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O poder do comum

O poder do comum
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Difícil usar a palavra “poder” em uma esfera de cristãos renovados. Não conseguimos dialogar sobre o sobrenatural e o extraordinário sem um olhar de desconfiança, não é mesmo?

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Temos um bom motivo, afinal os movimentos neopentecostais corromperam o sentido dessa e de muitas outras palavras de sua origem bíblica. Transformaram, também, o sentido do sobrenatural; do extraordinário.

Não é surpreendente ver multidões em busca de seu milagre sem, pelo menos, conhecer o poder do comum. É sobre isso que vamos falar neste artigo.

Abordaremos maturidade espiritual, sobre o dia a dia comum da fé cristã e dos desafios de se manter aquecido quando o extraordinário ganha o sentido real da palavra.

“Parece que alguns acham que a principal evidência da presença do Espírito Santo é o barulho.”  – John Stott” Não podes pensar nos vários lugares em que viveste e lembrar de que cada um deles teve suas diversas misericórdias.” – Richard Baxter

O desafio do equilíbrio

É prazeroso observar as fases da caminhada cristã. Novos convertidos, por exemplo, são cheios de ousadia e de sede pelo novo.

O sabor da descoberta que Cristo oferece é tão bom que os faz ir além do que um dia imaginavam. Depois que passam alguns anos, o que era extraordinário fica em algum lugar do nosso coração –  não é revisitado com constância e pode ser esquecido com o passar do tempo e dos dias comuns.

Há quem tema essa realidade e se esforce para viver o máximo de experiências espirituais que se possa ter. Mas, podemos viver somente de experiências?

O teólogoGustavo Bessa  alerta que “se dependermos de experiências, morreremos de fome”. Para exemplificar a questão, ele traz o livro de Êxodo para o centro do debate. Lá, vemos milagres e provas do amor de Deus sobre Israel. Vemos, também, que Ele não desceu sobre o Monte Sinai todos os dias, mas que deu ao povo uma série de leis.

Seguindo essas leis, encontramos equilíbrio para viver lembrando dos grandes feitos do Senhor, mas trabalhando dia após dia para conhecê-lo um pouco mais de forma pessoal e cotidiana.

“Deus acende o fogo ao vir ao nosso encontro e dar-nos experiências extraordinárias, mas nós somos responsáveis por manter o fogo aceso por meio de práticas comuns e ordinárias que Deus mesmo estabeleceu para nós”. Gustavo Bessa

O comum

A leitura bíblica, o devocional, a adoração e o jejum são disciplinas espirituais. Esse é o comum que Deus exige de nós para que o conheçamos de forma profunda.João Calvino disse que “o Senhor não brilha sobre nós, exceto quando tomamos Sua Palavra como nossa luz.” É nessa rotina de busca que encontramos o próximo passo da nossa caminhada com Deus.

“Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente com toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vossos corações.” (Colossenses 3-16)“Por essa razão, também nós, desde o dia em que ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual.” (Colossenses 1-9)

O silêncio

A história do profeta Elias, registrada no livro de Reis, tem muito a oferecer sobre as reflexões que fazemos aqui. Afinal, Elias foi um homem de muita fé e milagres. Ele vivia sobre o sobrenatural, mas depois de uma grande vitória no monte Carmelo, ele perdeu suas forças. Se sentia sozinho, derrotado e depressivo.

“Elias se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse. Basta” – “Não aguento mais!”. “E eis que lhe veio a palavra do Senhor e lhe disse. Que fazes aqui, Elias?” (1Rs 19.4,9)

Se você já se sentiu só no momento em que mais precisava de uma palavra de Cristo, alinhe-se com a história do profeta. Independente do silêncio ou do deserto em que pensamos estar, Deus continua cuidando de nossa história.

“Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece dos que o temem. Pois Ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó” (Sl 103.13-14).

A espera

“Esse é o universo de Deus, e, nesse universo, Deus faz as coisas do jeito dele. Você pode até ter um caminho melhor, mas você não tem um universo.” – Vernon Mcgee

“A nossa vida não deve ser caracterizadapor inquietações que geram ansiedade e sim pela fé que produz felicidade. ” – Charles Haddon Spurgeon

Difícil lidar com a ansiedade em uma comunidade global acelerada, na qual tudo se quer e nada se espera, mas John Piper traz um caminho alternativo. Segundo ele, “devemos combater a incredulidade derivada da ansiedade com as promessas da graça futura. Quando estou ansioso pensando que meu ministério é inútil e vazio, combato a incredulidade com a promessa de Isaias 55:11 “Assim também ocorre com a palavra que sai da minha boca: ela não voltará para mim vazia, mas fará o que desejo e atingirá o propósito para o qual a enviei”[1]. “Quando estou ansioso em relação a decisões que preciso tomar para o futuro, combato a incredulidade com a promessa: “Eu o instruirei e o ensinarei no caminho que você deve seguir; eu o aconselharei e cuidarei de você [Salmos 32:8]”[2].

Após descobrir o verdadeiro motivo gerador da ansiedade, combata-o com as palavras de Deus. Tudo o que precisamos está lá.

Harmonia perfeita

O comum é fundamental e igualmente importante quando comparado ao sobrenatural. O equilíbrio entre esses dois extremos são o caminho perfeito em direção ao que Deus preparou para nós. Suba mais um degrau na sua caminhada cristã com a expectativa de que pode receber ensinamentos de Cristo independente do lugar e do momento de sua vida.

Aqueça o seu coração com o sobrenatural que foi marcado em seu coração e siga em obediência à palavra.

“Não preciso de milagres para crer; Deus tem se revelado a mim de maneira amorosa.” – Philip Yancey

Fonte: Eis-me Aqui

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