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Como lidar com perdas?

Como lidar com perdas?
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Ao longo da nossa existência, experimentamos muitas perdas. Quando criança, perdemos o conforto do útero e, ao longo da vida, passamos por perdas ainda mais sérias. Algumas, inclusive, são difíceis de colocar em palavras, como a morte de um ente querido, por exemplo. A Bíblia traz inúmeros contos sobre perdas – das cotidianas às pontuais – e nos ensina a lidar com cada uma delas. Nesse artigo, vamos discutir sobre a dureza das perdas, o propósito delas em nossa vida e como reagir a cada uma.

Para cada perda, uma dor

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No livro de Jó, lemos sobre perdas relacionadas à saúde, família e bens materiais. Em II Samuel 12: 14-31, acompanhamos o drama da morte do filho de Davi e de sua reação diante de tamanha perda. Em João 11, lemos a perda de Lázaro, sentida profundamente por Jesus, Maria e Marta. Vamos ler?

Estava, porém, enfermo um certo Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta. E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com ungüento, e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão Lázaro estava enfermo. Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizerem: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas.[…]  João 11:1-3

Jesus, pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ele vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se. O Onde pusestes? Disseram-lhe: Senhor, vem, e vê. Jesus chorou. Disseram, pois, os judeus: Vede como o amava. João 11: 33-36

O contexto desse relato bíblico finda na ressurreição de Lázaro, mas é preciso analisar os bastidores dessa narrativa. Jesus tinha um relacionamento de muita amizade com Marta, Maria e Lázaro. Quando Ele chega ao povoado, o clima que encontra é de luto, de dor e de perda. Ao ver Maria sofrendo, Jesus também sofre com ela e chora. O mestre chora de tal forma que outros começaram a comentar que Ele realmente amava Lázaro.

Nesse momento, conseguimos ver, com incrível transparência, o lado humano de Cristo. Sendo 100% Deus e 100% homem, Ele é capaz de demostrar sensibilidade diante da perda dos seus. Aqui, compartilhamos a primeira lição: para cada perda existe uma dor, mas em todas elas, Jesus Cristo chora conosco.

Não é maravilhoso pensar que não estamos sozinhos nos momentos mais sombrios de nossa vida?

Os tipos de perda que podemos vivenciar

Já falamos de morte e de perdas cotidianas – emprego, dinheiro ou tempo -, mas existem duas que são capazes de alcançar o nosso íntimo, quebrando a ordem da nossa razão e fé. São elas:

A) Perda de esperança

Elias, o grande profeta, experimentou momentos de grande depressão e dor. A Bíblia fala que “Elias se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse. Basta ”-“ Não aguento mais! ”. “E eis que a veio a palavra do senhor e ela disse. Que fazes aqui, Elias? ”(1Rs 19,4,9)

Ao contrário do que pensamos, perder a esperança é comum e alcança a todos os homens, sendo eles de classes, raças e fé distintas. Elias viveu grandes experiências com Deus, mas perdeu a esperança e o propósito. Não é essa uma grande ameaça em nossas vidas? Relembrar das promessas de Deus para nós, e trazer à memória o que nos traz esperança, é uma forma legítima de lutar contra a ausência de esperança em dias melhores, na restauração do casamento, em novidades ministeriais e tantas outras dores e dúvidas que nos perseguem.

B) Perda espiritual

Quando nos afastamos de Deus – por falta de tempo ou de interesse – perdemos a comunhão com Ele. Por si só, essa ausência já traz impactos imediatos em nossa relação com o outro, com Ele e conosco. A perda espiritual é também uma perda de propósito: não sabemos explicar a motivação de nossas ações e atividades cotidianas; não sabemos o que esperar do futuro e tão pouco refletir sobre nossa identidade.

Quando perdemos o propósito, perdemos tudo. O livro de Habacuque ilustra esse conflito. O profeta, em uma crise existencial profunda, discute com Deus sobre as circunstâncias das profecias e da força dos opressores de Israel. Por ser profeta, Habacuque não vê propósito em profetizar coisas que não acontecem. Nesse sentido, ele “rasga o verbo” com Deus e recebe sua resposta.

Não deveríamos, porventura, ser sinceros como Habacuque? Na lida do dia a dia, preferimos descartar a dor ao invés de enfrentá-la.

Quando escondemos as perdas, não conseguimos aprender com elas e tão pouco crescer em maduridade espiritual. Enfrentá-las é o certo a fazer.

Como lidar com as perdas?

Mirando no exemplo de Jesus Cristo, encontramos todas as respostas. Analisando as perdas expostas acimas, encontramos três pontos de conexão:

1) Sofrimento

O sofrimento é obrigatório quando vivenciamos perdas. Por mais turva e desconhecida que seja essa realidade, ela é real. Ao perder é preciso sofrer. Jesus chorou quando Lázaro morreu e você também deve chorar durante suas perdas.

2) Virar a página

Difícil continuar a vida quando uma dor nos alcança de tal modo, mas é preciso.

“Viu, porém, Davi que seus servos falavam baixo, e entendeu Davi que a criança estava morta, pelo que disse Davi a seus servos: Está morta a criança? E eles disseram: Está morta. Então Davi se levantou da terra, e se lavou, e se ungiu, e mudou de roupas, e entrou na casa do Senhor, e adorou. Então foi à sua casa, e pediu pão; e lhe puseram pão, e comeu.” 2 Samuel 12:19,20

Enquanto sua criança estava enferma, Davi chorou, jejuou, prostrou-se e suplicou pela cura. Ao receber a notícia da morte, Davi virou a página – praticando suas atividades cotidianas. A Bíblia  diz que ele adorou ao Senhor, arrancando de seu coração toda raiz de amargura.

Perdoe, aceite e seja curado

O próprio Deus, que chorou com a morte de Lázaro, promoveu um milagre no momento seguinte. O que quero dizer aqui é que é necessário tirar proveito da dor e das perdas. Não se transforme em uma pessoa amarga e dura de coração por ter vivido momentos terríveis. Em todos eles, Jesus chorou contigo e, no futuro, Ele também quer se alegrar contigo. Existe um panorama de libertação e felicidade que você precisa descobrir após as perdas.

3) Seja alguém melhor

C.S. Lewis, um dos pensadores que mais influencia a nossa cosmovisão cristã, passou por uma grande perda em sua vida: a morte de sua esposa.

Essa experiência amarga lhe rendeu dois livros nomeados como “A anatomia de uma dor” e “O problema do sofrimento” em que encontramos Lewis amargo e sombrio. Em ambos os títulos, ele vivencia o luto e é muito transparente sobre sua ira com Deus. Após vivenciar sua dor, Lewis vira a chave e nos deixa esse ensinamento:

“Deus nos permite experimentar os pontos baixos da vida, a fim de nos ensinar lições que não poderíamos aprender de nenhuma outra forma.” C.S. Lewis

Espero que, ao ler esse texto, você seja confrontado a avançar e encarar suas perdas como Jesus deseja.Abrace a dor, reflita e viva de forma melhor. Seja alguém melhor. Deus nos refaz e faz de novo para sermos semelhantes a Ele. E as perdas são um grande instrumento nessa jornada de conhecimento.

Seja abençoado em Nome de Jesus!

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