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O 7º Dia

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Referência bíblica:

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“Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo”. Colossenses 2:16-17

“Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus.” Romanos 14:5,6

Qual é o mandamento de Deus?

“Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho; “mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o santificou.”

O conceito da guarda do sábado foi desenvolvido em Israel. Era um dia para a comunidade se reunir – onde Moisés fazia seus pronunciamentos, as pessoas se agrupavam para ouvir os ensinamentos e se reunir no templo. De acordo com o mandamento, as pessoas descansavam e guardavam esse dia para adorar ao Senhor. Passado o tempo, esse mandamento foi deturpado já no período do II Templo. Os fariseus regulamentaram o sábado com tantas minúcias que o sentido do descanso, dado por Deus, perdeu todo o sentido.

Veja que quando Jesus cura no sábado, Ele é extremamente criticado pelos fariseus. De mesmo modo, quando Ele e seus discípulos matam sua fome no campo de trigo, os fariseus o acusam de estar trabalhando no sábado. A resposta dada por Ele é esta:

Ele respondeu: “Vocês não leram o que fez Davi quando ele e seus companheiros estavam com fome?
Ele entrou na casa de Deus, e juntamente com os seus companheiros comeu os pães da Presença, o que não lhes era permitido fazer, mas apenas aos sacerdotes. Ou vocês não leram na Lei que, no sábado, os sacerdotes no templo profanam esse dia e, contudo, ficam sem culpa?
Eu lhes digo que aqui está o que é maior do que o templo. Se vocês soubessem o que significam estas palavras: ‘Desejo misericórdia, não sacrifícios’, não teriam condenado inocentes. Pois o Filho do homem é Senhor do sábado”.
Saindo daquele lugar, dirigiu-se à sinagoga deles, e estava ali um homem com uma das mãos atrofiada. Procurando um motivo para acusar Jesus, eles lhe perguntaram: “É permitido curar no sábado? ”

Ele lhes respondeu: “Qual de vocês, se tiver uma ovelha e ela cair num buraco no sábado, não irá pegá-la e tirá-la de lá?
Quanto mais vale um homem do que uma ovelha! Portanto, é permitido fazer o bem no sábado”. Mateus 12:3-12

Devemos guardar o sábado ou o domingo?

Como mostramos no texto destacado acima, Jesus não só cumpre a lei como aponta suas falhas e hipocrisias. O reverendo Augustus Nicodemos explica que Jesus é a consumação do sábado. Ele é o descanso que o sábado pré-anuncia ao longo da história.

Quando Jesus ressuscita, Ele não ressuscita no sábado, mas no primeiro dia da semana – o domingo. Os apóstolos de Jesus já demostram esse entendimento que o sábado se cumpre na ressurreição e que o dia do Cristão é o domingo. Em Colossenses 2:16 e Romanos 14:5, o apóstolo Paulo deixa claro que esses detalhes são como sombras, mas que Cristo é a consumação de todas essas coisas. Há ainda a compreensão de que não devemos julgar o outro por aquilo que Ele crê.

Ao longo da história, enquanto os judeus se convertiam, dúvidas como essas se apresentavam aos apóstolos. No capítulo 15 do livro de Atos, lemos a resposta às dúvidas dos judeus sobre quais aspectos da Lei e da tradição israelita os cristãos gentios deveriam ser instruídos a obedecer?  A decisão foi: “Pelo que, julgo eu, não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios, se convertem a Deus, mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, bem como das relações sexuais ilícitas, da carne de animais sufocados e do sangue” (Atos 15:19-20). Guardar o Sábado não era um dos mandamentos que os apóstolos julgaram ser necessário reforçar aos crentes gentios.

Conclusão

Os apóstolos de Jesus já pareciam compreender que o dia do descanso e o dia do Senhor não era o sábado, mas sim o domingo. Foi no domingo que Jesus ressuscitou e deu instruções aos seus discípulos, foi no domingo que os apóstolos partiram o pão – representando a ceia do Senhor nos cultos – e que João, na Ilha de Patmos, se achou no Espírito, no Dia do Senhor.

Esse é um tema muito polêmico, mas há de se dizer que a maioria do corpo protestante não guarda o sábado por ter a firma convicção de que  o domingo é o Dia do Senhor.

Fonte: www.eismeaqui.com.br

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