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A Brevidade da Vida: Uma Luz Sobre Eclesiastes

A Brevidade da Vida: Uma Luz Sobre Eclesiastes
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Eclesiastes é um livro que compõe a história de vida de Salomão, sábio e piedoso rei que cedeu à apostasia no final de sua vida. Pelo que lemos no livro de Reis, Salomão nunca retomou uma forte devoção pela Senhor.

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Com efeito, a divisão de Israel nos meios do Norte e do Sul (I Rs 12) é atribuída ao seu pecado. Eclesiastes foi escrito com base na tradição de Sabedoria de Israel – que não tenta falar em nome de Deus da mesma forma que os profetas.

Ao longo dos capítulos, Salomão procura meditar de maneira cuidadosa sobre a vida para ensinar aos jovens como viver bem diante de Deus. Fato curioso é que o autor do livro é um pseudônimo, chamado Coélet, que se identifica como um rei e um filho de Davi (Ecl 1-2).  

Essas declarações somadas a bem conhecida reputação de Salomão como mestre da sabedoria confirma, na opinião de muitos, a autoria do livro.

Para fins de aprofundamento teológico, o livro pode ser dividido em três partes para uma compreensão mais profunda:

  1. Prólogo (1. 1-11)
  2. Monólogo de Salomão (1.12 a 12.8)
  3. Epílogo (12. 8-14)

A verdade é que muitos são os assuntos tratados ao longo dos doze capítulos de Eclesiastes, mas vamos destacar quatro realidades abordadas por Coélet.

Deus é a única realidade incontestável, o criador de tudo e aquele de quem toda a vida vem como um presente.

“Descobri que não há nada melhor para o homem do que ser feliz e praticar o bem enquanto vive. Descobri também que poder comer, beber e ser recompensado pelo seu trabalho é um presente de Deus. Sei que tudo o que Deus faz permanecerá para sempre; a isso nada se pode acrescentar, e disso nada se pode tirar. Deus assim faz para que os homens o temam.” Ec 3.12-14

Ao longo de nossos dias na Terra, experimentamos prazeres, dores, dúvidas e certezas. Nesse misto de sensações e desafios, existem dádivas que vêm de Deus.

O prazer da comunhão ao lado dos irmãos e da família, o prazer da mesa – quando comemos e compartilhamos do pão com quem amamos – e a certeza de que existe alguém soberano e justo acima de tudo e de todos é, de fato, um presente para aqueles que creem. Sem dúvidas, a certeza da existência de Deus é uma dádiva que aquece, consola e conforta.

Os caminhos de Deus não são sempre compreensíveis, se é que jamais os são

“E, no entanto, Deus fez tudo apropriado para seu devido tempo. Ele colocou um senso de eternidade no coração humano, mas mesmo assim ninguém é capaz de entender toda a obra de Deus, do começo ao fim.”  Ec 3.11

“Percebi que ninguém é capaz de descobrir tudo que Deus faz debaixo do sol. Nem mesmo os mais sábios conseguem compreender tudo, embora afirmem o contrário.” Ec 8.17

Salomão deixa claro ao longo de sua narrativa a impotência humana na compreensão de todos os fatos, da ordem da vida e do controle sobre os acontecimentos.

Aqui, fica claro que o conhecimento adquirido ao longo dos séculos pelos seres humanos é pequeno diante do conhecimento de Deus. Nossas teorias filosóficas e teológicas não cabem e não explicam os atos do Altíssimo. Ele não pode ser explicado e/ou limitado por homens.

Nada faz sentido

Reflexões humanas sobre justiça e como as coisas deveriam acontecer não condizem com a realidade. “O que se faz debaixo do sol” nada acrescenta, na medida em que o modo como as coisas devem ser nem sempre – ou nunca – são o modo como realmente são.

“Gerações vêm e gerações vão, mas a terra permanece a mesma. O que as pessoas ganham com todo o seu árduo trabalho debaixo do sol? Nada faz sentido”, diz o Mestre.

“Nada faz o menor sentido.” Ec 1.2-4

O grande nivelador é a morte, que vem a ricos e pobres, a sábios e tolos, sem distinção

“Os vivos pelo menos sabem que vão morrer, mas os mortos nada sabem. Já não têm recompensas para receber e caem no esquecimento. Amar, odiar, invejar, tudo que já fizeram ao longo da vida passou há muito tempo. Já não participam de coisa alguma que acontece debaixo do sol.” Ec 9.5-6

Os sábios se contentam com o dia que Deus fez. Pois eles sabem que diante da riqueza e da pobreza, existe algo que nos nivela pela mesma régua: a morte. Todos somos iguais aos olhos de Deus e pela sua consciência de justiça, seremos julgados sem privilégios.

Conclusão

Talvez, um dos mais marcantes ensinamentos de Eclesiastes seja a vaidade. A palavra, que pode ser traduzida por futilidade e ausência de sentido, aparece 35 vezes no livro de Salomão. A vaidade se atribui ao que é passageiro, efêmero e transitório.

A vida é, portanto, um misto de vaidades; pois acontece num lampejo; numa fração de tempo. É dever de todos nós, portanto, encontrar sentido nessa vida. Alcançamos isso, é claro, na comunhão com Deus – Aquele que dá ordem à todas as coisas e todos os seres.

Nele, encontramos sabedoria para viver os nossos dias com sentido nas coisas que não entendemos completamente. Se existem inúmeras perguntas sem respostas, precisamos nos agarrar a Deus. Porque por trás dessa realidade aparente há um sentido. Há um Deus agindo, que não perde e não perderá o controle de nada.

O Eclesiastes olha para o mundo e não capta sentido no que vê e no que faz. Mas nós não somos obrigados a concordar com ele. Podemos olhar para a mesma realidade e levar em conta as entrelinhas que ele optou por descartar.

Jesus Cristo é quem nos resgata da vaidade; nos resgata da coisa sem sentido sob a qual Coélet sofreu. Jesus resgatou-nos do mundo sem sentido de Coélet ao submeter-se a ele.

Jesus é o Filho de Deus, mas, no entanto sofreu a vaidade do mundo para que conseguisse nos livrar dela. “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio, maldição em nosso lugar” (Gl 3.13).”

Fonte: Eismeaqui.com.br

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