Estudos Bíblicos

Existem erros dos Copistas nas Escrituras?

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“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça;” (2 Ti 3:16).

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Moses LemuelRaj 

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça;” (2Ti 3:16). 

“Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2Pe 1:20,21). 

Os versículos acima claramente nos dizem que as Escrituras são divinamente inspiradas e não fábulas escritas pelos homens, lemos que “é impossível que Deus minta,” (Hb 6:18). Consequentemente, não é possível haver qualquer tipo de erro na Bíblia. Ela é perfeita historicamente, geograficamente, cientificamente, gramaticalmente e numericamente, “Toda a Palavra de Deus é pura;”. (Pv 30:5). 

Isto é conhecido por quase todos os crentes genuínos sobre a Palavra de Deus. Mas alguns dizem que somente os “escritos originais” [ou autógrafos] são os inspirados e as cópias subsequentes das Escrituras foram corrompidas ao longo do tempo devido a acumulação de erros dos copistas, sendo, portanto que as Escrituras que temos hoje quer nas línguas originais quer nas traduções não estão completamente livres de erros. 

Tampouco concordam com o fato de que uma tradução fiel das Escrituras por homens capazes e piedosos livre de erros, nas línguas originais, preservadas divinamente são de igual modo as inspiradas palavras de Deus. 

Mas ainda que eles falem sobre a “exatidão geral” das Escrituras, é claro que os erros dos copistas estão aí incluídos, isso para eles não importa muito e deve ser ignorado. Mas isto essencialmente significa que a palavra que diz que “Toda a Palavra de Deus é pura;” é irrelevante hoje. 

Deus não deu a Sua Santa Palavra preservada da corrupção? 

Nosso Senhor Jesus disse: “Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido”.(Mt 5:18). 

“As palavras do SENHOR são palavras puras, como prata refinada em fornalha de barro, purificada sete vezes. Tu os guardarás, SENHOR; desta geração os livrarás para sempre”. (Salmos 12:6,7). 

Ainda que haja certas cópias das Escrituras que estejam corrompidas, Deus definitivamente preservou Sua Palavra em algumas outras cópias e as disponibilizou para o Seu povo bem como tradutores tementes a Ele. Deus preservou Sua Palavra “desta geração” de críticos textuais como Westcott and Hort (que trouxeram das trevas do esquecimento um outro texto grego em 1881 do qual a NVI, BLH, Atualizada, etc, são suas traduções) que acreditam mais em seus métodos de “criticismo científico textual” do que na própria Palavra de Deus. 

Há certas passagens nas Escrituras que podem ser vistas em dois diferentes livros da Bíblia, quando comparadas concordam em quase tudo, mas aparentemente parecem diferir e contradizer outras coisas como número de dias, medidas, etc. Isto, os críticos textuais dizem, são exemplos perfeitos de erros dos copistas. Buscamos mostrar que tais passagens não se contradizem e que não são resultado de erros dos copistas, mas estão perfeitamente corretas. 

Observe as duas passagens abaixo: 

“E no quinto mês, no sétimo dia do mês (este era o ano décimo nono de Nabucodonosor, rei de Babilônia), veio Nebuzaradã, capitão da guarda, servo do rei de Babilônia, a Jerusalém”. II Re 25:8 

“E no quinto mês, no décimo dia do mês, que era o décimo nono ano do rei Nabucodonosor, rei de Babilônia, Nebuzaradã, capitão da guarda, que assistia na presença do rei de Babilônia, veio a Jerusalém”. Jr 52:12 

Isto deve ser erro de um copista, eles dizem, porque em uma passagem o dia descrito é o sétimo e em outra é o décimo e, portanto AMBAS NÃO PODEM ESTAR CORRETAS. Mas depois de um cuidadoso exame dessas duas passagens podemos entender que Nebuzaradã veio a Jerusalém no sétimo dia e entrou na cidade no décimo dia. Ele levou três dias para entrar em Jerusalém por alguma razão que as Escrituras não mencionam. Desta maneira, vemos que esses versículos ESTÃO AMBOS CORRETOS e não são o resultado de erros de copistas, porque Deus “guardarás, desta geração para sempre”. 

Consideremos mais algumas passagens: 

“A altura de uma coluna era de dezoito côvados, e sobre ela havia um capitel de cobre, e de altura tinha o capitel três côvados; e a rede e as romãs em redor do capitel, tudo era de cobre; e semelhante a esta era a outra coluna com a rede”. II Re 25:17 

“E havia sobre ela um capitel de bronze; e a altura do capitel era de cinco côvados; a rede e as romãs ao redor do capitel eram de bronze; e semelhante a esta era a segunda coluna, com as romãs”. Jr 52:22 

O “erro” aqui é a diferença na medida da altura da coluna nessas duas passagens. No primeiro caso há três côvados e no outro cinco. Pode ser facilmente observado que “a rede e as romãs” estão sobre o capitel. Agora, no primeiro caso, o versículo nos diz que a medida da coluna é de três côvados e também menciona que a rede e as romãs que ficam em redor são feitas de bronze. No segundo caso, o versículo nos diz que a medida do capitel com a rede e as romãs é de cinco côvados. Isto é, no primeiro caso a altura de três côvados são sem a rede e as romãs. Ambos estão de novo corretos. 

[N.T.: Na versão do Rei Tiago/King James – a palavra inglesa “brass” pode significar tanto cobre quanto bronze] 

“E da cidade tomou a um oficial, que tinha cargo dos homens de guerra, e a cinco homens dos que estavam na presença do rei, e se achavam na cidade, como também ao escrivão-mor do exército, que registrava o povo da terra para a guerra, e a sessenta homens do povo da terra, que se achavam na cidade”. II Re 25:19 

“E da cidade tomou a um eunuco que tinha a seu cargo os homens de guerra, e a sete homens que estavam próximos à pessoa do rei, que se achavam na cidade, como também o escrivão-mor do exército, que alistava o povo da terra para a guerra, e a sessenta homens do povo da terra, que se achavam no meio da cidade”. Jr 52:25 

Há cinco homens no primeiro versículo e sete no segundo. Mas veja a diferença: os cinco estavam na presença do rei e os sete no segundo versículo estavam próximos da pessoa do rei. Cinco dos sete que eram os mais íntimos do rei são mencionados no primeiro caso e todos os sete no segundo caso. Não há qualquer erro aqui e ambas as passagens estão corretas.  

“Depois disto sucedeu que, no ano trinta e sete do cativeiro de Joaquim, rei de Judá, no mês duodécimo, aos vinte e sete do mês, Evil-Merodaque, rei de Babilônia, no ano em que reinou, levantou a cabeça de Joaquim, rei de Judá, tirando-o da casa da prisão”. (II Re 25:27). 

“Sucedeu, pois, no ano trigésimo sétimo do cativeiro de Jeoiaquim, rei de Judá, no duodécimo mês, aos vinte e cinco dias do mês, que Evil-Merodaque, rei de Babilônia, no primeiro ano do seu reinado, levantou a cabeça de Jeoiaquim, rei de Judá, e tirou-o do cárcere;” (Jr 52:31). 

Há duas coisas que devem ser observadas nessas passagens. Primeiro, o levantar da cabeça [pode ser um procedimento jurídico] e segundo, a sua saída de fato da prisão. No primeiro versículo o vigésimo sétimo dia refere-se ao evento de saída do rei Jeoiaquim. “Levantou a cabeça de Joaquim, rei de Judá, tirando-o da casa da prisão” significa tirá-lo da prisão pelo procedimento/método de levantar sua cabeça. No segundo versículo, o vigésimo quinto dia refere-se ao evento de levantar a cabeça, “levantou a cabeça de Jeoiaquim, rei de Judá (no 25º dia), e tirou-o do cárcere (no 27º dia)”. Esta é a Palavra de Deus. Como podemos nos atrever a dizer que há erros aqui se na verdade não há nenhum? 

“Estes são os filhos da província, que subiram do cativeiro, dentre os exilados, que Nabucodonosor, rei de Babilônia, tinha transportado a Babilônia, e tornaram a Jerusalém e a Judá, cada um para a sua cidade; 

Os quais vieram com Zorobabel, Jesuá, Neemias, Seraías, Reelaías, Mardoqueu, Bilsã, Mizpar, Bigvai, Reum e Baaná. O número dos homens do povo de Israel: 

Os filhos de Parós, dois mil cento e setenta e dois. 

Os filhos de Sefatias, trezentos e setenta e dois. 

Os filhos de Ará, setecentos e setenta e cinco. 

Os filhos de Paate-Moabe, dos filhos de Jesuá-Joabe, dois mil oitocentos e doze. 

Os filhos de Elão, mil duzentos e cinqüenta e quatro. 

Os filhos de Zatu, novecentos e quarenta e cinco. 

Os filhos de Zacai, setecentos e sessenta. 

Os filhos de Bani, seiscentos e quarenta e dois. 

Os filhos de Bebai, seiscentos e vinte e três. 

Os filhos de Azgade, mil duzentos e vinte e dois”. (Esdras 2:1-2) 

“Então o meu Deus me pós no coração que ajuntasse os nobres, os magistrados e o povo, para registrar as genealogias; e achei o livro da genealogia dos que subiram primeiro e nele estava escrito o seguinte: Estes são os filhos da província, que subiram do cativeiro dos exilados, que transportara Nabucodonosor, rei de Babilônia; e voltaram para Jerusalém e para Judá, cada um para a sua cidade. Os quais vieram com Zorobabel, Jesuá, Neemias, Azarias, Raamias, Naamani, Mordecai, Bilsã, Misperete, Bigvai, Neum, e Baana; este é o número dos homens do povo de Israel. 

Foram os filhos de Parós, dois mil, cento e setenta e dois. 

Os filhos de Sefatias, trezentos e setenta e dois. 

Os filhos de Ará, seiscentos e cinqüenta e dois. 

Os filhos de Paate-Moabe, dos filhos de Jesuá e de Joabe, dois mil, oitocentos e dezoito. 

Os filhos de Elão, mil, duzentos e cinqüenta e quatro. 

Os filhos de Zatu, oitocentos e quarenta e cinco. 

Os filhos de Zacai, setecentos e sessenta. 

Os filhos de Binui, seiscentos e quarenta e oito. 

Os filhos de Bebai, seiscentos e vinte e oito. 

Os filhos de Azgade, dois mil, trezentos e vinte e dois”. (Neemias 7:5-17) 

Nessas duas passagens de Esdras 2:1-12 e Neemias 7:5-17 encontramos certas diferenças nos números. Vemos que os filhos de Ará eram 775 em uma passagem e 652 em outra. Similarmente os filhos de Paate-Moabe eram 2812 em um lugar e 2818 em outro. Temos os números 945 e 845 para os filhos de Zatu, 642 e 648 para os filhos de Bani/Binui, 623 e 628 para os filhos de Bebai e 1222 e 2322 para os filhos de Azgade. 

Podemos achar mais algumas diferenças em versículos subsequentes destas passagens. Elas provam, os críticos dizem, que definitivamente o homem comete erros e daqui não podemos acreditar que não há erros dos copistas na Bíblia. Eles estão parcialmente corretos. 

Essas passagens de fato provam que o homem comete erros, mas essas passagens não fornecem qualquer prova que contenham erros dos copistas para serem o resultado de tais enganos. Vemos porque de tais diferenças nos números. Em Esdras 2:1 lemos: “Estes são os filhos da província, que subiram do cativeiro”. Esta é a Palavra de Deus e a sentença que diz que “Estes são os filhos” está dando os números com toda a autoridade. 

Portanto, TODOS os números em Esdras 2:1-12 e nos versículos subsequentes são os números VIGENTES. Significa então que os números em Neemias estão INCORRETOS? A resposta é SIM. Então isto não significa que tais números INCORRETOS em Neemias são erros dos copistas? A resposta é NÃO, não são erros dos copistas. 

Como? Bem, vamos ver o que Neemias realmente diz: “…e achei o livro da genealogia dos que subiram primeiro e nele estava escrito o seguinte: Estes são os filhos da província, que subiram do cativeiro…” 

Está muito claro disto que Neemias NÃO está nos dizendo os números verdadeiros, mas ele está nos dando um registro fidedigno do que foi escrito na genealogia pela inspiração de Deus. NÂO há enganos e NÃO há erros de cópia em seu registro fiel do que foi escrito no registro da genealogia porque (o registro) é divinamente inspirado, mas EXISTEM enganos em muitos registros de genealogia, que é uma obra do homem e NÃO é divinamente inspirado. 

Portanto, essas duas passagens provam que o homem de fato cometeu enganos quando estava fazendo o registro das genealogias e assim qualquer engano incluindo erros dos copistas podem se mover para dentro desta obra. Mas essas duas passagens também provam que “santos homens de Deus” NÃO cometem enganos de qualquer tipo “como eles eram movidos pelo Espírito Santo”. Deus também NÃO permitiu que erros se infiltrassem nas Escrituras mesmo nas cópias subseqüentes pela Sua divina providência, que Ele preservou para nós, “Tu os guardarás, SENHOR; desta geração os livrarás para sempre” (Salmos 12:7).  

Enquanto algumas outras cópias como o Codex Vaticanus, Codex Sinaiticus etc., (que são aclamados como os “originais” pelos “eruditos” como Westcott e Hort, Nestle e Aland, etc) foram de fato corrompidos deliberadamente por volta do terceiro século por gnósticos e outros heréticos que procuravam distorcer a Palavra a fim de provar suas heresias, lembremo-nos do salmista que diz: “É melhor confiar no SENHOR do que confiar no homem”. Salmos 118:8.

Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira

Fonte: AV1611.com

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