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A cura progressiva do entendimento obscurecido

A cura progressiva do entendimento obscurecido
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A Bíblia  narra a chegada de Jesus em Betsaida e a cura de um cego de uma forma pouco convencional. Ao invés de apenas curado com palavras de afirmação, por exemplo, Cristo muda a metodologia e cospe nos olhos do homem. No livro Os Milagres de Jesus, Charles Spurgeon explica os detalhes desse texto bíblico e nos mostra que esse milagre vai muito além da cura da cegueira.

Referência bíblica

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“E chegou a Betsaida; e trouxeram-lhe um cego, e rogaram-lhe que o tocasse. E, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; e, cuspindo-lhe nos olhos, e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa. E, levantando ele os olhos, disse: Vejo os homens; pois os vejo como árvores que andam. Depois disto, tornou a pôr-lhe as mãos sobre os olhos, e o fez olhar para cima: e ele ficou restaurado, e viu a todos claramente. E mandou-o para sua casa, dizendo: Nem entres na aldeia, nem o digas a ninguém na aldeia.” Marcos 8:22-26

Nessa narrativa, conseguimos perceber que existem separações temporais ao longo dessa cura e são elas que nos guiarão ao longo da construção desse raciocínio.

Antes de explorar esses momentos, existem algumas verdades evidentes:

  1. Método

A importância de variação dos métodos de cura apontam unicamente para o poder divino. Se todos os milagres fossem iguais, poderíamos ser supersticiosos, dando ao método o crédito do poder divino.

  1. Sem comparações

Aqui, Jesus mostra que ele é inédito, poderoso e que, por isso, não precisa se repetir ou se limitar. O poder de Cristo está fora das caixas e pensar sobre isso pode nos tirar das caixas que as ideologias insistem em nos colocar.

  1. Por que o cego não é curado de uma só vez?

Primeiro Jesus cospe nos  olhos do cego e ele começa a ver homens como árvores que andam (visão ainda turva). Depois, Jesus coloca as mãos sobre os olhos do homem e, a partir desse momento, ele vê com clareza. Obviamente, Jesus teria poder para curá-lo no primeiro momento, mas opta por não fazê-lo. Por quê?

Você já pensou que o nervo óptico precisa de um tempo para se acostumar com a luz? Aqui, encontramos nossa primeira lição: o coração, a alma e o entendimento precisam de um tempo maior para receberem uma revelação completa. Fazendo uma analogia com a história do cego, Jesus trabalha de forma gradual. Não podemos receber toda a revelação de uma só vez, pois não seríamos capaz de entender.

Vamos, portanto, às análises de acordo com cada momento deste milagre.

Momento 1: Cristo o pega pela mão

Maravilhoso pensar em um Deus próximo que nos pega pelas mãos nos momentos de escuridão. Quando não podemos ver, Ele nos guia.

Momento 2: Cristo o leva para ficar sozinho

Quando estamos sozinhos, enfrentamos a nossa realidade. Jesus leva o cego para ficar sozinho com ele. Por que insistimos em não passar por momentos de solidão? O medo de não ser curado ou de se perder quando não vemos, não pode ser maior que a esperança de voltar a ver.

Momento 3: Cristo cospe em seus olhos

Charles Spurgeon relembra que a língua e a saliva simbolizam a cura pela palavra de Deus, por aquele que emana vida em seu falar e que tem as palavras de vida eterna.

Momento 4: Cristo impõe suas mãos

Depois desse primeiro momento de contato, Cristo impõe suas mãos e é impossível não ser curado depois desse toque.

Esse toque simboliza o cuidado de Deus; retrata a necessidade que temos desse contato mais próximo com Ele. Se não formos tocados, não conseguiremos ver com clareza – veremos de forma turva.

A beleza de ver novamente

Quando o texto fala que o cego vê homens; pois os vê como árvores que andam, conseguimos inferir que ele já havia visto. Não podia ser cego de nascença, pois sabia como era a anatomia de uma árvore e conseguia distinguir a de um homem.

Ao sair de sua escuridão, a primeira pessoa que o cego vê é Jesus. Nada mais maravilhoso do que sair da nossa ignorância moral e espiritual para encontra-lo à primeira vista.

Se pudermos obter algo na busca por maturidade e conhecimento, que sigamos conhecendo Cristo para sermos achados nele.

“Com todas as coisas que você pode obter, obtenha entendimento de Cristo”. C H Spurgeon.

Conclusão

Nessa interpretação mais livre, mas guiada por Spurgeon, conseguimos compreender que a revelação não é dada de imediato e que precisamos buscá-la todos os dias; que o nosso entendimento espiritual não pode ser turvo.

Cristo nos criou para vermos o rosto – o rosto do evangelho, suas minúcias e detalhes – e não apenas reflexos como o cego viu – homens que andavam como árvores. Por meio do toque de Cristo, deixamos a nossa cegueira desse entendimento obscurecido e, progressivamente, encontramos a luz.

Que nos seus estudos e momentos de devocional, você encontre essa luz, pouco a pouco, até ser capaz de enxergar os detalhes.

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