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Billy Graham, evangelista para o mundo, falece aos 99 anos

Billy Graham, evangelista para o mundo, falece aos 99 anos
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CHARLOTTE, N.C., EUA, 21 de fevereiro de 2018 — O evangelista Billy Graham morreu hoje às 7h46min da manhã em seu lar na cidade de Montreat. Ele estava com 99 anos.

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Durante toda a sua vida, Billy Graham pregou o evangelho de Jesus Cristo para cerca de 215 milhões de pessoas que frequentaram uma de suas mais que 400 cruzadas, transmissões simultâneas e reuniões evangelísticas em mais de 185 países e territórios. Ele alcançou milhões mais por meio da TV, vídeos, filmes, internet e 34 livros.

Nascido em 7 de novembro de 1918, quatro dias antes do armistício que findou a 1ª Guerra Mundial, William Franklin “Billy” Graham Jr. cresceu durante a Depressão e desenvolveu uma ética de trabalho que o levaria a décadas de ministério em seis continentes.

“Tenho uma mensagem: que Jesus Cristo veio, ele morreu numa cruz, ele ressuscitou, e ele pediu que nos arrependamos de nossos pecados e o recebamos pela fé como Senhor e Salvador, e se o fizermos, temos perdão de todos os nossos pecados,” disse Graham em sua última cruzada em junho de 2005 no Parque Flushing Meadows Corona Park em Nova Iorque.

Embora o foco principal de Graham fosse levar sua mensagem ao mundo, ele também dava aconselhamento espiritual para presidentes, defendeu fortemente a dessegregação, e era uma voz de esperança e orientação em tempos de tribulação. Em 2001, ele consolou os Estados Unidos e o mundo quando palestrou na Catedral Nacional de Washington, depois dos atentados terroristas de 11 de setembro. Em três conferências mundiais realizadas em Amsterdã (1983, 1986, 2000), Graham reuniu cerca de 23.000 evangelistas de 208 países e territórios para treiná-los a levar a mensagem de Jesus Cristo no mundo inteiro.

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Durante a semana de seu aniversário de 95 anos em 2013, Graham deu sua mensagem final através de mais de 480 estações de televisão nos EUA e Canadá. Mais de 26.000 igrejas participaram desse projeto chamado Minha Esperança, tornando-o a maior campanha evangelística da Associação Evangelística Billy Graham na América do Norte.

Ele preferia basebol ao Cristianismo

Graham, um rapaz do campo que se tornou evangelista mundial, que orou com todos os presidentes dos EUA desde Harry S. Truman até Barack Obama, foi criado numa fazenda de gado leiteiro em Charlotte. Naquela época, “Billy Frank,” como ele era chamado, preferia basebol ao Cristianismo. “Eu detestava ir à igreja,” ele disse ao recordar de sua juventude.

Mas em 1934, isso mudou. Num culto de avivamento de um evangelista itinerante chamado Mordecai Fowler Ham, Graham, que tinha 15 anos, entregou sua vida para servir Jesus Cristo. Ninguém ficou mais surpreso do que o próprio Graham.

“Eu me opunha ao evangelismo,” ele disse. “Mas no final, um amigo me persuadiu [a ir a um culto]… e o Espírito de Deus começou a falar comigo enquanto eu voltava noite após noite. Certa noite, quando foi feito o convite para aceitar Jesus, eu disse: ‘Senhor, estou indo.’ Eu sabia que eu estava indo na direção certa.”

Vários anos depois, a “nova direção” de Graham o levou ao Instituto Bíblico da Flórida (hoje Faculdade Trinity da Flórida), e mais tarde, à Faculdade Wheaton em Chicago, onde ele encontrou a estudante Ruth McCue Bell, filha de missionários médicos na China. O casal se formou e casou no verão de 1943. O casal e seus cinco filhos fizeram seu lar nas montanhas da Carolina do Norte. Eles foram casados por 64 anos antes da morte de Ruth em 2007.

Depois de dois anos viajando como palestrante da organização Mocidade para Cristo, Billy Graham realizou sua primeira cruzada evangelística em 1947; mas foi sua cruzada em Los Angeles em 1949 que capturou a atenção dos Estados Unidos. Originalmente marcada para acontecer por três semanas, as “reuniões de tenda de circo” se estenderam por um total de oito semanas, pois centenas de milhares de homens, mulheres e crianças se reuniram para ouvir as mensagens de Graham.

Logo depois dessa campanha, Graham começou a Associação Evangelística Billy Graham, que virou uma organização em 1950. Desde o ano 2000, Franklin, o filho de Graham, vem liderando a organização com sede em Charlotte que emprega cerca de 500 pessoas no mundo inteiro.

Contudo, Billy Graham é talvez mais conhecido por suas missões ou cruzadas evangelísticas. Ele acreditava que Deus não conhece fronteiras ou nacionalidades. Em toda a sua carreira, Graham pregava para milhões em locais desde Addis Ababa, na Etiópia até Zagorsk, na Rússia, e desde Wellington, Nova Zelânida até a Catedral Nacional de Washington. Em 1973, Graham pregou para mais de um milhão de pessoas aglomeradas na Praça Yoido, em Seoul, Coreia do Sul — a maior audiência ao vivo de suas cruzadas.

Quebrando barreiras

Pregando em Johannesburg em 1973, Graham disse: “Cristo pertence a todas as pessoas. Ele pertence ao mundo inteiro… Rejeito todo credo baseado em ódio… O Cristianismo não é a religião de um homem branco, e não deixe ninguém nunca lhe dizer que é branco ou negro.”

Graham falou com pessoas de todas as etnias, credos e formações. No início de sua carreira, ele denunciou o racismo quando a dessegregação não era popular nos EUA. Antes que o Supremo Tribunal dos EUA proibisse a discriminação com base racial, Graham realizava cruzadas dessegregadas, até mesmo no Sul dos EUA. Ele rejeitou convites para pregar na África do Sul por 20 anos, escolhendo em vez disso aguardar até que as reuniões pudessem ser integradas. A integração ocorreu em 1973, e só então Graham viajou para a África do Sul.

Uma viagem em 1977 à Hungria comunista abriu as portas para Graham conduzir missões evangelísticas em praticamente todos os países do ex-Bloco Oriental (inclusive a União Soviética), assim como China e Coreia do Norte.

Graham foi autor de 34 livros, inclusive sua memória “Just As I Am” (Tal Qual Estou), publicada pela editora Harper Collins em 1997. Essa autobiografia permaneceu na lista de best-sellers do jornal New York Times por 18 semanas.

Em 1996, Graham e sua esposa Ruth receberam a Medalha de Ouro do Congresso dos EUA, a condecoração mais elevada que o Congresso dos EUA pode conceder a um cidadão. Ele também foi colocado na lista do Gallup como um dos “Dez Homens Mais Admirados” 61 vezes — inclusive 55 anos consecutivos (exceto 1976, quando essa pergunta não foi feita). Graham foi citado pelo Instituto Memorial George Washington Carver por suas contribuições nas relações raciais e pela Liga Anti-Difamação B’nai B’rith.

Em toda a sua vida, Graham foi fiel a seu chamado, que será usado como inscrição no seu túmulo: Pregador do Evangelho de Jesus Cristo.

“Houve algumas vezes em que eu achei que estava morrendo, e vi minha vida inteira passar diante de mim…” disse Graham em sua cruzada na cidade de Cincinnati em 24 de junho de 2002. “Eu não disse ao Senhor, ‘Sou um pregador, e tenho pregado para muitas pessoas.’ Eu disse: ‘Oh, Senhor, sou pecador, e ainda preciso do Teu perdão. Eu ainda preciso da cruz.’ E pedi ao Senhor que me desse paz em meu coração, e Ele deu — uma paz maravilhosa que não tem me deixado.”

Fonte: Julio Severo

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