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Arqueólogo diz ter “mapa” da localização das peças do Templo de Salomão

Arqueólogo diz ter “mapa” da localização das peças do Templo de Salomão
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Rolo de Cobre do Mar Morto seria mensagem com diretrizes para localizar utensílios

Os profetas Ageu, Zacarias e Jeremias teriam participado de uma tentativa de preservar os utensílios do Templo de Salomão da iminente invasão babilônica. Eles registraram isso na criação de um documento, gravado em um rolo de cobre, com as diretrizes para localizar as peças sagradas, levadas para locais seguros.

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Parece uma trama hollywoodiana, mas o arqueólogo cristão Jim Barfield acredita que isso é um fato histórico.

Sua base é o relato do livro histórico Segunda Macabeus, capítulo 2. Esse texto do século II a.C. conta sobre a revolta dos judeus contra Antíoco IV. Nele está a narrativa sobre quando o profeta Jeremias, com a ajuda de cinco homens, escondeu os objetos sagrados do Templo para protegê-los dos conquistadores babilônios mais de três séculos antes.

Após décadas trabalhando como investigador criminal nos Estados Unidos, Barfield passou a se dedicar a decifrar um antigo pergaminho encontrado nas cavernas de Qumran, perto do Mar Morto. No início a tarefa parecia impossível. Ele não é judeu, não falava hebraico e não tinha formação como arqueólogo. Mas insistiu e, após conhecer o pregador texano Vendyl Jones, decidiu levar essa missão até o fim.

O rolo de cobre, descoberto em 1952 na caverna 3 de Qumran, nas margens do Mar Morto, é um mistério arqueológico. Embora seja parte dos famosos Pergaminhos do Mar Morto, com o número 3Q 15, o ele não é igual aos outros pergaminhos, escritos em papiro. Além de ser de metal, o hebraico usado nas suas inscrições indica que é de um período posterior aos demais.

O fato de ser gravado em cobre, visando ter maior durabilidade, parece ser o maior indicativo que tinha um outro propósito. Enquanto os outros textos de Qumram contêm escritos religiosos e livros bíblicos, o rolo de cobre traz simplesmente uma lista de 64 locais e quantidades correspondentes de ouro e prata.

Durante muito tempo acreditou-se que indicava onde fora colocado o dinheiro acumulado da revolta de Bar Kockba contra os romanos após a destruição do segundo templo. Mas a opinião de especialistas tem uma falha flagrante: um dos locais é descrito como lugar onde estariam as vestimentas sacerdotais.

Jones havia passado 30 anos envolvido na tentativa de desvendar o mistério por trás daquela peça singular. Ele acreditava que Qumran era o local de esconderijo das peças do Primeiro Templo. Seguindo as instruções que conseguiu decifrar, foi capaz de localizar um pequeno frasco de óleo, usado para ungir reis e sumos sacerdotes. Em outro estava uma grande quantidade do que ele acredita ser o incenso do templo.

O problema principal é que mesmo alguns especialistas em arqueologia concordando que a linguagem do Pergaminho de Cobre foi decifrada, as complicações políticas da região tornam improvável que os tesouros fossem todos revelados. Esse “mapa do tesouro”, com mais de 2000 anos de idade não é reconhecido como tal pela comunidade científica de Israel.

Escavação interrompida

Jones, que já faleceu, não conseguiu o apoio do governo para cavar nos lugares que desejava. Barfield está disposto a mudar isso. Quando jovem, o arqueólogo cristão pilotou helicópteros no Exército dos EUA. Ele usou suas habilidades de leitura de mapas para triangular, usando as referências no rolo de cobre, e identificar os locais citados no documento.

Em 2007, ele foi para a região de Qumran, perto do Mar Morto, e começou a explorar alguns desses locais. Em uma das linhas, o pergaminho descreveu escadas, algo improvável dento de cavernas. Barfield encontrou o local, conforme a descrição.

Também descobriu os restos de uma piscina, usada para lavagens rituais, exatamente onde o pergaminho disse que estaria. Contudo, sem a permissão do governo, não podia cavar onde desejava.

Após reunir suas descobertas, Barfield se reuniu com a diretora da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA), Shuka Dorfman. Embora não aceitando bem no início, Dorfman se surpreendeu com o que ele já havia localizado e chamou o veterano arqueólogo Yuval Peleg para analisar o caso.

Peleg conhecia bem as cavernas em Qumran. Depois de analisar o trabalho de Barfield, também foi dominado pela curiosidade. Concordou em cavar alguns buracos exploratórios no local junto com o cristão.

Menos de uma hora depois de começar os testes superficiais, Peleg recebeu um misterioso telefonema. Sem qualquer explicação, fechou a escavação e nunca mais Barfield teve um retorno de seus pedidos.

Contudo, seu esforço não foi em vão. Enquanto visitava uma das cavernas mencionadas no rolo de cobre, o arqueólogo tirou um pequeno pedaço do que parecia uma pedra, mas ela julgava ser um tipo de argamassa, que cobria o que parecia uma entrada oculta da caverna.

Sabendo que, se os maiores tesouros do Templo fossem escondidos, certamente estariam cuidadosamente selados em um local para resistir à prova do tempo.

Relato histórico

Quando Barfield enviou a amostra para ser testada, o laboratório confirmou que não era uma pedra natural, mas sim argamassa antiga. Isso confirmava exatamente a descrição do segundo capítulo do Livro de Segundo Macabeus.

O texto descreve como o profeta Jeremias escondeu os objetos sagrados do Templo, incluindo a arca. Os versículos 7 e 8 trazem uma profecia: “[Jeremias] disse-lhes que esse lugar ficaria desconhecido, até que Deus reunisse seu povo e usasse com ele de misericórdia. Então revelará o Senhor o que ele encerra e aparecerá a glória do Senhor como uma densa nuvem, semelhante à que apareceu sobre Moisés e quando Salomão rezou para que o templo recebesse uma consagração magnífica”.

Embora não seja inspirado, Macabeus é um livro histórico, cujos relatos podem ser comprovados. O versículo 5 do capítulo 2 afirma que Jeremias colocou os utensílios do Templo numa caverna e “selou a entrada” cuidadosamente.

Entusiasmado com a possível descoberta do local desse tesouro incalculável, Barfield pediu autorização para fazer uma varredura na caverna usando um detector de metal, capaz de detectar metal até 50 metros de profundidade, mas seu pedido foi negado pelo governo.

A Autoridade de Antiguidades de Israel não permite qualquer tipo de investigação na área de Qumran. Embora frustrado, Barfield diz entender a situação.

“Como as coisas são, se acharmos algo de valor, seja monetário ou espiritual, haverá imediatamente uma guerra para tirá-lo de Israel”. “A Jordânia dirá que a pertencer a eles, os palestinos argumentarão que viviam aqui antes dos judeus e que todos os tesouros lhes pertence e o mundo vai acreditar neles. Até o Egito virá e alegará que era ouro e prata que os judeus tiraram de lá no Êxodo”, assevera.

Por enquanto, a investigação de Barfield está parada, aguardando permissão do governo. Alguns anos atrás, ele gravou um documentário para registrar tudo, na tentativa de sensibilizar a comunidade científica e, quem sabe, receber apoio para prosseguir.

Em entrevista ao site Breaking Israel News, o arqueólogo afirmou: “Eu só queria devolver os artefatos do Templo ao povo judeu. Está na hora”.

Caso as peças realmente fossem encontradas, isso certamente estimularia a construção do Terceiro Templo. Esse é um assunto explosivo, que envolve delicadas posições políticas e podem causar uma guerra pela posse do Monte do Templo.

Projeto de Jim Barfield:

Fonte: Gospel Prime

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