Um documento preliminar fala que os homossexuais possuem talentos e qualidades proveitosos à comunidade cristã
por Leiliane Roberta Lopes
Cerca de 200 bispos católicos estão reunidos no sínodo onde assuntos ligados à família estão sendo discutidos. Até o dia 19 de outubro os religiosos discutirão temas como aborto, divórcio e união de pessoas do mesmo sexo.
Até o momento a reunião resultou em algumas falas que mostram que a Igreja Católica está aberta para adotar uma postura mais positiva em relação aos homossexuais, um dos assuntos mais discutidos no sínodo.
O Papa Francisco está focado em concentrar os debates nos “aspectos positivos, e não negativos, da sexualidade humana”, ganhando apoio de muitos bispos.
Um relatório preliminar escrito pelos religiosos nessas primeiras semanas, diz que os homossexuais possuem “talentos e qualidades para oferecer à comunidade cristã” e questiona se a Igreja é capaz de receber essas pessoas de forma fraterna.
Apesar de indicar uma mudança na forma como a instituição religiosa tratará desse assunto, o texto não contesta a oposição da igreja ao casamento gay, nem fala em passar a aceitá-lo.
“Sem negar os problemas morais relacionados com as uniões homossexuais, deve-se notar que há casos nos quais a ajuda mútua até o ponto do sacrifício constitui um apoio precioso na vida dos parceiros”, diz o relatório preliminar.
Diante dessas falas divulgadas pela imprensa, muitos grupos que atuam pelos direitos homossexuais se mostram contentes. A ONG Human Rights Campaign, que atua nos Estados Unidos, chegou a dizer que o documento do sínodo é “uma mudança drástica de tom” da Igreja Católica.
Mas grupos em defesa da família como o Voice Of The Family não aprovou as falas dos bispos e considerou o documento como uma “traição” aos princípios cristãos. “Este é um dos piores documentos oficiais já escritos na história da Igreja”, disse John Smeaton, co-fundador da ONG.
Com informações BBC.
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