Estudos Bíblicos

Consolo nas aflições – Capitulo 4 – O Grande Doador

Hotel em Promoção - Caraguatatuba

O GRANDE DOADOR

Receba Estudos no Celular!

“Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?” (Romanos 8:32)

O versículo acima nos fornece um exemplo da lógica Divina. Ele contém uma conclusão tirada de uma premissa; a premissa de que Deus entregou Cristo para o Seu povo, portanto, tudo o mais que for necessário para eles é certo que será dado. Há muitos exemplos na Sagrada Escritura dessa lógica divina. “Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?” (Mateus 6:30). “Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (Rm 5:10). “Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” (Mateus 7:11). Então, aqui em nosso texto o raciocínio é irresistível e vai direto para a mente e o coração. Nosso texto fala sobre o caráter gracioso do nosso amado Deus como interpretado pelo dom de Seu Filho. E isso, não apenas para a instrução de nossas mentes, mas para o conforto e segurança de nossos corações. O dom do Seu próprio Filho é a garantia de Deus para o Seu povo de todas as bençãos necessárias. A maior inclui a menor; Seu dom espiritual inefável é a garantia de todas as misericórdias temporais necessárias. Agora note em nosso texto quatro coisas:

1. O caro sacrifício do Pai. Isto traz diante de nós um lado da verdade sobre a qual temo que raramente meditamos. Nos deleitamos em pensar no maravilhoso amor de Cristo, cujo amor era mais forte que a morte, e que nenhum sofrimento considerou grande demais para o Seu povo. Mas o que isso deve ter significado para o coração do Pai quando Seu Amado deixou Seu Lar Celestial! Deus é amor, e nada é tão sensível quanto o amor. Eu não acredito que a divindade seja sem emoção, o estóico como representado pelos escolásticos da Idade Média. Eu acredito que o envio do Filho foi algo que o coração do Pai sentiu, que foi um verdadeiro sacrifício de sua parte. Pesa bem então o solene fato que admite a promessa segura que se segue: Deus “nem mesmo a seu próprio filho poupou”! Expressivas, profundas, comoventes palavras! Sabendo muito bem, como ele só poderia, tudo o que envolve a redenção – a Lei rígida e inflexível, insistindo em perfeita obediência e exigindo a morte para os seus transgressores. Justiça, severa e implacável, exigindo a plena satisfação, recusando-se a “inocentar o culpado”. No entanto, Deus não negou o único sacrifício que poderia atender o caso. Deus “nem mesmo a seu próprio Filho poupou”, embora sabendo muito bem a humilhação e ignomínia da manjedoura de Belém, a ingratidão dos homens, não tendo onde reclinar a cabeça, o ódio e a oposição dos ímpios, a inimizade e ofensas de Satanás – Ele ainda assim não hesitou. Deus não relaxou os deveres das santas exigências de Seu trono, nem diminuiu um pouco da terrível maldição. Não, Ele “nem mesmo a seu próprio Filho poupou”. O maior valor foi exigido; as últimas gotas no copo da ira foram drenados. Mesmo quando seu amado chorou no jardim, “se queres, passa de mim este cálice”, Deus nem mesmo o “poupou”. Quando mãos vis o pregaram na cruz , Deus chorou “Ó espada, desperta-te contra o meu pastor, e contra o homem que é o meu companheiro, diz o SENHOR dos Exércitos. Fere ao pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha mão sobre os pequenos. ” (Zacarias 13:7).

2. O propósito misericordioso do Pai. “… antes o entregou por todos nós”. Aqui nos é dito por que o Pai fez um sacrifício tão caro; Ele não poupou Cristo, e Ele poderia poupar! Não foi falta de amor ao Salvador, mas maravilhoso, amor, incomparável insondável por nós! Oh, maravilhoso propósito do Altíssimo. “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito”. Verdadeiramente, tal amor excede todo o entendimento. Além disso, Ele fez esse caro sacrifício não com tristeza ou relutantemente, mas livremente, por amor. Uma vez que Deus tinha dito ao Israel rebelde, “Como te deixaria, ó Efraim?” (Oséias 11:8). Infinitamente Ele tinha mais motivos a dizer isso do Santo, o Seu bem-amado, Aquele em quem Sua alma diariamente deleitava. No entanto, Ele “o entregou” – a vergonha ao desprezo, ao ódio e perseguição, ao sofrimento e a própria morte. E Ele o entregou por nós, descendentes do rebelde Adão, depravado e corrompido, impuro e pecaminoso, vil e inútil! Por todos nós, que tínhamos ido para o “distante país” da alienação dEle, e lá passamos nossa existência numa vida desregrada. Sim, “por todos nós”, que havíamos se extraviado como ovelhas, cada um andando em “seus próprios caminhos”. Por todos nós “que éramos por natureza filhos da ira, como os outros também”, em quem não habitava nenhum bem. Por todos nós, que se rebelamos contra o nosso Criador, odiamos Sua santidade, desprezamos a Sua Palavra, quebrando os seus mandamentos, resistindo ao Seu Espírito. Por todos nós, que merecíamos ser lançados no fogo eterno e receber o pagamento que os nossos pecados tão plenamente mereceram. Sim, para ti companheiro cristão, que às vezes é tentado a interpretar suas aflições como uma mostra da rigidez de Deus; que considera a sua pobreza como uma marca de Sua negligência, e seus períodos de escuridão como evidências de Sua deserção. Oh, irmão, confesse agora a Ele a maldade de tal infame dúvida, e nunca mais questione o amor d’Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós. A fidelidade exige que saliente o pronome de qualificação em nosso texto. Não é Deus “o entregou por todos”, mas “por todos nós”. Isto é definitivamente definido nos versos que imediatamente o precedem. No versículo 31 a pergunta é feita: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” No versículo 30 este “nós” é definido como aqueles a quem Deus predestinou e “chamou” e “justificou”. O “nós” são os favoritos do céu, os objetos da graça soberana. Eleitos de Deus. E ainda que em si mesmos, eles sejam, por natureza e prática, merecedores de nada além da ira. Mas, ainda assim, graças a Deus, por ser por “todos nós”, o pior, assim como o melhor, o devedor de quinhentos igualmente quanto o de cinquenta.

3. A inferência do bendito Espírito Santo. Pondere bem a gloriosa “conclusão” que o Espírito de Deus aqui tira do maravilhoso fato declarado na primeira parte do nosso texto: “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas”. Como conclusivo e reconfortante é o inspirado raciocínio do apóstolo. Argumentando do maior para o menor, ele passa a assegurar ao fiel da prontidão de Deus para também livremente conceder todas as bênçãos necessárias. O dom do Seu próprio Filho, tão generoso e sem reservas concedido, é o penhor de todas as outras misericórdias necessárias. Aqui é a garantia infalível de tranquilidade perpétua para o espírito tentado e abatido do crente. Se Deus fez o maior, ele irá deixar o menor desfeito? O amor infinito nunca pode mudar. O amor que não poupou a Cristo não pode deixar seus objetos, nem invejar quaisquer bênçãos necessárias. O triste é que nossos corações estão naquilo que não temos, em vez de sobre o que nós já temos. Portanto, o Espírito de Deus permanece em nós apesar de nossa impaciência e de buscarmos o nosso próprio interesse, silencia o descontentamento da ignorância com uma alma a satisfazer-se com o conhecimento da verdade, lembrando-nos não só da realidade do nosso interesse no amor de Deus, mas também da extensão dessa bênção que flui dela. Pese bem o que está envolvido na lógica deste verso. Primeiro, o grande dom foi dado voluntariamente; Ele não vai dar a outros que o pedirem? Nenhum de nós suplicou a Deus que enviasse o Seu Amado, mas Ele enviou! Agora, podemos chegar ao trono da graça e apresentar os nossos pedidos no nome virtuoso e eficaz de Cristo. Em segundo lugar, esse excelente dom custou muito a Ele; Ele não vai, então, conceder os dons menores que nada lhe custam, exceto pelo prazer de dar! Se um amigo me desse um valioso quadro, ele iria invejar o papel necessário para o embrulhar? Ou se um ente querido fizesse para mim um presente de uma jóia preciosa, ele iria se recusar a carregá-lo em uma caixa pequena? Quanto menos Aquele que não poupou seu próprio Filho, reter alguma coisa boa aos que andam na retidão. Terceiro, o dom foi dado quando ainda éramos inimigos; então Deus não teria misericórdia de nós, agora que fomos reconciliados e somos amigos Dele? Se Ele tinha o propósito de misericórdia para nós, estando nós ainda em nossos pecados, quanto mais Ele nos vai favorecer agora que temos sido purificados de todo pecado pelo precioso sangue de Seu Filho!

{loadposition banner_inside}

4. A reconfortante promessa. Observe o tempo que é usado aqui. Não é “Ele nos tem dado todas as coisas”, embora isso também seja verdadeiro, pois mesmo agora somos “herdeiros de Deus” (Rm 8:17). Mas nosso texto vai mais longe do que isso: “como nos não dará também com ele todas as coisas?” A segunda metade deste maravilhoso versículo contém algo mais do que um registro do passado; ele fornece confiança reconfortante, tanto para o presente quanto para o futuro. Não há limite de tempo colocado sobre esta certeza. Tanto agora no presente quanto para todo o sempre, mesmo no futuro Deus deve manifestar-se como o grande doador. Nada para a Sua glória e para a nossa boa vontade Ele vai reter. O mesmo Deus que entregou Cristo para todos nós é sem “mudança nem sombra de variação”. Observe a maneira pela qual Deus dá: “não dará também com ele todas as coisas?” Deus não tem que ser persuadido, não há relutância nEle para nos conquistar. Ele está sempre mais disposto a dar do que nós para receber. Mais uma vez, Ele não está sob nenhuma obrigação com qualquer que seja, se Ele fosse, Ele se guardaria da necessidade patente aos Seus olhos, em vez de dar “livremente”. Sempre devemos lembrar que Ele tem todo o direito de fazer com o que é Seu conforme Lhe agrada. Ele é livre para dar a quem Ele quer. A palavra “livre” não significa apenas que Deus não está sob nenhuma restrição, mas também significa que Ele não cobra por seus dons, Ele não coloca preço em Suas bênçãos. Deus não é varejista de misericórdias ou negociador de boas coisas; se Ele fosse, a justiça exigiria dele cobrar exatamente o que cada bênção vale, e então quem, dentre os filhos de Adão poderia encontrar os meios para comprá-las? Não, bendito seja Seu nome, os dons de Deus são “sem dinheiro e sem preço” – e imerecidos. Finalmente, alegrar-se na abrangência desta promessa: “como nos não dará também com ele todas as coisas?” O Espírito Santo aqui nos deleita com a extensão da maravilhosa garantia de Deus. O que é que você precisa, companheiro cristão? É o perdão? Então Ele não disse: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (I João 1:9)? É a graça? Então Ele não disse: “E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra” (2 Cor 9:8.)? É um “espinho na carne”? Isso também será dado “foi-me dado um espinho na carne” (2 Coríntios. 12:7). É cansaço? Então atenda o convite do Salvador, “Vinde a mim… eu vos aliviarei”. (Mateus 11:28). É consolo? Não é Ele o Deus de toda consolação? (2 Cor. 1:3) “como nos não dará também com ele todas as coisas?” É das misericórdias temporais que o leitor está precisando? São suas circunstâncias adversas, de modo que você está cheio de pressentimentos sombrios? A sua botija de azeite e panela de farinha parecem aos seus olhos como que em breve estarão completamente vazias? Então lance a sua necessidade diante de Deus, e o faça na fé simples, como de uma criança. Você pensa que Ele concederá as maiores bênçãos da graça e negará as menores da providência? Não, “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades” (Fp 4:19). É verdade, Ele não prometeu dar tudo que você pedir, por que muitas vezes pedimos “errado”. Observe a ressalva: “como nos não dará também com ele todas as coisas?” Muitas vezes desejamos coisas que se colocam em entre nós e Cristo, se forem concedidos, portanto, Deus na Sua fidelidade os retêm.

Aqui, então, são quatro coisas que devem trazer conforto para cada coração renovado. O caro sacrifício do Pai. Nosso Deus é um Deus doador e nenhuma coisa boa Ele sonega aos que andam na retidão. O gracioso propósito do Pai. Foi por nós que Cristo foi entregue; foi nosso mais alto e eterno interesse que Ele tinha no coração. A inferência infalível do Espírito. O maior inclui a menor; o dom inefável garante a dádiva de todos os outros favores necessários. A reconfortante promessa. Sua fundação certa, o seu âmbito presente e futuro, o seu alcance abençoado, são para a garantia dos nossos corações e a paz de nossas mentes. Que o Senhor possa acrescentar Suas bênçãos a esta pequena meditação.

Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira
Fonte: Comfort for Christians de A.W. Pink

Fonte: Discernimento Bíblico

Divulgação: Eismeaqui.com.br

{jacomment on}

Hotel em Promoção - Caraguatatuba

Deixe um Comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.