Estudos Bíblicos

Capítulo 6 – A história da Doutrina

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A Igreja Apostólica era Pré-Milenar, e por mais de 200 anos nenhum outro ponto de vista era considerado. Os escritos dos “Pais da Igreja” abundam em evidências sobre esse fato. Mas por volta de 250 d.C, Orígenes, um dos Pais da Igreja, concebeu a ideia de que as palavras da Escritura eram apenas a “casca” em que estava escondido o “núcleo” da verdade das Escrituras. Ao mesmo tempo ele começou a “alegorizar” e “espiritualizar” as Escrituras, e, assim, fundou a escola de “alegorização” e “espiritualização” de intérpretes da Escritura, do qual a Igreja e a Bíblia tem sofrido tanto. O resultado foi que a Igreja em grande parte deixou de olhar para o retorno do Senhor. Quando Constantino se tornou imperador de Roma em 323 d.C, ele uniu a Igreja e o Estado, e concedeu tão grandes direitos e privilégios para a Igreja, que se tornou consenso que as bênçãos do Milênio do Antigo Testamento tinham sido transferidas dos judeus para a Igreja cristã. A arrogância e perseguição da Igreja Papal a levou à acusação de que ela era a “Besta” (o Anticristo) do livro de Apocalipse. Isso levou a um esforço para expurgar o livro de Apocalipse do Cânon Sagrado, e quando isso falhou, a Bíblia foi enclausurada e tornou-se um livro selado, e as trevas da noite se estabeleceram sobre toda a cristandade. O resultado foi a “Era das Trevas”. Mas, em meio a escuridão Deus não estava sem testemunhas da Bem-Aventurada Esperança. Na Reforma, a doutrina do retorno pré-milenar do Senhor foi ressuscitada, mas foi novamente perdida de vista nas controvérsias religiosas que levaram à formação de numerosas seitas. O resultado foi um declínio da espiritualidade e o crescimento do Racionalismo, que se recusou a acreditar que o mundo estava amadurecendo rapidamente para o julgamento, e uma nova interpretação do Reino Milenar de Cristo foi exigida. Esta interpretação foi dada pelo reverendo Daniel Whitby (1636-1726), um clérigo da Igreja da Inglaterra, que afirmou que na leitura das promessas feitas aos judeus no Antigo Testamento da sua restauração como nação, e o restabelecimento do trono de Davi, o levou a ver que essas promessas eram espirituais e aplicadas à Igreja. Este ponto de vista ele chamou de “Nova Hipótese”.

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Ele afirmou que Israel e Monte Sião representavam a Igreja. Que a prometida submissão dos gentios aos judeus era simplesmente profética da conversão dos gentios e sua entrada na Igreja. Que o leão e o cordeiro juntos tipificavam a reconciliação das naturezas velha e nova, e que o estabelecimento de um reino externo e visível, em Jerusalém, sobre o qual Cristo e os santos devem reinar, foi grosseiro e carnal, e contrário à razão, uma vez que implicava a mistura em conjunto dos seres humanos e espirituais sobre a terra.

Sua “Nova Hipótese” era que pela pregação do Evangelho o Islamismo seria derrubado, os judeus convertidos, a Igreja Papal com o Papa (o Anticristo) seria destruída, e se seguiriam mil anos de justiça e paz conhecidos como o Milênio; no final do qual haveria um curto período de apostasia, terminando com o retorno de Cristo. Haveria então uma ressurreição geral dos mortos, seguido por um julgamento geral, a Terra seria destruída pelo fogo e a eternidade iria começar.
Os tempos eram favoráveis para a “nova teoria”. Uma reação havia se estabelecido frente a aberta infidelidade daqueles dias. Toda a Inglaterra estava em um fervor religioso. O “Grande Despertamento” era conduzido sob Whitefield e Wesley, e parecia, como alegou Whitby, que o Milênio estava prestes a ser iniciado. Que ele estava enganado os acontecimentos da história desde aquele tempo têm mostrado. É evidente que não estamos no Milênio agora, como a “Ímpia Civilização” de hoje comprova.

Não obstante a sua “teoria” foi recebida favoravelmente em todos os lugares, e se espalhou com grande rapidez e se tornou uma doutrina estabelecida da Igreja, e é conhecida hoje como a visão “Pós-Milenar” da Segunda Vinda de Cristo, e se supõe ser a fé ortodoxa da Igreja. Em suma, “pós-milenismo”, como defendido em nossos dias, tem apenas 200 anos, enquanto o “Pré-milenismo” remonta aos dias de Isaías e Daniel.

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O triste é que esta “falsa doutrina” de “pós-milenismo” é ensinada em nossas Bíblias pelos títulos dos capítulos do Antigo Testamento. Para ilustrar, os títulos dos capítulos 43 e 44 de Isaías é lido pelos pós-milenistas: “O Senhor conforta A Igreja, com suas promessas”, enquanto que os capítulos não são dirigidos a Igreja, mas a Jacó e Israel, como vemos ao lê-los. O leitor comum ignora o fato de que os títulos dos capítulos da Bíblia são colocados nela pelo editor e devem ser omitidos, como por exemplo o título para o livro do Apocalipse, que é chamado
“O Apocalipse de João, o Teólogo”, que deve ser chamado

“A REVELAÇÃO DE JESUS CRISTO”

Apocalipse 1:1.

O fato é que a doutrina da volta pré-milenar do Senhor é o reavivamento da crença da igreja apostólica que esperava pelo retorno do Senhor a qualquer momento.

Traduzido e adaptado por Edimilson de Deus Teixeira
Fonte: Livro Second Coming of Christ de Clarence Larkin

Fonte: Discernimento Bíblico

Divulgação: Eismeaqui.com.br

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