Estudos Bíblicos

Consolo nas aflições – Capitulo 14 – As Bem-Aventuranças e Cristo

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AS BEM-AVENTURANÇAS E CRISTO

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Nossas meditações sobre as bem-aventuranças não seriam completas sem que elas voltassem nossos pensamentos para a pessoa de nosso bendito Senhor. Como temos procurado mostrar, elas descrevem o caráter e a conduta de um cristão, e como o caráter cristão é nada mais nada menos do que ser experimentalmente conforme à imagem do Filho de Deus, devemos nos voltar para Ele, para o padrão perfeito. No Senhor Jesus Cristo encontramos as mais brilhantes manifestações das mais altas exemplificações das diferentes graças espirituais que são encontradas, vagamente refletidas, em Seus seguidores. Não uma ou duas, mas todas essas perfeições eram exibidas por Ele, para mim não é apenas “lindo”, mas “totalmente desejável”. Possa o Espírito Santo que está aqui para glorificá-Lo tomar agora das coisas de Cristo e mostrá-las a nós.

Primeiro, “Bem-aventurados os pobres de espírito”. Que benção é ver como as Escrituras falam daquele que era infinitamente rico se tornar pobre por nossa causa, para que pela Sua pobreza pudéssemos ser ricos. De fato grande foi a pobreza em que Ele entrou no mundo. Nascido de pais que eram pobres em bens deste mundo, Ele iniciou sua vida terrena em uma manjedoura. Durante sua juventude e vida adulta Ele trabalhou numa bancada de carpinteiro. Depois de Seu ministério público ter começado Ele declarou que embora as raposas tivessem suas tocas e as aves do céu os seus ninhos, o Filho do Homem não tinha onde reclinar a cabeça. Se traçarmos os pronunciamentos messiânicos registrados nos Salmos pelo Espírito de profecia, veremos que uma e outra vez Ele confessou a Deus Sua pobreza: “Eu porém, sou pobre e triste” (Salmos 69:29), e, “INCLINA, SENHOR, os teus ouvidos, e ouve-me, porque estou necessitado e aflito” (Salmos 86:1), e novamente, “Pois estou aflito e necessitado, e o meu coração está ferido dentro de mim” (Salmos 109:22) .

“Bem-aventurados os que choram”. Cristo foi de fato o maior dos pranteadores. A profecia do Antigo Testamento contemplava-o como “homem de dores, e experimentado nos trabalhos”. O vemos “condoendo-se da dureza do seu coração” (Marcos 3:5). O contemplamos “suspirando” quando curou o homem surdo e mudo (Mc 7:34). Observe-O chorando junto ao túmulo de Lázaro. Sua lamentação sobre a cidade amada, “Jerusalém, Jerusalém. . . quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos”(Mateus 23:37). Chegai e reverentemente contemplai-O na escuridão do Getsêmani, derramando Suas petições ao Pai, “com grande clamor e lágrimas”(Hebreus 5:7 ). Curve-se em reverente admiração ao ouvi-lo chorando na cruz, ” Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. Seu apelo melancólico: “Não vos comove isto a todos vós que passais pelo caminho? Atendei, e vede, se há dor como a minha dor” (Lamentações 1:12).

Terceiro, “Bem-aventurados os mansos”. Uma lista de exemplos podem ser tiradas dos Evangelhos ilustrando a humildade encantadora do encarnado Senhor da glória. Observe-a nos homens selecionados por Ele para serem Seus embaixadores: Ele não escolheu os sábios, os eruditos, os grandes, os nobres, mas os pobres para serem pescadores de homens em sua maior parte. Testemunhe-O nas companhias que ele tinha: Ele não procurava os ricos e famosos, mas era “amigo dos publicanos e pecadores”. Veja nos milagres que Ele operou: uma e outra vez Ele intimou o curado a ir e não dizer a ninguém o que tinha sido feito por ele. Contemple-O na discrição de seu serviço: ao contrário dos hipócritas que soavam a trombeta diante de si, Ele não procurava publicidade, evitava a propaganda, desprezava a popularidade. Quando a multidão ia torná-lo seu ídolo, Ele os evitou (Marcos 1:45; 7:17). Quando eles chegaram e iriam “arrebatá-lo, para o fazerem rei, tornou a retirar-se, ele só, para o monte” (João 6:15). Quando seus irmãos O instigaram, “Sai daqui, e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes”, Ele se recusou, e subiu para a festa em segredo (João 7). Quando Ele, em cumprimento da profecia, se apresentou a Israel, como seu rei, Ele entrou em Jerusalém “pobre, e montado sobre um jumento” (Zacarias 9:9).

Quarto, “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça”. Que resumo é este da vida interior do homem Cristo Jesus! Antes da Encarnação, o Espírito Santo anunciou: “e a justiça será o cinto dos Seus lombos” (Isaías 11:5). Quando Ele entrou neste mundo, disse: “Eis-me aqui venho para fazer ó Deus a Tua vontade” (Hebreus 10:7). Como um menino de doze anos Ele perguntou: “Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lucas 2:49). No início do Seu ministério público, Ele declarou:”Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir” (Mateus 5:17). Aos Seus discípulos, Ele declarou: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou” (João 4:34). Dele o Espírito Santo disse: “Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros” (Salmos 45:7).

Ele também pode muito bem ser chamado de “O SENHOR JUSTIÇA NOSSA”.
Quinto, “Bem-aventurados os misericordiosos”. Em Cristo vemos a misericórdia personificada. Foi a misericórdia para com os pobres pecadores perdidos que fez com que o Filho de Deus trocasse a glória do Céu pela vergonha da terra. Foi a misericórdia, maravilhosa e incomparável, que o levou à cruz, para ali se tornar uma maldição para o Seu povo. Por isso não é “pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou” (Tito 3:5).Ele ainda exerce misericórdia para nós como o nosso “fiel sumo sacerdote” (Hebreus 2:17). Assim também devemos esperar a “misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna” (Judas 21), porque Ele vai nos mostrar misericórdia “naquele dia” (2 Timóteo 1:18).

Sexto, “Bem-aventurados os limpos de coração”. Isso também era perfeitamente exemplificado em Cristo. Ele era o Cordeiro “imaculado e incontaminado”. Ao se tornar homem, Ele era incontaminado, não contraindo nenhuma das contaminações do pecado. Sua humanidade era “santa”(Lucas 1:35). Ele era “santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores” (Hebreus 7:26). Nele “não havia pecado” (I João 3:5), portanto, Ele “não cometeu pecado” (I Pedro 2:22) e “não conheceu pecado” (2 Coríntios. 5:21). “Ele é puro” (I João 3:3). Porque Ele era absolutamente puro em Sua natureza, seus motivos e ações sempre foram puros. “Eu não busco a minha glória” (João 8:50) resume toda a sua carreira terrena.

Sétimo, “Bem-aventurados os pacificadores”. Suprema verdade é essa de nosso bendito Salvador. Ele é Aquele que “fez a paz pelo sangue da sua cruz” (Colossenses 1:20). Ele foi nomeado para ser a “propiciação” (Romanos 3:25), isto é, aquele que deveria pacificar a ira de Deus, satisfazer todas as exigências de Sua lei, glorificar a Sua justiça e santidade. Assim, também, que Ele fez a paz entre os judeus alienados e os gentios: veja Efésios 2:14-15. Em um dia por vir Ele ainda fará a paz nesta terra amaldiçoada pelo pecado e acometida pela guerra. Quando Ele se sentar no trono de seu pai, Davi, então, será cumprida essa palavra: “Do aumento deste principado e da paz não haverá fim” (Isaías 9:7). Por isso que Ele pode ser chamado de “Príncipe da Paz”.

Oitavo, “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça”. Ninguém foi mais perseguido do que o Justo. Que palavra que está em Apocalipse 12:4! Pelo espírito de profecia Ele declarou: “Estou aflito, e prestes tenho estado a morrer desde a minha mocidade” (Salmos 88:15). Em sua primeira aparição pública nos é dito que “levantando-se, o expulsaram da cidade, e o levaram até ao cume do monte em que a cidade deles estava edificada, para dali o precipitarem” (Lucas 4:29). No templo eles “pegaram em pedras para lhe atirarem” (João 8:59). Durante todo seu ministério Seus passos foram perseguidos pelos inimigos. Os líderes religiosos O acusaram de ter um demônio (João 8:48). Aqueles que se sentavam na porta falavam contra Ele, e Ele foi a canção dos bêbedos (Salmos 69:12). Em seu julgamento eles arrancaram Seus cabelos (Isaías 50:6), cuspiram em Sua face, O esbofetearam, e O feriram com as palmas das suas mãos (Mateus 26:67). Depois Ele foi açoitado pelos soldados e coroado de espinhos, carregando sua própria cruz, Ele foi levado para o Calvário, onde o crucificaram. Mesmo pouco antes de morrer Ele não foi deixado em paz, mas foi perseguido por insultos e escárnios. Quão indizivelmente leve em comparação é a perseguição a que somos chamados a suportar por causa Dele!Da mesma forma, cada uma das promessas ligadas as bem-aventuranças encontra sua realização em Cristo.

Pobre em espírito Ele foi, mas Seu reino é supremo.

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Ele chorou, mas foi e será confortado vendo o fruto do trabalho de Sua alma.

Mansidão personificada, ainda se assentará sobre um trono de glória .

Ele teve fome e sede de justiça, mas agora está farto ao contemplar a justiça que operou imputada ao Seu povo.

Limpo de coração, Ele vê Deus como nenhum outro (Mateus 11:27).

Como o pacificador, Ele é propriedade de todos os filhos comprados pelo sangue.

Como o perseguido, é grande a sua recompensa, tendo sido dado um nome acima de todos.

Que o Espírito de Deus nos ocupe mais e mais com Ele, que é mais justo do que os filhos dos homens.

Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira
Fonte: Comfort for Christians de A.W. Pink

Fonte: Discernimento Bíblico

Divulgação: Eismeaqui.com.br

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