Heresias / Modismo

Espiritismo

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O espiritismo é, sem dúvida, uma das heresias que mais cresce no mundo hoje. O ser humano sente a necessidade de sair em busca de Deus, no entanto essa busca nem sempre leva ao caminho da vida (Pv.14.12). Muitas vezes o que leva ao homem a procurar o espiritismo é a saudade que ele tem de seus parentes falecidos (esposas, esposos, filhos, primos, tia, avó, e etc.). Isto acontece porque o espiritismo alimenta o ensino da comunicação com os mortos.

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Alheio a Palavra de Deus (a Bíblia Sagrada) e divorciado da comunidade cristã, o espiritismo tem se escondido por trás de uma couraça filosófica e com um linguajar de “cristão”. Contudo, negam os fundamentos da fé cristã e no seu acervo de ensinos se comprova que é uma religião.

RESUMO HISTÓRICO

O espiritismo, enquanto tentativa de contato com os mortos, faz parte da tradição de vários povos, como os egípcios, caldeus, assírios, etc. O espiritismo que hoje se expande no Brasil e no mundo nada mais é do que a continuação da necromancia e do ocultismo praticado pelos povos antigos. O espiritismo deriva de religiões tais como o Animismo, hinduísmo e budismo. Porém, em sua forma moderna como hoje é conhecido, o seu ressurgimento se deve a duas jovens norte-americanas, Margaret e Kate Fox, de Hydeville, Estado de Nova Iorque.

Em Dezembro de 1847, Margaret e Kate, respectivamente de 12 e 10 anos (conhecidas como as irmãs Fox), começaram a ouvir pancadas em diferentes pontos da casa onde moravam. A princípio julgaram que esses ruídos fossem produzidos por ratos e camundongos que infestavam a casa. Porém, quando os lençóis começaram a ser arrancados das camas por mãos invisíveis, cadeiras e mesas tiradas dos seus lugares, e uma mão fria tocou no rosto duma das meninas, percebeu-se que o que estava acontecendo eram fenômenos sobrenaturais. A partir daí, as meninas criaram um meio de comunicar-se com o autor dos ruídos, que respondia às perguntas com um determinado número de pancadas.

Partindo desse acontecimento, que recebeu ampla cobertura dos meios de comunicação da época, propagaram-se sessões espíritas por toda a América do Norte. Na Inglaterra, porém, a consulta dos mortos já era muito popular entre as camadas sociais mais elevadas. Por conseguinte, os médiuns norte-americanos encontraram ali solo fértil, onde a semente do supersticionismo espiritista haveria de ser semeada, nascer, crescer, florescer e frutificar. Na época, outros países da Europa também foram visitados com sucesso pelos espíritas norte-americanos.

Na França, a figura de Allan Kardec é a principal dos arraiais espiritistas. Léon Hippolyte Rival (o verdadeiro nome de Allan Kardec), nascido em Lião, em 1804, filho de um advogado, tomou o pseudônimo de Allan Kardec por acreditar ser ele a reencarnação dum poeta celta com esse nome. Dizia ter recebido a missão de pregar uma nova religião, o que começou a fazer a 30 de abril de 1856. Um ano depois, publicou O Livro dos Espíritos, que muito contribuiu na propaganda espiritista. Dotado de inteligência e inigualável sagacidade, estudou toda literatura afim disponível na Inglaterra e nos Estados Unidos, e dizia introduzir no espiritismo a idéia da reencarnação. De 1861 a 1867, publicou quatro livros: Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Céu e Inferno e Gênesis. Homem dotado de características físicas e mentais de grande resistência, Allan Kardec foi apóstolo das novas idéias que haveriam de influir na organização do espiritismo. Fundou A Revista Espírita, periódico mensal editado em vários idiomas. Ele mesmo assentou as bases da “Sociedade Continuadora da Missão de Allan Kardec”. Morreu em 1869.

SUBDIVISÕES DO ESPIRITISMO

O movimento compreende a várias tendências ou manifestações as quais iremos ver a seguir. Embora consideremos o espiritismo igual em toda a sua maneira de ser, os próprios espíritas preferem admitir haver diferentes formas de espiritismo, assim classificamos e sintetizamos abaixo:

ESPIRITISMO COMUM

· Quiromancia – Adivinhação pelo exame das linhas das mãos. O mesmo que “quiroscopia”.
· Cartomancia – Adivinhação pela decifração de combinações de cartas de jogar.
· Grafologia – Estudo dos elementos normais e principalmente patológicos de uma personalidade, feito através da análise da sua escrita.
· Hidromancia – Arte de adivinhar por meio da água.
· Astrologia – Estudo e/ou conhecimento da influência dos astros, especialmente dos signos, no destino e no comportamento dos homens; também conhecida como “uranoscopia”.

BAIXO ESPIRITISMO

· Vodu – Culto de negros antilhanos, de origem animista, e que se vale de certos elementos do ritual católico. Haiti.
· Candomblé – Religião dos negros ioruba, na Bahia.
· Umbanda – Designação dos cultos afro-brasileiros, que se confundem com os da macumba e dos candomblés da Bahia, xangô de Pernambuco, pajelança da Amazônia, do catimbó e outros cultos sincréticos.
· Quimbanda – Ritual da macumba que se confunde com os da umbanda.
· Macumba – Sincretismo religioso afro-brasileiro derivado do candomblé, com elementos de várias religiões africanas, de religiões indígenas brasileiras e do catolicismo.

ESPIRITISMO CIENTÍFICO

· Ecletismo – Sistema filosófico que não segue sistema algum, escolhendo de cada um a parte que lhe parece mais próxima da verdade.
· Esoterismo – É a possessão de conhecimento ou verdades que permanecem ocultos ou velados para os que não foram designados a recebê-los.
· Teosofismo – Conjunto de doutrinas religio-filosóficas que têm por objetivo a união do homem com a divindade, mediante a elevação progressiva do espírito até a iluminação. Iniciado por Helena Petrovna Blavastky, mística adepta do budismo e do lamaísmo.
· Kardecismo – É o que está filiado à Federação Espírita Brasileira e para o qual Allan Kardec é considerado o Mestre Divino.

DIVISÕES DO ESPIRITISMO NO BRASIL

Além do Espiritismo Kardecista que é o maior grupo, temos também aqui no Brasil:

* A Legião da Boa Vontade – Embora não filiada à FEB, aceita a idéia de Alziro Zarur, segundo a qual ele era a reencarnação de Kardec. Não crê que Cristo tivesse corpo real e humano, seguindo a linha de pensamento de João Batista Roustaing.
* Racionalismo Cristão – Fundado em 1910 por Luiz de Mattos. Luiz José de Mattos nasceu em Portugal, em 03/01/1860. É panteísta e fala de Deus como “O Grande Foco”, “Inteligência Universal”. Possui templos suntuosos em várias regiões de São Paulo.
* Cultura Racional – Fundada por Manoel Jacintho Coelho em 1935, no Rio de Janeiro (Méier), mas divulgada a partir de 1970, quando alcançou fama nacional. Aceita a metempsicose (Transmigração da alma até mesmo para seres inferiores).
* Circulo Esotérico da Comunhão do Pensamento – Fundado em 1909, pelo Sr.Antônio Olívio Rodrigues. Possui espalhados pelo Brasil milhares de tattwas, ou centros. Aceita a doutrina reencarnacionista.
* Ordem Rosacruz – Com suas várias organizações, destacando-se a AMORC (Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis). Semelhantemente há fraternidade Rosacruz de Max Heindel, a FRC (Fraternidade Rosae Crucis) de Clymer, a FRA (Fraternidade Rosacruciana Antíqua) de Krumnheller (Igreja Gnóstica) e a Ordem Cabalística de Rosacruz (Igreja Expectante) do Sr.Léo Alverez Costet de Mascheville.
* Outros – Finalmente, poderíamos agrupar aqui as sociedades teosóficas e as seitas orientais japonesas, como Seicho-No-Iê, Igreja Messiânica Mundial, Arte Mahikaru, Perfetc Liberty e as seitas orientais provindas do hinduísmo, como o movimento Hare Krishna e Meditação Transcendental, a Nova Era, e outras, todas adeptas do reencarnacionismo.

PSEUDOS CRISTÃOS

O espiritismo usa uma traiçoeira propaganda de “cristãos”. Arroga para si a condição de ser o autêntico cristianismo. Mas na verdade são lobos vestidos de ovelhas. Assim dizem: “Se o cristianismo sobreviver, o espiritismo deve morrer; e se o espiritismo tiver de sobreviver, o cristianismo deve desaparecer. São a antítese um do outro…” (Mind and Matter, Junho de 1880).
A verdade é que o espiritismo nunca mostra a sua face, assim como o Diabo. Ele se esconde por trás das “boas” apresentações, e nada mais é atraente do que usar o slogan de “cristão”.

E continuam: “A doutrina espírita nos ensina a praticar o cristianismo em sua forma mais pura e simples. Assim, o espírita procura ser um bom cristão. Ele sente que precisa combater seus próprios defeitos e praticar os ensinamentos de Jesus” (O Espiritismo em Linguagem Fácil, p.61).
Para “praticar o cristianismo em sua forma mais pura e simples”, em primeiro lugar, seria preciso que o espiritismo tivesse sua base na Bíblia e suas crenças fossem as mesmas do cristianismo. O espiritismo usa falsa propaganda quando afirma essa outra mentira.

Allan Kardec afirma que os espíritas são os mais genuínos cristãos. Para isso aplica duas estratégias: “É preciso que nos façamos entender. Se alguém tem uma convicção bem assentada sobre uma doutrina, ainda que falsa, é necessário que o desviemos dessa convicção, porém pouco a pouco. Eis porque nos servimos, quase sempre, de suas palavras e damos a impressão de partilhar de suas idéias, a fim de que ele não se ofusque de súbito e deixe de se instruir conosco” (“O Livro dos Médiuns”, Ltda., 1985, p.495).

O texto acima tira a máscara cristã que Allan Kardec pretende dar ao espiritismo:
a) primeiro, “nos servimos… de suas palavras”;
b) segundo, “damos a impressão de partilhar de suas idéias”.

Com que propósito? “A fim de que ele não se ofusque de súbito e deixe de se instruir conosco”. Assim para atingir seu objetivo, elogia Jesus Cristo, mas logo em seguida faz seus duros ataques aos ensinamentos cristãos e se vê no direito de remover da Bíblia o que ela diz contra o espiritismo e acrescentar na Bíblia o que eles pensam. Estes são verdadeiros falsos profetas conforme Jesus adverte, em Mateus 7.15.

CONSULTA AOS MORTOS

Com base nas palavras de Dt.18.9-14 no seu livro “O céu e o Inferno”, aduz Allan Kardec: “…Moisés devia pois, por política, inspirar nos hebreus aversão a todos os costumes que pudessem ter semelhança e pontos de contato com o inimigo”. Porém a verdade é que Deus condena a invocação de mortos: “Não se achará entre ti… adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR.” (ibidem, 10-12) Alegar que Moisés se punha aos costumes pagãos dos cananeus por razões simplesmente políticas, como afirma Allan Kardec, atesta a completa ignorância do espiritismo quanto às Escrituras Sagradas.

A proibição divina de se consultar os mortos não prova que havia comunicação com os mortos. Prova que havia a consulta aos mortos, o que não significa comunicação real com eles. Era apenas uma tentativa de comunicação. Nestas tentativas havia muito embuste, mistificações, mentiras, farsas e manifestações de demônios. É o que acontece hoje nas sessões espíritas, onde espíritos demoníacos, espíritos enganadores manifestam-se, identificando-se com pessoas amadas que faleceram. Alguns desses espíritos têm aparecido, identificando-se com os nomes de grandes homens, ministrando ensinos e até apresentando projetos éticos e humanitários para camuflar suas verdadeiras intenções (1Tm.4.1; Jo.10.10; 1Pe.5.8).

O povo de Deus, porém, possui a inigualável revelação de Deus pela qual disciplina a sua vida (Is.8.19,20). Pelo testemunho geral das Escrituras os mortos, devido ao estado em que se encontram, não têm parte em nada do que se faz e acontece na Terra. Consulte os seguintes textos: Ec.7.2; 9.5,6; Sl.88.10-12; Is.38.18,19; Jó 7.9,10.

Os textos supracitados mostram que após a morte o espírito humano não poderá voltar à vida terrena, e que nada poderá fazer por si mesmo e muito menos pelos vivos que ainda estão na Terra.

No desespero de encontrar apoio da Bíblia Sagrada os espíritas recorrem ao texto de 1Sm.28 para alegar a prática de consultar os mortos, Saul e a feiticeira de En-Dor. No entanto vamos ver algumas provas que não era com Samuel que Saul estava conversando:

a) Saul fora rejeitado por Deus em razão da sua desobediência (1Sm.15.23), e “o Espírito do Senhor se retirou de Saul ”(1Sm.16.14). Por isso mesmo, Deus não mais lhe respondia (1Sm.28.6). Deus se comunicava com os homens através de três maneiras: por sonhos (Jó.33.14-17); por revelação sacerdotal (Êx.28.30); por intermédio dos profetas (Hb.1.1). Ora, se Deus recusara-se a atendê-lo pelas vias normais, por que o faria pelas vias que Ele próprio condenava? Mudança de idéia a respeito de Saul ou em relação à feitiçaria? É óbvio que não! E se Ele não mudou de idéia, quem apareceu a Saul com certeza não foi o profeta Samuel.
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b) Se fosse Samuel, como profeta de Deus, ele não teria errado. Em todas as suas palavras que proferira em nome do Senhor nunca errou (1Sm.3.19). Como é que depois de morto, aparece à uma feiticeira (contrariando a lei de Deus) e prediz que Saul seria entregue nas mãos dos filisteus( 1Sm.28.19), o que não aconteceu ? Saul se suicidou (1Sm.31.4), e seu corpo veio parar mais tarde nas mãos dos homens de Jabes-Gileade (1Sm.31.11-13).
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c) Não morreram todos os filhos de Saul como o pseudo-Samuel falara (1Sm.28.19). Ficaram vivos pelo menos três filhos de Saul: Isbosete (2Sm.2.8-10); Armoni e Mefibosete (2Sm.21.8). Apenas três morreram, como está registrado em 1Sm.31.6 e 1Cr.10.2-6. O suposto Samuel disse a Saul, “…amanhã, tu e teus filhos estareis comigo” (1Sm.28.19). Saul ao suicidar-se não foi para o mesmo lugar que Samuel (1Cr.10.13; Lc.16.19-31). Logo, quem falou com Saul não foi Samuel.
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d) É inaceitável que Samuel, homem reto e santo enquanto vivo, depois de morto viesse a obedecer a uma feiticeira, mulher abominável, numa prática proibida por Deus (Êx.22.18; Lv.20.27; Dt.18.9-12; Is.8.19,20; 47.11-15).
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e) Em 1Sm.28.13, a mulher diz: “Vejo deuses que sobem da terra”. Quem eram? Só podiam ser deuses do inferno (Mc.5.9; Lc.8.30; Ap.13.11; 12.9). O diabo pode transfigurar-se em anjo de luz (2Co.11.14,15; 1Sm.16.23). Pois os mortos não se comunicam com os vivos (Lc.16.19-31; Hb.9.27). E mais, Saul não viu Samuel. De acordo com a descrição da médium, foi ele mesmo que supôs que o personagem descrito era Samuel (1Sm.28.14 e veja 1Cr.10.13).

A TEORIA DA REENCARNAÇÃO

O espiritismo ensina em resumo que reencarnação é a volta da alma (ou espírito) à vida corporal, mas em outro corpo novamente formado para ele que nada tem de comum com o antigo. Ensina que a morte é apenas um meio de ir ao mundo espiritual e a reencarnação um meio de retornar ao mundo físico.

Essa vida passa a ser tida como uma expiação. O que sofremos é justo; foi merecido por nós, nesta ou noutras encarnações. Pois bem, quando um homem mal fere o outro, quando um ladrão furta, quando o capanga mata, nada mais são que instrumentos da justiça divina. Portanto a reencarnação passa a ser um meio de purificação dos pecados dos espíritas.

Refutação Bíblica: Este ensino de justiça de “matar, roubar e destruir” é muito parecido com as obras do Diabo (Jo.10.10). Como fica este tipo de comportamento perante o ensino de Jesus Cristo? (Mt.5.21,22,38,39,44). Quando nos arremetemos contra alguém, expomo-nos a fazer sofrer um inocente. A doutrina espírita, por sua vez, defende que só fazemos sofrer quem merece. Porém o verdadeiro problema, o mal em todas as suas formas, o pecado, a verdadeira causa do sofrimento e da injustiça permanece sem tratamento; não é resolvido em absoluto, apenas é perpetuado indefinidamente. Uma maldade exige outra em compensação, e a outra mais outra, e assim sucessivamente.

Pela Bíblia, só existe um meio de expiação ou reparação do pecado: O sacrifício de Jesus Cristo. Sim, quando ele estava nas ânsias de sua crucificação e morte, pediu ao Pai que se houvesse outro meio de expiação do pecado, falha, erro do homem, que ele o livra-se da morte (Mt.26.39). No entanto Deus deu a seu filho a morte de cruz, provando que não havia outro meio de purificação do homem a não ser pelo derramamento de sangue, o sangue de um inocente, Jesus Cristo (Rm.5.8,9; 1Jo.2.2; 1Pe.1.18,19; Hb.9.14,22,24-26). Se existisse reencarnação Deus não teria entregado seu filho ao mundo (Jo.3.16).
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O sacrifício de Jesus feito uma só vez apaga os nossos pecados quando confessados a Ele (1Jo.1.9,10). Para isso é necessário o arrependimento (At.3.18,19) e com o arrependimento vem a reparação, ou como nós chamamos “santificação”. Causando assim no homem um “novo nascimento”. (1Pe.1.23; 2Co.5.17; Gl.6.15; Jo.3.3). Não existe uma pluralidade de existência (em corpos) com um só espírito, pois a Palavra de Deus é clara em dizer que está determinado por Deus o homem morrer uma só vez, depois segue-se o juízo sobre o espírito humano, essa é a regra (Hb.9.27). Se existe exceções é para os casos de ressurreição por intervenção do milagre, para a glória de Deus. A Bíblia registra casos de ressurreição tais como: a do filho de viúva de Serepta (1Rs.17.19-22), o filho da sunamita (2Rs.4.32-37), o defunto que foi lançado na cova de Eliseu (2Rs.13.21), a filha de Jairo (Mc.5.21-23, 35-43), o filho da viúva de Naim (Lc.7.11-17), Lázaro (Jo.11.1-46), Dorcas (At.9.36-43).

O espírito vai para Deus quando acontece a morte (como “separação” do espírito do corpo) e assim segue-se o juízo sobre a sua vida (Ec.12.7 e Mc.16.16; Jo.3.18). Por isso, sabiamente, os espíritas não acreditam na expiação de Jesus, nem na queda do homem, nem na deidade de Jesus, nem no céu e nem no inferno, a fim de manter viva a crença nesta doutrina absurda e falível. Pois a existência destas doutrinas ameaça a teoria da reencarnação?

HÁ DIFERENÇA DE RESSURREIÇÃO PARA REENCARNAÇÃO

A Bíblia jamais faz qualquer referência à palavra “reencarnação”, tampouco a confunde com a palavra “ressurreição”. Segundo o dicionário Escolar de Língua Portuguesa, de Francisco da Silveira Bueno, “reencarnação” é o ato ou efeito de reencarnar pluralidade de existências com um só espírito; enquanto que a palavra “ressurreição”, no grego, é “anástasis” e “égersis”, ou seja: levantar, erguer, surgir, sair de um local ou de uma situação para outra. No latim, “ressurreição” é o ato de ressurgir, voltar à vida, reanimar-se. Biblicamente, entende-se o termo “ressurreição” como o mesmo que ressurgir dos mortos, em outras palavras, é o retorno da alma e do espírito ao mesmo corpo. Que pode acontecer por um milagre (João 11.38-44) e que vai acontecer por ocasião da vinda de Cristo (1Tessalonicenses 4.16). A diferença é que o primeiro caso o espírito-alma volta para um corpo “mortal”, já o segundo para um corpo imortal (1Coríntios 15.53).

Os espíritas não acreditam na ressurreição dos mortos porque o corpo é absorvido e disperso pela natureza, e é impossível materialmente recompor os elementos desse corpo. Entretanto, acreditam em vidas em outros planetas e também em espíritos. Ou seja, quando um ensinamento bíblico põe em contradição seus ensinos julgam-no cientificamente. Mas quanto aos seus ensinos julgam pela fé. A ressurreição na Bíblia é figurada como uma semente, toda semente lançada em terra, pela lei da vida deve ressurgir (leia 1Co.15.42-44). Aproveitando o ensejo vamos citar apenas dois casos de mortos que foram levantados dentre os mortos após quatro e três dias de sepultados:

Nome da pessoa morta: Lázaro, Jo.11 :
a) Estava morto (vv.14,21,32,37);
b) Estava sepultado já havia quatro dias (vv.17);
c) Já cheirava mal (v.39);
d) Ressuscitou ainda amortalhado (v.44);
e) Ressuscitou com o mesmo corpo e mesma aparência que possuía antes de morrer (v.44).

Nome da pessoa morta: Jesus Cristo
a) Os soldados romanos testemunharam que Cristo estava morto (Jo.19.33);
b) José de Arimatéia e Nicodemos sepultaram-no (Jo.19.38-42);
c) Ele ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc.24.1-7);
d) Mesmo após ressuscitado, Ele ainda portava as marcas dos cravos nas mãos, para mostrar que seu corpo, agora vivo, era o mesmo no qual sofrera a crucificação, porém, glorificado (Lc.24.39; Jo.20.27).

JOÃO BATISTA ERA ELIAS REENCARNADO?

Ele mesmo respondeu: “Não sou” (Jo.1.21), e logo, se reencarnação é o ato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existências com um só espírito, é evidente que um vivo não pode ser reencarnação de alguém que nunca morreu. Ora, João Batista não era a reencarnação de Elias, pois ele não morreu. Foi arrebatado vivo ao Céu (2Rs.2.11). E se João Batista fosse Elias reencarnado, no momento da transfiguração de Cristo, teriam aparecido Moisés e João Batista, e não Moisés e Elias (Mt.17.3). A citação de Cristo em Mt.11.14 é apenas uma alusão a uma profecia registrada em Ml.4.5.

NASCER DE NOVO É REENCARNAR? (Jo.3.3,5)

Não, a expressão “nascer de novo” (do grego anothen) significa nascer do alto, nascer de cima, por obra e graça do Espírito Santo, mediante a Palavra (Jo.15.3; Ef.5.26). De acordo com Bíblia, novo nascimento é o mesmo que regeneração (Tt.3.5) e não reencarnação. Jesus estava falando da regeneração, uma mudança interior que diz respeito conversão do pecador, nunca se referiu a mudança de corpo ou passagem da alma de um corpo para um novo. Ora, daí o equívoco de Nicodemos, ele pensava que o homem depois de velho viesse a renascer fisicamente, no que foi logo dissuadido pelo Senhor (1Co.6.11; Ef.4.23,24; Cl.3.9,10; Tt.3.3-6).
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Não existe a palavra “reencarnação” no grego neotestamentário. Os seguidores desta heresia tentam encontrar desesperadamente similaridades em algumas palavras para fugirem do vazio bíblico sobre o assunto. O que é um paradoxo, pois se negam a inspiração divina da Bíblia, pra quê provar algo nela? Entretanto, sugerem, por exemplo, a palavra “paliggenesia” presente em Tito 3.5 que significa “novo nascimento”, “reprodução”, “renovação”, “regeneração”. Uma colocação simplória totalmente fora do contexto e do significado da palavra. Onde nem se encontra presente a palavra “alma” (do N.T. grego “psuche”) na estrutura da palavra. Por exemplo, a palavra “transmigração” (metempsychosis), que é uma heresia muito parecida com a reencarnação, pois acredita que a alma dos mortos reencarna, a diferença básica é que em animais. Observe que a formação desta palavra nasce do seu conceito: “metem” (transporte) + “psychosis (alma). Isso não ocorre com nenhuma palavra grega surrupiada do N.T. grego pelos defensores da heresia reencarnacionista.

Interpretando a citação de Tito 3.5:

“não por obras de justiça praticada por nós….”. Em primeiro lugar, temos aqui uma clara refutação bíblica a heresia reencarnacionista que se baseia em obras.

“… ele nos salvou mediante o lavar regenerador [paliggenesia] e renovador [anakainosis] do Espírito Santo”. Em segundo lugar, as atribuições deste fenômeno espiritual são dadas ao Espírito Santo, um ser pessoal (Efésios 4.30) e divino (Atos 5.3,4), citado por Jesus como consolador (parakletos: alguém que pleiteia a causa de outro, intercessor). Ele “renova” (paliggenesia) e “restaura” (anakainosis) os pecadores e não “reencarna”. O papel do Espírito Santo é transformar a vida dos pecadores (João 16.8). Paulo estava dizendo que o Espírito Santo mudara tanto a sua vida como a de Tito. E que eles eram salvos por essa causa.
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Veja o contexto: “que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador”. Ou seja, que o Espírito Santo (ele) fez (derramou sobre) com eles (Paulo e Tito) por intermédio de Jesus. (Tito 3.6).

QUEM PECOU, ESTE OU SEUS PAIS, PARA QUE NASCESSE CEGO? (Jo.9.2)

Os espíritas usam versículos da Bíblia para apoiarem suas idéias absurdas e heréticas. A argumentação espírita diz: “Essa pergunta (de Jo.9.2) prova que os apóstolos acreditavam na reencarnação”. Porém na tradição judaica acreditava-se que a criança no ventre da mãe já poderia cometer o pecado de idolatria, quando esta adorava deuses pagãos, daí o porquê dos discípulos perguntarem quem teria pecado. É certo que longe estava Cristo de partilhar tais idéias (nem a suposição espírita e nem a teoria judaica de maldição hereditária). Ele respondeu: “Nem ele pecou nem seus pais; mais isto aconteceu para que se manifestem nele as obras de Deus.” (v.3).

A resposta de Jesus arrasa os alicerces de toda a construção reencarnacionista, baseada na opinião de que toda a infelicidade, todo sofrimento, decorre do pecado pessoal. Há contrariedades e sofrimentos que Deus envia simplesmente para que sejam manifestas suas obras e que suas criaturas sejam preparadas para eternidade.

CONCLUSÃO

O espiritismo é nada mais nada menos que um relacionamento íntimo e progressivo com demônios e anjos caídos, mantendo uma grande simpatia e prestando um grande serviço para o líder deles: Satanás. Onde “reencarnação” é sinônimo de “possessão demoníaca”, “médium” é sinônimo de “instrumento do Diabo”, “mediunidade” é a “manifestação de demônios” e “invocação dos mortos” é “invocação de espíritos malignos ou de demônios”.

Porventura não temos os ensinos verdadeiros de Jesus?

a) Jesus ensinou a unicidade da vida (Lc.16.19-31). Ao contrário do espiritismo que ensina a pluralidade da existência;
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b) Jesus ensinou a existência de um lugar de tormento eterno (Mt.25.41,46). Ao contrário do espiritismo que ensina o progresso contínuo depois da morte até a perfeição;
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c) Jesus ensinou a nossa redenção por sua morte e ressurreição (Mt.20.28; 26.26-28). Ao contrário do espiritismo que ensina a expiação própria e aperfeiçoamento por méritos pessoais;
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d) Jesus ensinou a ressurreição final de todos os homens (Jo.5.28,29). Ao contrário do espiritismo que ensina o estado final como espírito puro.

O fato é que a prática do espiritismo de “consultar aos mortos”, “macumba”, “simpatia”, “advinhação” etc., são práticas condenáveis por Deus e são abomináveis a ele:
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“Quando entrares na terra que o SENHOR, teu Deus, te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, os lança de diante de ti”. Deuteronômio 18.9-12
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BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:
Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo (Editora Vida);
Seitas e Heresias (editora CPAD);
Desmascarando as Seitas (Idem);
Bíblia Online 3.0 (SBB).

Postado por Daniel D.

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