Dízimos Heresias / Modismo Teologia

O DÍZIMO – uma resposta aos controversos e avarentos

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A origem do dízimo

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O dízimo começa bem antes da lei, remota a Abraão e ao sacerdote Melquisedeque, passa pela lei e chega até Jesus. E ele comenta indiretamente sobre o assunto em Mateus 23.23 quando reforça o ato de ser dizimista na frase: “deveis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas”. E observa o ato de fé da pobre viúva em Marcos 12.41-44. Como vemos, o Novo Testamento não reprova o dízimo. E nem o aboliu, haja vista que sua prática antecede a lei. Podemos dizer que o dízimo, como lei, foi abolido, mas como princípio praticado pelos patriarcas, permanece.

Os princípios do Velho Testamento, como nós veremos mais adiante, devem ser observados. A aplicação dos princípios do Velho Testamento na igreja não lhe é prejudicial. Ver o dízimo como uma lei, vai dar problemas, mas se vemos como princípio, não. Pois os princípios são permanentes. O princípio do dízimo trabalha fidelidade, gratidão, generosidade, fé e etc. A lei do dízimo gera controvérsias porque o contexto da congregação de Israel é um, já o contexto da igreja é outro. Vejamos a diferença:

Congregação de Israel = nação, estado laico e governo teocrático (o dízimo era visto como um tipo de imposto).

Igreja = local, denominacional, governo limitado, ora episcopal, ora congregacional e ora os dois juntos se mesclando. (trabalha-se a voluntariedade e a espontaneidade).

Congregação de Israel = sacerdotes, levitas, templo.

Igreja = dispensa tudo isso. O sacerdócio é universal (1Pe.2.9), levitas todos somos e o templo somos nós. Temos apenas as figuras representativas: pastor (bispo ou presbítero), lideranças (diáconos, líderes de ministérios ou departamentos) e o prédio onde se reúne a igreja, o povo de Deus.

Congregação de Israel = lei
Igreja = graça

Congregação de Israel = observância das leis
Igreja = observância de princípios

Congregação de Israel = uma cultura, uma história
Igreja = outra cultura, outra história

Etc.

A igreja não deve colocar o dízimo como uma obrigação ou imposto, mas como princípio, uma prática pessoal, voluntária e intransferível.

O Dízimo nas Escrituras

A palavra “dízimo” ocorre 5 vezes no N.T., as palavras gregas usadas são “apodekatoo” e “dekate” que significam: dar, pagar um dízimo de algo, cobrar, receber um décimo de alguém. E no A.T. ocorre 5 vezes também, as palavras hebraicas usadas são “maaser”, “asar” e “asiyriy” que significam: dízimo, décima parte. A palavra “dízimo” no plural “dízimos” ocorre 4 vezes no N.T., e 23 vezes no A.T. Totalizando 37 ocorrências na Bíblia Sagrada. Na nossa língua “dízimo” significa “a décima parte”, representada pela fração “1/10” ou pelo percentual “10%”. Vejamos o que o dicionário bíblico diz sobre o “dízimo”: “A décima parte, tanto das colheitas como dos animais, que os israelitas ofereciam a Deus (Lv.27.30-32; Hb.7.1-10). O dízimo era usado para o sustento dos levitas (Nm.18.21-24), dos estrangeiros, dos órfãos e das viúvas (Dt.14.28-29).” O dízimo era arrecadado por toda “nação” de Israel, que dava para manter os levitas (que eram os líderes espirituais da época), e ainda cobria o lado social do povo, atendendo os estrangeiros, órfãos e viúvas. Contudo, a igreja cristã não vive num estado laico, não tem receita o suficiente para manter este padrão de despesas usado no Antigo Testamento. E ainda existem os opositores a esta forma de adoração a Deus. Todavia, para você que não concorda com o dízimo, e acha que os argumentos não são o suficiente para manter a mesma história de arrecadação do Velho Testamento ou por fazer parte da Antiga Aliança. Eu gostaria de dizer que não é só o Novo Testamento que é a palavra de Deus, toda a Bíblia é a palavra de Deus (leia 2Timóteo 3.16). O Dízimo é bíblico (leia: Provérbios 3.9; Malaquias 3.10; Levítico 27.30-32; Números 18.20-32, Dt.14.22 e etc). Ora, existem muitas coisas que realizamos na igreja que surgiram no Velho Testamento: O casamento, o culto, o louvor, o uso de instrumentos musicais no culto, a Lei, a bênção de pai para filho, o divórcio, o templo, o dízimo e etc. Ou vamos também discordar destas outras coisas só porque estão no Velho Testamento?

Diferente do que pensam, no Novo Testamento também vemos a prática do dízimo mantida e citada por Jesus Cristo. Leia: Marcos 12.41-44; Mateus, 5.23,24, Mateus 23.23. Como vemos, Jesus teve várias chances para discordar do dízimo e não a vez, pelo contrário mostrou a maneira correta de praticá-lo. Os que dizem que o dízimo é da época da Lei estão desinformados. A Lei veio 430 anos depois de Abraão (Gl.3.16,17) e ele já era um dizimista (Hb.7.2,4). O dízimo é da época da “Promessa” (período patriarcal) e não da época da “Lei” (período mosaico)!

O Dízimo como princípo

O dízimo é uma lei local ou um princípio? Acredito que a resposta desta interrogação é que vai definir qual a linha de pensamento que você seguirá. Pois se você enxerga o dízimo como uma “lei local” então continuará sendo omisso no momento do culto onde são recolhidos os dízimos. Mas se você enxerga o dízimo como um “princípio” então tu serás um dizimista fiel. Portanto precisamos definir o que é “lei” e o que é “princípio”!

Lei (dentro da visão bíblica) – Vontade de Deus revelada aos seres humanos em palavras, julgamentos, preceitos, atos, etc. (Léxico da Bíblia Online 3.0) A teologia cristã classifica-a em: Lei Local (vontade de Deus centralizada, dirigida para uma comunidade ou nação ou cultura. Baseada em cerimônias e simbolismos). Exemplos: a circuncisão, o lavar as mãos, a páscoa judaica, a guarda do sábado e etc. Há casos de leis locais virem acompanhadas de princípios, assim deve-se valorizar o princípio ao invés da lei, principalmente no trato com textos do Antigo Testamento. Lei Universal (vontade de Deus descentralizada, por isso dirigida a todos os povos, línguas e culturas. Baseada em princípios). Exemplos: não matarás, não furtarás, não adulterarás, suportai-vos uns aos outros, amar a Deus sob todas as coisas, amar o próximo como a si mesmo, etc.

Princípio (dentro da visão bíblica) – É um pensamento imutável, infinito, e que está acima de costumes, leis, culturas, povos e línguas. Vão-se as leis e ficam os princípios. Quando morremos não levamos as leis conosco, mas os princípios. E era isto que Jesus Cristo mais valorizava. Por isso os fariseus o reprovavam, pois eram amantes das leis, mas desprezavam os princípios que nelas estavam contidos. Declarações feitas por Jesus revelam isso (Mt.23.25; 5.27,28).

O dízimo, bem com todo princípio, se aplica ou se adapta dentro do contexto cultural, no período patriarcal e mosáico havia o intercâmbio (troca, permuta) onde as coisas (objetos, animais e etc.) eram trazidas a Deus através do dízimos e das ofertas (temos vários exemplos na Bíblia). Em nossa cultura o dinheiro passou a ser o principal representante de valor, e como tal, tomou parte na entrega dos dízimos e das ofertas. Contudo, mesmo naquele contexto cultural o dízimo também era dado em moedas e símbolos de valor financeiro como ouro e prata. Basta vermos o termo “casa do Tesouro” em Malaquias 3.10, que expressa muita mais do que um lugarzinho de guardar comida e animais, tipo despensa, celeiro ou estábulo.

A prática do dízimo é da individualidade de cada um. Entretanto, ser tido apenas como uma “lei local” é desafiar a inteligência das pessoas. Há um princípio no dízimo que nem o tempo e nem a avareza de alguns poderá revogá-lo: “reconhecer que tudo que temos foi Deus quem o deu”. (Pv.3.9; Sl.24.1; Ag.2.8).

CONCLUSÃO

O dízimo numa igreja cristã organizada e local nada mais é do que uma contribuição financeira com o título bíblico de “dízimo” para que a igreja venha a se sustentar em suas atividades. E que há princípios nesse ato, assim como havia no dízimo. E esses princípios são irremovíveis: generosidade, gratidão, exercício da fé e desprendimento financeiro. O “dízimo” (10 por cento ou décima parte) é um parâmetro norteador para que o cristão possa livremente contribuir tendo como base (se quiser) esse percentual. Podendo o mesmo contribuir até mais do que possa dar como fez aquele viúva (com sua oferta) que levou Jesus a admirar-se de sua fé.

Postado por Daniel D.

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