a visão, então não crescerá em Deus. Essa manipulação parece ser inerente do G12.

Um dos aspectos mais repugnantes das células é quando os líderes agem como mediadores entre Deus e o homem, e usam sua posição de autoridade para falar como se estivesse falando por Deus, tanto acusando como absolvendo.

Qualquer um que exerça esse tipo de autoridade sobre a mente, a alma e o espírito de outra pessoa estão não só usurpando a autoridade de Deus como também causando danos espirituais e emocionais. Até mesmo os membros do grupo (inclusive os líderes que tem outros líderes acima deles) que parecem estar crescendo dentro desse sistema estão sendo enganados por essa estrutura de autoridade. Eles pensam que estão servindo a Deus, mas estão servindo a homens.

GRUPOS DE INSPIRAÇÃO ECUMÊNICA

Vário desses grupos tem não só um caráter ecumênico como trabalham com o objetivo de reunir os cristãos numa única Igreja Mundial. Entre esses grupos, estão: o Cursilho, o Emaús e o curso Alfa. Além de promoverem retiros especiais. Muito do que acontece nesses grupos parece bíblico, mas seu propósito é fazer com que todos desenvolvam um profundo senso de unidade, e se sintam bem consigo e com os outros. Embora possam falar sobre Jesus e sobre a Bíblia, todas as diferenças doutrinárias são evitadas. Afinal de contas, nessas circunstâncias as pessoas geralmente não querem ofender as outras por causa da denominação que pertencem. Assim a, a coesão do grupo se baseia em tudo que os membros têm em comum, seja naturalmente ou como resultado da sua doutrinação. A verdade absoluta é substituída pelo consenso, e surge uma nítida confusão com relação à fé e as obras.

PROTEÇÃO CONTRA O ENGANO

Certamente os crentes receberam ordem de ter comunhão uns com os outros. Os pequenos grupos permitem que as pessoas se conheçam melhor e cuidem umas das outras no Corpo de Cristo. Mas como os cristãos podem se proteger contra os enganos da dinâmica de grupos baseada na psicologia? É preciso que eles atentem para a exortação de 1 João 4.1: AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.

Conhecer as várias técnicas psicológicas sociais usadas para induzir uma pessoa a abraçar uma crença ou a participar de uma atividade ou a alterar sua fé pode ser muito útil para evitar o perigo.

A seguir, apresento alguns pontos que devemos examinar para saber se um grupo tem base bíblica ou se é uma fraude baseado na psicologia.

Um grupo biblicamente sadio, firmado na Bíblia, se concentra na verdade da Escritura?

Tudo que for dito ou feito deve passar no teste bereiano de examinar ”as escrituras todos os dias para ver se as coisas, eram, de fato assim. (At.17.11). A Bíblia comunica a verdade de forma racional. Embora as emoções tenham lugar na vida de todo cristão, elas tem que estar debaixo do controle da verdade e da mente racional da própria pessoa. Provérbios 14:15 diz: “O simples dá crédito a cada’ palavra, mas o prudente atenta para os seus passos”. Em outras palavras, ele pensa com sobriedade, isto é, reflete com cuidado e prudência. Primeira Pedro diz:” Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo”.

Um grupo biblicamente sadio, firmado na Bíblia, é Cristocêntrico e não antropocêntrico.

Ele não se concentrará em ouvir os depoimentos dos membros acerca de seus problemas pessoais, mas sim em aprender a ensinar a confiar na providência de Cristo através da Palavra, do Espírito Santo, da comunhão dos santos (não somente dos que pertencem ao grupo) e do serviço do Corpo de Cristo.

Um grupo biblicamente sadio, firmado na Bíblia, aproxima as pessoas de Cristo.

Enquanto isso, um grupo centrado no homem prende o indivíduo no grupo ou do líder do grupo. Ninguém deve jamais se impor entre um cristão e o Senhor. Cristo é o único mediador entre Deus e o homem (1 Timóteo 2.5). Até mesmo a idéia de ter um parceiro a quem devemos prestar contas pode usurpar a posição de Cristo como único Mediador. Lembre-se de que Deus vê tudo o que fazemos e pode ter nossa mente a tal ponto que consegue saber nossos pensamentos antes mesmo que tenhamos consciência deles. Portanto pode existir pessoa melhor que ele para “prestarmos contas” de nossos atos? Não podemos nos esconder do Senhor! O Salmo 139 é explícito a isso. Se alguém acha que precisa dar satisfação de suas ações a um parceiro para manter no caminho certo, essa pessoa deveria estudar o Salmo 139 e meditar nele diariamente até conhecer bem o que ele ensina e andar segundo essa realidade.

Um grupo biblicamente sadio, firmado na Bíblia, inclui a oração dos membros uns pelos outros quando surge a necessidade.

Entretanto, ele, ele não estimula a “transparência” nem incentiva seus membros a narrarem seus envolvimentos “nas obras infrutíferas das trevas (…). E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe.”(Ef.5.11,12).

Portanto Tiago 5.16 não será usado fora do contexto para permitir que os pecados dos membros sejam expostos diante do grupo ou se faça fofoca a respeito de pessoas envolvidas nessa exposição. Certamente, os crentes podem fazer pedidos de oração e falar de seus problemas, contanto que suas palavras tragam honra para o Senhor e edifiquem os ouvintes: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem” (Ef. 4.29).

Um grupo biblicamente sadio, firmado na Bíblia, ora com entendimento, segundo a Palavra e a vontade de Deus.

Em outras palavras, as pessoas pensam enquanto estão orando, e, se uma pessoa ora por outra, este deve estar pensando e entendendo, não só recebendo a oração passivamente. Esteja atento em relação à pessoa que assumem autoridade sobre alguém por quem estão orando e fazem de sua oração uma pregação voltada para essa pessoa.

Um grupo biblicamente sadio, firmado na Bíblia, não incentiva a desonra de pais, cônjuges ou outros.

Isso significa que os participantes se queixem deles no grupo. O grupo desestimulará a maledicência e a boataria. A transparência nos testemunhos feitos em grupo geralmente leva as pessoas a revelarem fatos pessoais sobre outras pessoas que não estão presentes. Isso muitas vezes envolve maledicência – espalhar boatos, segredos e impressões tendenciosas sobre pessoas que não estão presentes. Qualquer testemunho que exponha pecados, segredos e ou assuntos pessoais de terceiros pode ser maledicência. Portanto, se uma pessoa fala sobre seu cônjuge no grupo, pode acabar revelando fatos particulares dessas pessoas, o que caracteriza maledicência.

A Bíblia nos adverte sobre o perigo de espalhar boatos e mexericos: “As palavras do maldizente são como doces bocados; elas descem ao íntimo do ventre. (Pv. 18. 8; 26.22): O que anda tagarelando revela o segredo; não te intrometas com o que lisonjeia com os seus lábios.(Pv.20.19).; Sem lenha, o fogo se apagará; e não havendo intrigante, cessará a contenda.(Pv.26.20). Alem disso, o Senhor ordena ao seu povo que não seja maledicente: “Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não te porás contra o sangue do teu próximo. Eu sou o Senhor. ”(Lv.19.16).

Se um crente precisar de apoio e encorajamento, outro crente pode dar-lhe esse apoio sem precisar conhecer os detalhes. Se for necessária alguma informação para instrução bíblica ou uma possível aplicação prática, a situação pode ser narrada sem detalhes melodramáticos.

Um grupo biblicamente sadio, firmado na Bíblia, pratica a misericórdia e cultiva a verdade.

Quando a emoção é a mola propulsora de um grupo, a capacidade de raciocínio fica embotada. Embora uma pessoa que esteja num grupo calcado no emocionalismo possa experimentar um ligeiro conflito interior, pensando “isso não faz sentido”, o envolvimento emocional acaba acumulando sua racionalidade normal. Um estudo usando a tecnologia de varredura cerebral revelou que, quando as pessoas concordavam com o grupo, dando as mesmas respostas fornecidas por outras pessoas do grupo (que na verdade, eram indivíduos plantados no grupo e instruídos a dar respostas erradas), “não havia atividade nas áreas cerebrais que tomam decisões conscientes” nos indivíduos que se conformavam ao grupo.

Um grupo biblicamente sadio, firmado na Bíblia, não usa meios de manipulação

Para fazer com que os membros pensem ou se comportem de uma determinada maneira ou ajustem sua crença de acordo com o consenso do grupo.

Um grupo biblicamente sadio, firmado na Bíblia, estuda a bíblia

Em vez de ser uma sessão onde todo mundo pode expressar seus sentimentos e opiniões pessoais, o foco da reunião está na Palavra diz, qual a sua interpretação e de que forma o espírito Santo aplica essa Palavra na vida das pessoas. Em outras palavras, haverá ensino claro, sabendo-se que todos os que ouvem devem julgar o que está sendo dito, segundo a totalidade da Escritura. Embora uma possa estar carregada do ensino, todos devem ser estudantes ativos, atentando para a palavra, comparando um trecho da Palavra com outro, obedecendo ao Senhor e confiando que a Palavra realizará sua obra perfeita.

Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. (Hb.4.12).

O CORPO DE CRISTO

Em Ef. 4, o apóstolo Paulo da instruções claras de como o corpo de Cristo deve funcionar. Tudo o que acontece deve edificar o corpo, até que todos alcancem à maturidade espiritual, “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,(v.11-13) Em seguida, ele diz: “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,”(v.14-15).

Depois de descrever mais um pouco como é o crescimento do corpo em amor, Paulo adverte os crentes a não seguirem os costumes do mundo.

“E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente. Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração;” (Ef. 4.17-18).

Os crentes receberam tudo do que necessitam em Cristo, na Palavra e no Espírito Santo. Eles não precisam buscar conhecimento no mundo para saber como crescer em Cristo e como agir no corpo formado pelos crentes. O Senhor retirou Sua mão bondosa de cima de Israel quando o Povo se voltou para os ídolos das nações vizinhas. Ele pode muito bem estar retirando Sua mão bondosa dos cristãos que estão se voltando para os caminhos do mundo. Mas por causa de Sua fidelidade, Ele continua a exortar as pessoas a deixarem as coisas e voltarem para Ele, que as capacita a andarem segundo o Espírito.

Quando os pequenos grupos seguem as formas apresentadas na Escritura em vez dos sistemas humanos, eles podem cumprir o mandamento de Jesus: “Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei”. O Líder de um grupo fará bem se estudar a Escritura e buscar o Senhor para saber como guiar o grupo, em vez de aplicar técnicas que podem reduzir todo o processo a uma metodologia mundana. O Grupo deve ser a manifestação visível do Corpo de Cristo, e, portanto, deve funcionar de acordo com o caráter e a Palavra de Cristo.

A oração em conjunto faz com que os membros do grupo se tornem mais sensíveis às necessidades de cada um e aumenta o cuidado e a ajuda mútua. Assim, os crentes começam a amar uns aos outros, a colocar os outros em primeiro lugar, a sugeitar-se uns aos outros, a encorajar-se mutuamente e a se alegrar quando estão juntos para buscar crescimento e mudanças em sua vida. Graça e Paz!

Postado por Pr. David Nelson

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