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Quero confessar o meu pecado

Quero confessar o meu pecado
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A cena certamente já aconteceu com você. Chove. Você está todo arrumado, talvez com sua melhor roupa, saindo atrasado de casa para um compromisso importante. Você toma todo o cuidado do mundo para não deixar

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Artigo cristão escrito por Mauricio Zágari

Quero confessar o meu pecado

A cena certamente já aconteceu com você. Chove. Você está todo arrumado, talvez com sua melhor roupa, saindo atrasado de casa para um compromisso importante. Você toma todo o cuidado do mundo para não deixar sequer um pinguinho de água cair sobre a linda roupa que está usando. Aí acontece a tragédia: um carro passa a toda velocidade sobre uma poça imunda e joga toda aquela sujeira e lama na sua calça, na sua camisa, no seu mais lindo vestido, às vezes até no seu rosto e nos seus braços. Agora pense em como se sentiu. Depois pense em como teve de carregar aquela sujeirada seca e fedorenta agarrada em você por todo o dia até chegar em casa, no trabalho ou na escola e poder no mínimo passar um pano molhado nas partes que ficaram imundas. Mas a verdade é que o alívio total só vem quando entra embaixo do chuveiro e se limpa por completo. Com nossa vida espiritual é mais ou menos assim. E essa lama se chama pecado.

Este post é o menos criativo que já escrevi. Mas certamente é o mais importante. Pois ele se aplica a 7 bilhões de pessoas no planeta, uma vez que todas elas pecaram, pecam e destituídas estão da glória de Deus. Eu disse…todas. Eu, inclusive. Você também. Pois todos somos carentes de Jesus e do resgate de suas almas do inferno mediante a graça de Deus.

Mas, mesmo aquelas que são salvas, lavadas no sangue do Cordeiro, pecam. Pecado, essa palavra tão fora de moda e que nada mais significa do que “desobediência a Deus”. Ou seja: você é eleito por Deus para receber o chamado da graça, recebe Cristo pela fé que o Senhor lhe deu, passa a chamar a si mesmo de “cristão”, vive em novidade de vida, nasce de novo, as coisas velhas se passaram e tudo se fez novo, sua velha vida é abandonada. Ou seja: nova criatura é!!! Mas… mesmo tendo passado da morte para a vida, um dia você peca. E no dia seguinte…de novo! E de novo! E de novo! E de novo! Edenovoedenovoedenovoedenovo! Que coisa! Para nossa surpresa descobrimos que a conversão nao nos transformou em anjos, que continuamos tendo impulsos carnais, sentimos ódio, ganância, rancor, desejamos o mal ao próximo… continuamos humanos. É como sempre digo: “Todo homem de Deus é de Deus mas não deixou de ser homem”.

Por isso posso afirmar sem nenhuma sombra de dúvida: só hoje você já cometeu diversos pecados. Sei disso porque eu também cometi os meus. Muitos. E tanto eu quanto você fomos alcançados pela graça salvífica de Cristo.

Meu Jesus do Céu… pequei. Desobedeci a Deus. Traí a confiança dAquele que me salvou. Ele me deu a vida eterna e fui incapaz de obedecê-lo. Pisei na bola. E agora? Pronto, agora você, que se via alvo mais que a neve, vê as alvas roupas da sua alma salpicadas da imundície do pecado. O carro da carne, do mundo e do diabo passou na poça e lançou a imundícia sobre você, que abraçou a lama com gosto. Se duvidar ainda lambeu os beiços e os dedos.

É, meu irmão, minha irmã. A verdade dura é que eu e você recebemos roupas alvas, mais que a neve, no instante em que Jesus disse “vem!”… mas continuamos a tê-la diariamente suja pela lama do pecado.

Ok, ok, eu sei: o crente peca mas não vive no pecado, todos nós sabemos disso. Mas se você fizer uma análise da sua vida espiritual, verá que das duas uma: ou continua pecando diariamente ou mente dizendo que não peca – o que lhe torna um pecador. Então não tem escapatória: você é um ser, mesmo salvo, desobediente a Aquele que lhe salvou. Tornou-se filho, mas um filho malcriado. Eu sou assim. Você também. Ouça o apóstolo João: “Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.  Se afirmarmos que não temos cometido pecado, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua palavra não está em nós” (1 Jo 1.8,10). E João era cristão ou não?

Pequei. E agora?

Primeiro, tenho que admitir que minha natureza é pecaminosa – mesmo já tendo você sido purificado pela justificação em Cristo – e ela te pega pela mão e te arrasta para o charco de lodo todo dia. Ou seja: admita que peca. Eu admito: eu peco. É como o tratamento dos alcoólicos anônimos: o primeiro passo para se livrar do vício é reconhecer que você é alcoólatra. Sem isso jamais poderá ir ao segundo passo. E, no caso do cristão que pecou, primeiro há de reconhecer que, mesmo tendo sido salvo, continua precisando se santificar di-a-ria-men-te, num moto contínuo de pecado-arrependimento-absolvição-pecado-arrependimento-absolvição-pecado-arrependimento-absolvição-pecado-arrependimento-absolvição…

E qual é o segundo passo? Lance seus pecados sobre a Cruz. O que exatamente isso significa? Jesus não veio à terra a passeio. Ele veio morrer e ressuscitar para, assim, estraçalhar nosso pecado. Quando os cravos furaram suas mãos não foi sua carne que se rasgou: foram nossos pecados que o Cordeiro picotou e jogou no lixo. Então reconhecemos que pecamos, não temos como limpar nossas roupas por mérito próprio e, assim, o sangue que foi derramado na cruz é aspergido sobre nossas roupas e as alveja novamente. Pronto. Estamos limpos. Pelo menos até o próximo pecado. Que tenha a certeza absoluta, caro ser humano pecaminoso, que vai acontecer já já.

A sua natureza pecaminosa ou a graça de Deus jamais podem ser desculpas para pecar numa boa. Não. O pecado é um inimigo e tem que ser combatido até a morte. “Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida, que Deus prometeu aos que o amam” (Tg 1.12). “Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida” (Ap 2.10).

O problema é que o pecado é um inimigo sagaz e, se dependesse de nós e de nossas próprias forças, nos venceria todos os dias. Eu sou vencido por ele. Você é vencido por ele. Por isso caminhar com Jesus é tão importante. “Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 João 2.1). Taí a resposta.

Pequei. E agora? A resposta vem da união entre palavras do apóstolo João e de Salomão, inspirados pelo Santo Espírito consolador e conselheiro, com palavras do próprio Cordeiro de Deus que veio para tirar os pecados do mundo: João diz em 1 João 1.9: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça”. Assim, o primeiro passo é a confissão (ou seja, o reconhecimento do erro e a exposição direta a Deus de que o fez). O segundo passo vem nas palavras que o rei, sábio e profeta Salomão registrou em seu livro de Provérbios: “Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia.” Essa é a segunda etapa: cessar o pecado. Por fim o terceiro passo: santificação. É o que Jesus diz à mulher adúltera: “Agora vá e abandone sua vida de pecado” (João 8.11b), ou, em outras palavras, assuma uma nova postura: “Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12.14).

Você é cristão e ainda assim pecou? Eis aqui o que a Bíblia te diz para fazer:

1. Confesse.

2. Abandone.

3. Santifique-se.

Pecou? Deixe Jesus te lavar. Quando o pecado pesar de tal maneira que você não suportar mais e o Espirito Santo te tocar profundamente, arrependa-se e abandone. Já passei por isso. Creio que você também. E tome cuidado para não se sujar de novo. Se sujou? Deixe Jesus te lavar de novo. E, se fizer disso a sua prática de vida, pode o carro que for jogar lama nas tuas roupas que, na hora em que você chegar, finalmente, ao seu destino, ouvirá do Pai: “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu Senhor!”. E aí nunca mais suas roupas se sujarão e você viverá na magnífica pureza do Cordeiro de alvas lãs por toda a eternidade.

Eu peco, meu irmão, minha irmã. Confesso meu pecado. Erro. Creio que você também. Não sou hipócrita de dizer que não peco. Mas tento. Vivo tentando. Sei que você também. Ajudemo-nos nisso. Ergamos uns aos outros. Se você leva alguém ao pecado, pare. Peça ajuda se você não consegue parar de pecar. Creio que é o que devemos fazer. Tentar, tentar e tentar. Dia após dia. Pecou? Sua carne tem inclinações malignas? Busque a Deus. Peça socorro a Ele. Ele pode. Todos nós que pecamos não queremos pecar. Mas pecamos. É dificil. É duro. Pecamos de novo. E de novo. E um dia vem o Espírito e nos chama de novo à responsabilidade. E aí tentamos parar com o mal. Fazemos o que podemos para fugir do pecado. Eu sou assim. Você também. Por isso, todos nós precisamos da graça de Deus. Ela é a única que não atira a primeira pedra, que não devolve mal com mal. Graça. Essa é a resposta. É ela que lança nossos pecados no mar do esquecimento, nos levanta quando caímos e nos faz prosseguir. Deus, concede-nos de Tua graça, pois sem ela…

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

autor

Mauricio Zágari

Membro da Igreja Cristã Nova Vida de Copacabana, RJ. Formado em Teologia pelo IBRMEC e pelo IBADIG. Diretor Editorial da editora Anno Domini. Vencedor do Prêmio Areté 2011 nas categorias “Autor Revelação” e “Melhor Livro de Ficção”

 

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