Problema: No Antigo testamento, os assassinos recebiam a pena capital por seu crime (Gn 9.6; Êx 21.12). Contudo, Caim não somente saiu livre depois de matar seu irmão, como também foi protegido de qualquer vingança (Gn 4.15).
Solução: Há várias razões pelas quais Caim não foi executado por seu crime capital. Primeiro, Deus não havia ainda estabelecido a pena de morte como instrumento do governo humano (cf. Rm 13.1-4). Somente depois de a violência ter enchido toda a terra, nos dias anteriores ao dilúvio, foi que Deus determinou: “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu: porque Deus fez o homem segundo a sua imagem” (Gn 9.6)
Segundo, quem seria o executor de Caim? Ele acabara de matar Abel. A essa altura, apenas Adão e Eva tinham restado. Certamente Deus não iria apelar aos pais para que matassem o filho remanescente. Em face disso, Deus, que é soberano sobre a vida e a morte, como somente ele é (Dt 32.39), pessoalmente comutou a pena de morte de Caim. Entretanto, ao agir assim, Deus demonstrou a gravidade do pecado de Caim e deu-nos a entender que ele era digno de morte, ao declarar: “A voz do sangue de teu irmão clama [por vingança] da terra a mim” (v. 10). Não obstante, até mesmo Caim parece ter reconhecido que era merecedor da morte e pediu proteção a Deus (v. 14).
Finalmente, a promessa de Deus para proteger Caim da vingança incluía a pena capital para quem quer que tomasse a vida dele (cf. v. 15). Dessa forma, o caso de Caim é uma exceção que prova a regra, e que de forma alguma vai de encontro à pena de morte, tal como estabelecida por Deus.
Fonte: Bíblia de Estudo – Perguntas & Repostas
Divulgação: Eismeaqui.com.br
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