Pragmatismo na Igreja Teologia

O Que Há de Errado com a Igreja do Século 21?

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Diaprax na Igreja — Parte 1: Visão Geral
Autor: Robert Klenck

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Há um fenômeno que está tomando as igrejas evangélicas históricas de assalto, mas de modo algum é cristão. Apresentado como Crescimento de Igrejas, Propósitos, Movimento Orientado por Missão, igrejas que fazem discípulos, células — ou meta-igrejas, “um novo modo de fazer igreja” e igreja do século 21, esse movimento deve ser de profunda preocupação para qualquer um que se considere cristão.

A Quem Possa Interessar:

Esta é uma sinopse que diz muito sobre o que realmente é o movimento ‘sensível ao buscador’, também chamado de Movimento de Crescimento de Igrejas, ou Propósitos, e fornece informações suficientes para convencer qualquer um que esse movimento é algo que os verdadeiros cristãos devem evitar.

Esse movimento é promovido pelo Seminário Teológico Fuller, o “pastor” Rick Warren, da Igreja da Comunidade do Vale de Saddleback, em Mission Viejo, no sul da Califórnia, Bill Hybels, pastor da Igreja Willowcreek, em South Barrington, Illinois, a Rede de Liderança (Leadership Network) http://www.leadnet.org/, John Maxwell, dos “Ministérios” Injoy e muitos outros. Tanto Rick Warren quanto John Maxwell possuem graduação de doutorado pelo Seminário Teológico Fuller.

Rick Warren recomenda na contracapa do livro A Arte de Virar o Jogo no Segundo Tempo da Vida, de Bob Buford: “Quero que cada homem da minha congregação leia esta história inspiradora!” O quinto capítulo desse livro delineia como Buford (o fundador da Rede de Liderança) com o auxílio de um ateu, Mike Kami, planejou a segunda metade de sua vida para “melhor servir a Deus”. Ademais, ele dedicou o livro à sua mulher e a Peter Drucker, “o homem que formou minha mente” (ênfase adicionada).” Drucker afirma ser episcopal, mas suas idéias e palavras são as de um humanista ateu. Em uma entrevista à revista Forbes em 5 de outubro de 1998, http://www.forbes.com/forbes/98/1005/6207152a.htm, ele afirma:

“Para uma disciplina social, como a administração, as hipóteses são de fato um tanto mais importantes do que os paradigmas para uma ciência natural. O paradigma —, ou seja, a teoria geral prevalecente — não tem impacto no universo natural. Se o paradigma afirma que o Sol gira em torno da Terra, ou que, ao contrário, a Terra gira em torno do Sol, isso não tem efeito sobre o Sol e a Terra.”

“Porém, uma disciplina social, como a administração, lida com o comportamento das pessoas e das instituições humanas. O universo social não possui ‘leis naturais’ como as ciências físicas. Ele está, portanto, sujeito à mudança contínua. Isso significa que as suposições que eram válidas ontem podem se tornar inválidas e, de fato, totalmente equivocadas em bem pouco tempo.”

Em outras palavras, Peter Drucker não acredita que existam quaisquer absolutos morais e sociais estabelecidos que valham para a humanidade por todo o tempo (como os Dez Mandamentos, etc.).

O sítio na Internet de sua Escola da Administração da Universidade de Claremont http://www.cgu.edu/pages/292.asp e diversos artigos de jornal fornecem mais provas de que ele é um humanista, afirmando que a administração é um empreendimento humano, que suas técnicas de administração são humanistas e que “ele muda conforme o mundo muda.” (artigo no sítio da Escola na Internet: “Dignitaries to fete Drucker at age 90”, Daily Bulletin, 11/4/99). Recomendo que você faça uma pesquisa na Internet e leia o Manifesto Humanista — ele é a antítese completa das crenças cristãs.

Esse Movimento de Crescimento de Igrejas está enraizado em uma aliança impura entre “cristãos” e ateus. As estruturas administrativas utilizadas para gerenciar as pessoas na igreja são, na verdade, ensinos de demônios:

“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência.” [1 Timóteo 4:1-2].

Com relação a essa aliança impura:

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?” [2 Coríntios 6:14].

As raízes desse movimento estão no ateísmo:

“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” [Mateus 7:15-21].

As pessoas tentam justificar esse movimento com argumentos pragmáticos — que o fim justifica os meios. Elas acreditam que não há problema em usar as estratégias organizacionais e de marketing do mundo para divulgar e organizar a igreja, desde que as pessoas venham para Cristo. A Bíblia condena esse raciocínio:

“Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” [Tiago 4:4].

A verdadeira questão que deve ser colocada é esta: quando as pessoas são salvas, elas são salvas pelo Cristo da Bíblia?

A Rede de Liderança, ao descrever “o paradigma emergente da igreja do século 21”, diz:

“Este novo paradigma não está centrado na teologia, mas, ao contrário, está focado na estrutura, na organização e na transição de uma igreja baseada institucionalmente para uma igreja orientada pela missão.”

Rick Warren fala sobre mudar a ênfase de programas de construção de igreja para um processo de construção das pessoas. O que ele está falando é da mudança do paradigma do modo tradicional de pensar para um modo transicional e, eventualmente, transformacional, que será alcançado por meio do uso do processo da dialética hegeliana — um tipo de pressão dos pares em um grupo. Ele descreve essa mudança de paradigma como a transição para uma “igreja do século 21” e descreve os pastores como “agentes da mudança”. Esse “processo de construção de pessoas” é na realidade uma mudança na forma como as pessoas processam as informações factuais.

Resumidamente, o processo da dialética hegeliana funciona assim: um grupo diverso de pessoas (no Movimento de Crescimento de Igrejas, isto é uma mistura de crentes e incrédulos), reúne-se em um encontro facilitado (sob a liderança de um facilitador/instrutor treinado), usando dinâmicas de grupo (pressão dos pares no grupo), para discutir um tema social (ou dialogar a Palavra de Deus), e alcançar um resultado pré-determinado (o consenso ou contemporização).

Quando a Palavra de Deus é dialogada entre crentes e descrentes e o consenso é alcançado — um acordo com o qual todos estão confortáveis — então a mensagem da Palavra de Deus é diluída em água e os participantes são condicionados a aceitar (e até comemorar) sua contemporização. Isso se torna o ponto de partida para o próximo encontro. O medo da alienação do grupo é a pressão que impede um indivíduo de permanecer firme na verdade da Palavra de Deus. (O medo do homem supera o temor a Deus.)

Um exemplo: quando alguém prova a um cristão que pensa de forma tradicional, que ele está errado em alguma informação factual (por exemplo, nos absolutos morais bíblicos), ele se rende aos fatos, admite seu erro e então se alinha com esses fatos. Como os absolutos morais bíblicos não mudam, as pessoas de mente tradicional, que aderem a esses absolutos imutáveis são rotuladas como ‘resistentes às mudanças’.

Por outro lado, os pensadores transformacionais, quando provados estarem equivocados por meio de informação factual, foram condicionados a processar essa informação de um modo diferente — eles automaticamente a questionam e a debatem consigo mesmos; seus corações enganosos rebelam-se contra a informação e eles passam a justificar para si mesmos e para os outros por que não precisam mais se importar com os fatos. (Eles rejeitam os fatos e suas consciências tornam-se cauterizadas.) Esse é o resultado natural do processo dialético — a cauterização das consciências [1 Timóteo 4:1-2]. Essas pessoas são então capazes de justificar para si mesmas por que não estão mais sujeitas aos absolutos morais bíblicos. Veja, as pessoas estão dizendo que a mensagem bíblica simplesmente não se aplica à cultura humanista atual — que ela precisa ser interpretada à luz da cultura de hoje. Em certa medida isso é verdade —, por exemplo, a escravidão era comum naquela época, etc.

Entretanto, o Movimento de Crescimento de Igrejas leva isso muito mais além e, por meio do processo de mudança incremental contínua (usando a dialética hegeliana repetidamente com a última síntese tornando-se a nova tese — a base do “novo fato” ou “nova realidade”), a Palavra de Deus é gradual e incrementalmente desviada de sua intenção original, e eventualmente é interpretada para significar algo contrário ao sentido original. Esse é o processo que todos os pecadores usam ao tentar justificar sua rebelião para si mesmos e para os outros.

A rebelião é sutil a princípio — simplesmente afastando-se do modo tradicional de “fazer igreja”; mais tarde, a ordenação de mulheres pastoras e, eventualmente chega-se ao ponto de ordenar pastoras lésbicas. As barreiras contra a mudança precisam ser derrubadas e, eventualmente, para permitir a paz e a unidade, as barreiras interdenominacionais e inter-religiosas deverão ser derrubadas, abrindo o caminho para um movimento ecumênico mundial — uma igreja global.

O mesmo processo está sendo utilizado para eliminar as fronteiras nacionais, eliminando as nações soberanas para permitir o avanço da globalização, com o mesmo objetivo de atingir a unidade e a “paz mundial” sob um governo global. A Bíblia nos adverte a respeito de quem está por trás do movimento religioso e político globais.

O resultado são dois campos — o dos resistentes à mudança e o dos “inovadores” — aqueles que estão na dianteira da mudança.

“E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; e então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira. E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.” [2 Tessalonicenses 2:6-10].

Assim que aqueles que são “resistentes à mudança” forem removidos — seja forçosamente ou pelo Senhor, então o iníquo será revelado.

Um exemplo recente dessa mudança de paradigma no processamento da informação factual foi quando o “reverendo” Richard Mouw, presidente do Seminário Fuller em Pasadena, CA (um forte promotor do movimento de crescimento da igreja), foi citado no San Gabriel Valley Tribune em 22 de janeiro de 2000:

“Mouw disse que apóia os direitos e benefícios a parceiros do mesmo sexo que vivem juntos em união estável, mas acredita que o sacramento do matrimônio deve ser reservado aos casais heterossexuais na tradição judaico-cristã.”

Quando líderes do movimento fazem declarações como essa, então podemos ter a certeza de que ele não vem de Deus e caminha na direção oposta à vontade de Deus. O rev. Mouw já está pensando no modo transformacional — ele é capaz de justificar (para si mesmo) um ensino que é contrário à Palavra de Deus.

“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” [2 Timóteo 4:3-4].

A Bíblia foi agora adaptada à cultura atual. Isso também é conhecido como pensamento crítico, ou capacidade de pensar em uma ordem superior. As pessoas que se apegam à Palavra de Deus são consideradas “pensadores de ordem inferior” que não são flexíveis à mudança, pois crêem (conforme Deus afirma) que os absolutos morais não mudam:

“Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.” [Malaquias 3:6].

De volta a Bob Buford: seu livro A Arte de Virar o Jogo no Segundo Tempo da Vida é sobre sua vida. A primeira metade é o modo tradicional de pensar. O meio-tempo (espécie de sua crise da meia-idade) é a zona transicional para a segunda metade, que é sua mudança rumo a tornar-se um pensador transformacional. Ele descreve isso na página 88:

“Essa (mudança de sucesso — ‘primeira metade’, para significado — ‘segunda metade’) pode ou não requerer uma mudança de emprego, mas sempre requer uma mudança de atitude. Dennis O’Conner e Donald M. Wolfe, no Journal of Organizational Behavior, chamam essa mudança de atitude de uma ‘alteração do paradigma pessoal (isto é, mudanças significativas no sistema de percepções, crenças, valores e sentimentos da pessoa).’ Às vezes chamo isso de uma reordenação do nosso mito pessoal.”

Buford acredita que precisamos passar por grandes mudanças em nossas crenças e valores. É esse o tipo de pensamento fundamental com o qual queremos “fazer crescer a nossa igreja”? Acho que não. Mais uma vez, o processo da dialética hegeliana, que nos conduz ao modo de pensamento transformacional, reordenando a forma como processamos as informações factuais, resulta na cauterização das consciências. (1 Timóteo 4:2 e Tiago 4:4 novamente).

Se estas informações não são suficientes para convencer os líderes ou membros de uma igreja que o verdadeiro cristão não deveria aceitar esse novo vento de doutrina (Efésios 4:14), então eles já estão pensando no modo transformacional, suas consciências já foram cauterizadas e nada além da própria intervenção de Deus irá convencê-los.

“Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas, contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais.” [1 Timóteo 6:3-5; ênfase adicionada].

Apenas mais algumas pérolas:

O livro Uma Igreja com Propósitos, de Rick Warren, tem no original o título: The Purpose-Driven Church: Growth Without Compromising Your Message & Mission (“Uma Igreja com Propósitos: Crescimento Sem Comprometer Sua Mensagem e Missão”, não a mensagem de Deus). “Você e seu” é muito mais enfatizado do que “Deus ou de Deus” nesse livro.

Tanto no livro de Rick Warren quanto no de Bob Buford mencionados aqui, quando eles se referem a Jesus usando um pronome no meio da sentença (Ele ou O), eles nunca colocam o pronome em letra maiúscula.

O orador motivacional Anthony (Tony) Robbins, que não é um cristão, está agora dando palestras intituladas The Purpose-Driven Life (A Vida com Propósitos).

Em Gênesis 6:5: “Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração…” — desígnio também pode ser traduzido como “propósito”.

Gestalt — um termo psicológico que é essencialmente sinônimo do processo dialético hegeliano — também definido como forma (moldar ou formar). Rick Warren defende “buscar sua FORMA para o ministério”.

Autor: Robert Klenck (original em http://www.crossroad.to/News/Church/Klenck1.html)

Tradução: Eduardo Perez Neto

Data da publicação: 27/2/2007

Revisão: V. D. M. — Campo Grande / MS e http://www.TextoExato.com

Patrocinado por: S. F. F. C. — Vargem Grande Paulista / SP

A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/klenck-1.asp

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