Heresias / Modismo Teologia

As Heresias das Seitas

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A heterodoxia (ou heresia) tem sido a maior produtora de seitas. E em nossa época tem acontecido um fenômeno diferente: Enquanto que nos séculos passados as heresias se concretizavam no surgimento de seitas. Hoje as heresias se acomodam nas igrejas evangélicas e vão ficando. Não há uma concretização dos fatos. Principalmente com o surgimento da “ortodoxia generosa”, que é uma heterodoxia disfarçada. Com isso, os apologistas cristãos que tinham apenas uma preocupação externa com a identificação e refutação das seitas. Atualmente estão tendo que tratar do assunto internamente. Que tem gerado um grande desconforto e desgaste dentro do cristianismo evangélico. Por isso, os apologistas cristãos precisam não só classificar as conhecidas “seitas pseudocristãs”, mas agora, precisam identificar “doutrinas pseudocristãs”. E também pelo fato dos contribuintes desse fenômeno se utilizar constantemente do ecletismo (1), eufemismo (2) e do discurso ambíguo (3). Então, de dentro desse contexto houve a necessidade de classificar: Igrejas Cristãs Genuínas (4), Movimentos Controversos (5) e Seitas Heréticas.

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É unânime afirmar que todo herege sempre se utilizou de sofismas (6) e da eisegese (7) para montar seus conceitos. Daí o porquê da capacidade que têm de ludibriar e seduzir os incautos.

Eu poderia aqui me prender ao fator histórico das seitas e das heresias, que também ajuda na informação. Entretanto, se queremos fazer apologética, o fel do veneno da heresia está no “conceito” e não em sua história. Por isso nesse material que produzi me detenho com as heresias que alimentam as seitas e o poder de influência dos hereges. Assim, desbaratando seus conceitos à luz da Palavra de Deus, os alicerces das seitas e dos hereges cairão.

DEFININDO OS TERMOS:

HERESIA – Do ponto de vista cristão, é tudo aquilo que em matéria de fé, sustenta opiniões contrárias, excedentes e deturpadas da Palavra de Deus. Do ponto de vista secular, é uma doutrina contrária a da Igreja. A palavra “heresia” vem da palavra grega “hairesis” que tem o significado de “ato de pegar”, “capturar”, “escolha”, “grupo de homens escolhendo seus próprios princípios”, “dissensões originadas da diversidade de opinião e objetivos”. No contexto de 2Pe.2.1 esta palavra foi usada para designar uma atitude contrária ao ensinamento de Cristo e dos apóstolos (At.2.42; 2Jo.v.9). E em Gl.5.20 segue o mesmo contexto. Pois, no mesmo verso já se usa a palavra grega “dichostasia” que significa “dissensão” ou “divisão”.

SEITA – Do ponto de vista cristão, é um grupo de indivíduos motivados pela heresia, por isso chamamos “seita herética”. É uma palavra que nasce do mesmo grego “hairesis” acima. Que aparece nas passagens de: At.5.17; 15.5; 24.5; 24.14; 26.5; 28.22. Traduzida para “seita”, “grupo” ou “partido” (dependendo das versões em português). Do ponto de vista secular, é um grupo faccioso de indivíduos. Todas as seitas são de linha heterodoxa, ou seja, não reconhecem os credos primitivos, as doutrinas essenciais da fé cristã e atropelam a hermenêutica bíblica.

Como ocorre o seu desdobramento?

Dentro de um raciocínio lógico, primeiro a heresia vem, depois poderá a se tornar uma seita. Uma nasce da opinião (heresia) e outra nasce partidária a opinião (seita). Por isso o grego usa uma palavra só para designar os dois termos.

CONHECENDO SUAS RAÍZES

Toda seita tem suas raízes na religião, pois derivam direta ou indiretamente delas. Por isso precisamos definir religião. Um filósofo alemão do século XVIII, Emmanuel Kant, descreveu a religião como sendo a “moralidade ou ação moral”. Hegel, outro filósofo, disse que religião era “um tipo de conhecimento”. No dicionário português é “a crença na existência de uma força ou forças sobrenaturais, criadoras e reguladoras do universo, que provêm o homem de uma natureza espiritual, que se perpetua após a morte”. À luz da Bíblia, Religião é interpretada como o retorno a Deus ou Deus em busca do homem. Dentro de uma visão mais espiritual, as seitas derivam de uma mesma fonte, Satanás (2Co.11.3-4;13-15).

No mundo atual existem onze grandes religiões, são elas: Hinduísmo, Jamismo, Budismo e Siquismo (Índia); Confucionismo e Taoísmo (China); Xitoísmo (Japão); Judaismo (Palestina), Zoroastrismo (Pérsia, atual Irã), Islamismo (Arábia) e Cristianismo (da Palestina; vindo a se consolidar em todo ocidente).

ALGUMAS SEITAS QUE DERIVAM DIRETAMENTE DAS RELIGIÕES

Lamaísmo, Zen-budismo, Nitiren Shoshu, Seicho-no-iê, Perfect Liberty e a Igreja Messiânica Mundial (seitas Budistas). Kharijitas, Mutajalitas, Mujiritas, Xiitas, Sunitas e os Sufitas (seitas Islâmicas). Meditação Transcendental, Hare Krishna, Missão Ramakrishna, Krishnamurti, Teosofia, Templo da União Universal e a Rajnish (seitas Hindus). Testemunhas de Jeová, Adventismo do Sétimo Dia, Mormonismo, Congregação Cristã do Brasil, Tabernáculo da Fé, Só Jesus, Igreja de Cristo Internacional, Igreja da Unificação, Igreja Local de Witness Lee, Voz da Verdade, Testemunhas de Ierrochua, Igreja Pentecostal Unida do Brasil, Meninos de Deus, Igreja Católica Apostólica Romana e etc. (seitas Cristãs).

CLASSIFICAÇÃO DAS SEITAS

PSEUDOCRISTÃS – São seitas que derivam do Cristianismo e que fogem da ortodoxia bíblica cristã. São perigosas por serem fáceis de confundi-las com Igrejas Cristãs Evangélicas. Mas, para quem conhece a Bíblia não se deixa enganar por muito tempo. Suas heresias são atraentes, fantasiosas e fundamentadas em trechos isolados da Bíblia. São elas: Testemunhas de Jeová, Adventismo do Sétimo Dia, Mormonismo, Congregação Cristã do Brasil, Tabernáculo da Fé, Só Jesus, Igreja de Cristo Internacional, Igreja da Unificação, Igreja Local de Witness Lee, Voz da Verdade, Testemunhas de Yehoshua, Igreja Pentecostal Unida do Brasil, Meninos de Deus, Confissão Positiva, Igreja Católica Apostólica Romana e etc.

ORIENTAIS – São seitas provindas do lado oriental do nosso planeta ramificadas em religiões do Oriente Médio e Ásia. Suas mensagens são antagônicas as do Cristianismo, por não derivarem do mesmo. Seus adeptos são muito difíceis de serem evangelizados, por haver uma base teológica diferente da nossa. Ultimamente a simpatia Ocidental às seitas do Oriente tem sido muito grande. Por isso já existem templos, entidades, empresas, seguidores em todo país. Algumas delas: Arte Mahikari, Lamaísmo, Zen-budismo, Nitiren Shoshu, Seicho-no-iê, Perfect Liberty, Igreja Messiânica Mundial, Kharijitas, Mutajalitas, Mujiritas, Xiitas, Sunitas, Sufitas, Meditação Transcendental, Hare Krishna, Missão Ramakrishna, Krishnamurti, Teosofia, Templo da União Universal, Rajnish e etc.

SECRETAS – Debaixo de um sigilo muito grande, elas apostam na curiosidade humana. Seus ensinos e seus cultos são muito diversificados e ritualísticos. Numa restrição discreta elas têm envolvido a muitos dos que não gostam de se identificar como “religiosos”. Algumas delas: Maçonaria, Teosofismo, Ordem Rosacruz e etc.

OCULTAS – Estão sempre envolvidas com o misticismo, esoterismo e feitiçaria. Tentam se auto-afirmarem dentro da sociedade, pois cultuam a demônios, e na história sempre foram vistas pela ótica pejorativa. Porém, hoje isso tem mudado 180o com a ajuda da mídia. Há um contato muito estreito com os espíritos malignos que são confundidos por espíritos de humanos que morreram. Como exemplo de seitas que derivam indiretamente das religiões, com exceção do satanismo: Espiritismo, Legião da Boa Vontade, Racionalismo Cristão, Santo Daime, Cultura Racional, Ciência Cristã, Nova Era e etc.

COMO IDENTIFICAR UMA SEITA?

Uma seita é identificada, em geral, por aquilo que ela ensina (Mt.7.15-20): sobre a Bíblia Sagrada, a pessoa de Deus, a queda do homem, o pecado, a pessoa e a obra de Cristo, a salvação e o porvir. Se o que uma crença ensina sobre estes assuntos não entrar em harmonia com a Palavra de Deus, podemos estar certos que estamos diante de uma seita herética ou “hairesis”. Toda seita herética tem mentiras, e nenhuma mentira vem da verdade (1Jo.2.21). As seitas heréticas têm também verdades. Mas, lembre-se: duma mesma fonte não pode vir águas doces e salgadas (Tg.3.12).

Exclusivistas – Só a igreja na qual pertencem é a verdadeira. Só convivem com os que pertencem ao grupo. Proíbem a leitura de literaturas pertencentes a outras denominações (ver Dt.10.17; 1Co.12.5,6; Mc.9.38-40);

Detentoras da verdade – Somente elas têm a verdade. Só elas estão certas. Todas as outras igrejas apostataram da fé (ver 2Pe.1.20);

Anunciadores de novas revelações – O grupo tem uma mensagem fora da Bíblia. Sendo o líder escolhido pelo próprio Deus para trazê-las (ver Gl.1.8,9; Pv.30.5,6; Dt.4.2; Ap.22.18,19);

Quebram o 3o mandamento – Não se conformam com o que diz a Bíblia. Profetizam aquilo que o Senhor não falou (Jr.23.21), explorando assuntos concernentes ao “fim do mundo”, “volta de Jesus Cristo”, “nova era”, “aparecimento e existência de seres extraterrestres (E.Ts)”. (ver At.1.7; Mt.24.36; Ap.22.18,19), em fim, vão além das Escrituras (1Co.4.6);

Adicionam algo a Bíblia – Sua fonte de autoridade não leva em consideração somente a Bíblia. Possuem sempre outras fontes de autoridades. (ver Dt.4.2; Pv.30.5,6; 1Co.4.6; Gl.1.8);

Tiram algo da pessoa de Jesus – Lhe diminuem ou a autoridade, ou sua santidade, ou sua divindade, ou sua encarnação, ou seu sacrifício, ou sua morte, ou sua ressurreição. A cristologia é a doutrina bíblica mais ferida pelos sectários. (ver Mt.28.18; Hb.4.14,15; Jo.1.1,14; 1Jo.4.10; Rm.5.6; 4.25);

Multiplicam aquilo que Deus determinou para salvação – Pregam a auto-salvação. Crer em Jesus não é tão importante para a salvação. Às vezes, repudiam publicamente o sangue de Jesus. Preferem pregar a salvação pelas obras. (veja Is.43.11; At.4.12; Ef.2.8,9; Rm.3.28);

Dividem a salvação entre Deus e a organização – Só a denominação na qual pertencem pode conduzir as pessoas à salvação. Não existe salvação fora de sua igreja (veja At.5.29; Mt.20.25-27; Jo.14.6; Cl.1.18).

AS HERESIAS DAS SEITAS

Toda seita tem suas heresias. É isso que as classificam como tais. Por isso iremos falar acerca deste assunto e refutarmos algumas das principais heresias dos quatro tipos de seitas. As heresias são verdadeiros “fermentos”, e só basta um pouquinho para levedar toda uma massa (Gl.5.9). Porém, temos na Bíblia Sagrada resposta para as elas (2Tm.3.16; Hb.4.12).

ALGUMAS HERESIAS DE SEITAS PSEUDOCRISTÃS

O SABATISMO – A observância e a pregação do dia de sábado é um mandamento dentro de seitas pseudocristãs envolvidas com este ensinamento. Destacam-se “a Igreja do Evangelho Eterno” e a “Igreja Adventista do Sétimo Dia”. Ensinam que o sábado deve ser guardado por todos os verdadeiros cristãos. E em cima disso fazem suas declarações proféticas, ameaçadoras e de salvação por obras.

Refutação bíblica – Nos escritos deixados por seus apóstolos não é pronunciado o 4o mandamento. Essa omissão do sábado nos escritos neotestamentários não foi esquecimento dos escritores (Jo.14.26). É porque não foi estabelecido para ser observado no Novo Testamento. Vejamos abaixo os dez mandamentos do velho pacto e a ratificação destes no novo pacto. Observe que o 4o mandamento não é encontrado.

VELHO TESTAMENTO
1o Êx.20.3
2o Êx.20.4,5
3o Êx.20.7
4o Êx.20.8
5o Êx.20.12
6o Êx.20.13
7o Êx.20.14
8o Êx.20.15
9o Êx.20.16
10o Êx.20.17

NOVO TESTAMENTO
1o 1Co.10.19,20; 8.6; 1Tm.2.5
2o 1Jo.5.21; At.17.16; 1Co.10.14
3o 1Tm.6.1; Mt.6.9
4o Não há um registro óbvio!
5o Ef.6.1-3
6o Rm.13.9b
7o Rm.13.9a
8o Rm.13.9c
9o Mt.19.18d
10o Rm.13.9d

O sábado é um mandamento local e não universal. Por isso não é observado no N.T. porque foi um pacto feito com os judeus e não com os gentios (Êx.19.3-6; 24.3-8). Um mandamento bíblico só é universal quando não se limita a algum povo (ver Êx.31.16,17).

O sábado tornasse em desuso porque não é ratificado no N.T. Pois o antigo pacto foi só com Israel (Sl.147.19,20), e como o novo pacto se estende a todos os povos (Gl.3.28), o N.T. é a confirmação de seguirmos ou não certos mandamentos. E este depõe o sábado: Mc.2.27,28; Rm.14.4-6; Mt.12.5 e compare Os.2.11 c/ Cl.2.13-16.

LEGALISMO – Os legalistas são os que crêem que através de observância da Lei conquistam a salvação. Por isso insistem em dizer que a Lei não foi abolida. E para fugirem dos textos que provam que Cristo aboliu a Lei, dividem-na em duas. Uma chamada “lei cerimonial”, onde ensinam que foi essa que Jesus aboliu. A outra chamam de “lei moral” (o Decálogo), ensinam que esta vigora até hoje e todos devem obedecer-lha. Como diz o ditado que um abismo chama o outro. Esta heresia apóia a heresia do sabatismo, em virtude do 4o mandamento ser a guarda do Sábado. O legalismo vem sendo pregado pelos “Adventistas”, pelos seguidores da “Igreja do Evangelho Eterno” e por alguns cristãos evangélicos desinformados.

Refutação bíblica – Longe de declarar que a lei não seja boa, perfeita, santa (Rm.7.12). Mas quanto ao ser humano, fica difícil atribuirmos mesmas qualidades (idem v.14). A salvação não depende da observância de leis ou da lei ou das obras da lei. É pela graça de Deus que somos salvos, e ele requer de nós apenas a fé para salvação (Ef.2.8,9). Ninguém cumpriu a Lei; todos nós somos transgressores dela (Rm.3.23; 1Jo.1.10; 3.4). E incapazes de cumprir integralmente (Gl.3.10; Tg.2.10). A tentativa de cumprimento da Lei para salvação anula a cruz de Cristo (Gl.2.21). Precisamos passar pelo novo nascimento (1Jo.3.9; Gl.6.15). E logo, a palavra Lei em nenhuma das 400 vezes que ocorre na Bíblia não se refere somente ao decálogo (lei moral). Devemos tê-la como um todo (ver Js.8.30-35; Ne.8.1-14; Rm.2.27; Gl.5.3,4). A Lei foi abolida por Cristo como meio de salvação (Cl.2.13,14; Hb.7.18; 2Co.3.3-18; Lc.16.16 compare c/ 24.44). Agora, como instrutora, corregedora e disciplinadora do cristão continua a sua validade. Contudo, há pecados no N.T. que não constam no decálogo (lei moral), é pecado: lascívia, avareza, heresia, glutonaria, bebedices, feitiçaria, etc. (Gl.5.19-21; 1Co.6.10). Há dois mandamentos no A.T. que não constam no decálogo, um é citado em Dt.6.5 e o outro em Lv.19.18 (Jesus citou eles como superiores Mt.22.35-40). E constam na lei que chamam de “cerimonial”, porém são de natureza moral. Também há na lei que chamam de moral um mandamento que é de natureza cerimonial (Êx.31.16). Portanto fica impossível afirmar que há uma divisão da Lei sem se contradizer com os textos bíblicos que falam do assunto. A Lei deve se classificar (e não se dividir) da seguinte forma:

Lei Universal (conhecida também como Lei Moral): É a vontade de Deus descentralizada de um povo específico, dirigida para todos os povos, línguas e culturas. Que permanece não para salvação, mas para instrução.

Lei Local (conhecida também como Lei Cerimonial ou Civil): É a vontade de Deus centralizada, dirigida para uma comunidade, nação ou cultura específica. Baseada em cerimônias, simbolismos e alguns preceitos. Que entrou em desuso com a vinda do evangelho de Jesus para todos os povos (Lc.16.16).

O JEOVISMO – Os jeovistas pregam que Deus tem um único nome. Usando o texto de Êx.3.15 com suas Bíblias TNME invadem as casas das pessoas dizendo que o nome de Deus é Jeová e não há outro: “Disse Deus ainda mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O SENHOR (na TNME: Jeová), o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou a vós outros; este é o meu nome eternamente, e assim serei lembrado de geração em geração.” A seita que lida direto com este ensino são “as Testemunhas de Jeová.”

Refutação bíblica – Se esquecem do que escrevem as próprias Testemunhas de Jeová. No livro “Riquezas” pág.134 não dizem bem assim. Apresenta-se como nome: “Deus”, “Altíssimo”, “Pai”. Como pode mediante esse fato um T.J chegar a nos dizer que “Deus” não é nome?

Nessa revelação de Deus a Moisés em Êx.3.15 vemos Deus apresentar-se transliterado do texto original assim: YHVH (chamamos de tetragrama). No hebraico só escreve-se consoantes e o A.T. se encontra assim também. Fazendo a leitura, oralmente se adicionavam as vogais. E isso é assim até hoje em Israel. O povo de Israel temia e ainda temem o 3º mandamento. Em virtude disso e também dos incessantes cativeiros foram esquecidas as vogais usadas para dar sentido a expressão “YHVH” apresentada por Deus a Moisés. Os judeus usavam o nome transliterado: ’adonay, traduzimos: Meu Senhor, Mestre, em substituição ao nome YHVH. Alguns usavam O ETERNO. Atualmente chamam HASHEM, O NOME. Para dar sentido ao tetragrama utilizavam-se das vogais “a,o,a” de ’adonay em substituição as vogais originais, ficando YEHOVAH. Onde uma regra da gramática hebraica manda pronunciar o “a” na 1ª sílaba de “e”. Acredita-se que por volta do século XII, um monge católico foi quem transformou YAHVEH em Javé construindo o tetragrama com a 1ª vogal de ’adonay a 1ª vogal de ’elohim. Outros dizem que a construção YEHOVAH deriva da 1ª vogal de ’elohim e as vogais finais “o,a” de ’adonay.

Como acabamos de analisar. A palavra “Jeová” não é o nome legítimo de Deus. Foi formada por vogais emprestadas de outro nome de Deus. E logo, no texto original que menciona o tetragrama, não constam nem as vogais legítimas, quanto mais emprestadas. E mais, dizer que Jeová é o único nome de Deus é querer conceituar Deus ao nosso entendimento. Se nós temos um único nome, não significa que com Deus também seja assim (Is.55.8,9). Um só nome não seria capaz de representar a Deus como representam os nossos nomes (ver Gn.30.8). Deus tem vários nomes (’El, ’Adonai, ’Elohim, Jeová, Jesus) e vários títulos (Rei dos reis, Primeiro e Último, Criador, Redentor, Eterno, Senhor dos senhores, Verbo, Estrela da manhã, Conselheiro, Príncipe da paz, etc.). Isso as Ts.J omitem.

UNICISMO – Esta heresia tenta explicar o assunto desenvolvendo a teoria de três manifestações. Seria um único Deus Verdadeiro que se manifestara em três formas, ora como Pai, ora como Filho, ora como Espírito Santo. As principais seitas adeptas deste pensamento são: “Igreja do Evangelho Eterno”, “Tabernáculo da Fé”, “Só Jesus”, “Voz da Verdade”, “Igreja Local de Wintness Lee”.

Refutação bíblica – Essa teoria unicista não encontra sustentação na verdade bíblica, já que na Bíblia encontramos passagens deixando claro que há pessoas distintas na divindade e não meras manifestações (Jo.1.1-2; 8.16-18; 15.26; 1Jo.2.22; 2Jo.v.3). O conceito unicista entra em conflito com a doutrina da obra mediadora entre Deus e o homem. A reconciliação (2Co.5.18-21) subentende deixar de lado a inimizade. Que inimizade é deixada de lado? As Escrituras revelam que Deus está em inimizade contra os pecadores (Rm.1.18), e que as pessoas, nos seus pecados, também estão em inimizade contra Deus (Rm.3.10-18; 5.10). Deus envia o Filho ao mundo (Jo.3.16,17). Jesus se submete com obediência a vontade do Pai (Mt.26.39). O relacionamento entre o Pai e o Filho fica claramente evidente aqui. O Filho suporta a vergonha do madeiro maldito, trazendo a paz (reconciliação) entre Deus e a humanidade (Rm.5.1; Ef.2.13-16). Se duas pessoas distintas não forem reveladas aqui, no ato mediador da cruz, esse evento seria uma mera charada de um único Cristo. Em Mc.10.45 declara que Cristo veio para “…dar a sua vida em resgate por muitos.” O conceito de resgate é usado com referência de um pagamento que garante a libertação de presos. A quem Cristo pagou o resgate? Negando uma distinção entre as Pessoas da divindade, conforme faz o unicismo, Cristo teria que pagar o resgate ou à raça humana ou à Satanás. Porém a humanidade está morta em transgressões e em pecados (Ef.2.1), nenhum ser humano teria o direito de exigir que Cristo lhe pagasse resgate. Nem muito menos Satanás, nós não devíamos nada a Satanás (não existe nenhuma passagem que fale isso). Ele não poderia fazer a extorsão de Cristo. Essa idéia de satanás exigir resgate pela humanidade é blasfêmia (Jo.10.15-18). A nossa dívida era para com Deus (compare Lv.19.22 c/ 1Jo.4.10 e Jo.1.29). Quanto ao Espírito Santo, Cristo declara que o Espírito Santo é outra pessoa, distinta dele (Jo.14.16). O próprio Cristo declarou que o enviaria (Jo.16.7,8).

ANIQUILACIONISMO – Tem sido uma das heresias de maior destaque nos movimentos sectários. Segundo essa teoria, o homem ímpio será finalmente reduzido a nada. Esse mesmo conceito é refletido em alguns contextos da filosofia oriental. A seita que mais se destaca com esse ensino é o “Adventismo do Sétimo Dia” e “As Testemunhas de Jeová”.

Refutação bíblica – É evidente que este ensino entra em contradição com várias passagens da Bíblia, dentre elas vale citarmos: Dn.12.2; Mt.25.41,46; Jo.5.29. Tanto o livro de Daniel quanto o de Mateus estão de acordo ao afirmar que: Os justos ressuscitarão para vida e gozo eterno. Enquanto que os ímpios ressuscitarão para a vergonha e horror igualmente eternos (ver Rm.6.23). As expressões: “destruídos”, “exterminados”, quando se referem ao destino dos ímpios na Bíblia, não podem ser tomadas como aniquilação da alma, mas do corpo. Pois não se aniquila a alma. “Morte” também não significa aniquilamento, significa “separação”. Existe a morte (separação): do corpo (Ec.12.7), do espírito humano de Deus (Gn.2.17) e a eterna (2Ts.1.9). Se fosse certo que o ímpio será destruído (no sentido de aniquilação da alma), porque então terá ele de ressuscitar e depois ser lançado no lago de fogo? (veja também Ap.14.10,11). A Bíblia fala de “fogo eterno” como condenação dos ímpios (Mt.18.8; 25.41; Jd.v.7). E que o Diabo padecerá no inferno “pelos séculos dos séculos” (Ap.20.10). Observe nesse texto que a besta e o falso profeta já haviam sido condenados antes de Satanás (Ap.19.20), e quando ele é lançado no lago de fogo mil anos depois, esses dois personagens apocalípticos ainda se encontravam lá, ou seja, eles não foram “aniquilados”.

A MORTALIDADE DA ALMA – Esta heresia é pregada pelas Testemunhas de Jeová e por alguns professores de teologia. No livro Seja Deus Verdadeiro, pág’s. 56,59 (publicado pelas Testemunhas de Jeová) faz a seguinte declaração: “Os cientistas e cirurgiões não foram capazes de encontrar no homem nenhuma prova determinante de imortalidade. Não podem encontrar nenhuma evidência indicativa de que o homem possui uma alma imortal … Assim, vemos que a pretensão de que o homem possui uma alma imortal, e que, portanto, difere das bestas, não é bíblica”.

Refutação bíblica – Em primeiro lugar precisamos entender que as coisas espirituais não se discernem humanamente (1Co.2.14,15). Em segundo lugar a sabedoria de Deus é loucura para os homens (1Co.1.18). Em terceiro lugar devemos concordar que o homem é um ser tricótomo (1Ts.5.23; Hb.4.12). Não podemos tomar a palavra “alma” como sentido estrito de “pessoa”. Do contrário entraremos em contradição com vários textos bíblicos. Além dos supracitados veja estes outros: Mt.10.28, Lc.16.19-31 e Ap.6.9. É evidente em toda Bíblia que a palavra “alma” nem sempre significa a mesma coisa, a variação do seu significado depende muito das circunstâncias em que a palavra é usada. Tanto a palavra “alma” como “espírito” são polissêmicas. Existe “alma” como o próprio sangue (Lv.17.14); como pessoa (Gn.46.22); como a própria vida (Lv.22.3); como espírito e coração (Dt.2.30) e “alma” como elemento distinto do espírito e do corpo (Jó 12.10; 27.3; 1Pe.2.11). Portanto, quando a Bíblia aplica a palavra “alma” com sentido de pessoa não está limitando a palavra exclusivamente a “pessoa” ou “criatura humana vivente.” É o que chamamos de “sinédoque”, uma figura de linguagem, que significa tomar parte da coisa, pessoa ou objeto como se fosse toda a coisa, pessoa ou objeto. O texto de 1Tm.6.16 não desdiz o que acabamos de falar. Apenas afirma que Deus é o único que possui a imortalidade, isso não significa dizer que não recebemos essa dádiva dele. A verdade é que a alma sobrevive após a morte (Ec.12.7; Mt.10.28; Lc.23.43). Ora, a Bíblia quando fala de Abraão, Isaque e Jacó os reconhecem como vivos (Mt.22.32; Mc.12.26,27; Lc.20.37,38). Você não encontra na Bíblia a expressão “alma mortal”, encontrará “corpo mortal” que ocorre três vezes (Rm.6.12; 8.11; 1Co.15.53). Deus colocou a “eternidade” (do hebraico ‘olam) no coração (alma) do homem (Ec.3.11). Algumas versões em português colocaram equivocadamente a palavra “mundo” ao invés de “eternidade”. Sendo que a definição primária de ‘olam é “longa duração, antigüidade, futuro, para sempre, sempre, eternamente, para todos os tempos, perpétuo…”. Em última definição se coloca “… velho, antigo, mundo”. Ora, se o autor do livro de Eclesiastes quisesse se referir diretamente ao planeta ou mundo, ele teria usado ‘erets (terra) ou tebel (mundo). Onde “mundo” ocorre 42 vezes na versão Almeida Atualizada e em nenhuma delas consta a palavra hebraica ‘olam.

O SONO DA ALMA – Este outro sofisma afirma que os mortos estão inconscientes até o arrebatamento ou o juízo final. Prega-se o sono da alma entre os “Adventistas do Sétimo Dia”. Segundo eles, o que o homem possui é o “fôlego da vida”, o que dá animação ao corpo, que lhe é retirado por Deus, quando expira. E o fôlego é reintegrado no ar, por Deus, mas não é entidade consciente ou homem real.

Refutação bíblica – A expressão “dormir” usada no novo testamento para tipificar a morte não são literais. Representam a indiferença dos mortos para com os acontecimentos normais da Terra e nunca para com aquilo que faz parte do ambiente onde estão as almas desencarnadas. Existem algumas exceções, por exemplo: 1Ts.5.7; Mt.13.25. Assim como o subconsciente continua ativo quando o corpo dorme, a alma do homem não cessa sua atividade quando o corpo morre. Em Dn.12.2 fala do dormir no corpo (pó), como ele próprio diz “…dormem no pó…”. Jesus também usa expressão semelhante quando disse “corpos dos santos, que dormiam” (ver Mt.27.52). Ensinar o contrário do que estamos dizendo aqui é se descomprometer com a Palavra de Deus. Tal ensino ficará em contradição com: Lc.16.19-31; Ap.6.9; Lc.23.43; Mt.17.3. Substitua a palavra “espírito” por “fôlego” ou “sopro” nas seguintes referências e veja a contradição: Mc.2.8; At.17.16; Jo.13.21 2Co.7.1; 1Pe.3.4; Mt.26.41. Quando a Bíblia diz que Deus “soprou” no homem lhe dando o “fôlego da vida” (Gn.2.7) não está sendo literal, pois para “soprar” Deus teria que ter pulmões. O texto faz uso de antropomorfismo. O autor está dizendo que Deus deu um espírito ao homem quando este foi criado. Que é a porção espiritual. E o corpo, porção material. Assim, o que o ser humano tem nele é o “espírito” que volta para Deus quando morre (Ec.12.7). Bem como sua “alma” (1Rs.17.22). Que fica consciente e carrega consigo toda a memória de suas obras para que seja julgado logo após a sua morte (Hb.9.27; Lc.16.22,23). Observe o texto de Jo.5.24 e a expressão “não entra em juízo” na versão Almeida Revista e Atualizada, saiba que “entra” é tradução do grego “erchomai” que significa “vir” e só pode ser usado no tempo presente. Esse verbo em outros tempos (passado ou futuro) se usa a palavra “eleuthomai” ou “eltho”. A versão King James respeita também esta regra e até usa as mesmas palavras da versão Almeida Revista e Atualizada. O mesmo faz a versão católica de Jerusalém, obedecendo rigorosamente o emprego do verbo grego “erchomai” (vir): “não vem a julgamento”. Portanto, até Jesus sabia que logo a seguir a morte vinha o juízo.

A palavra grega “koimao” (dormir) é também usada como metáfora de “morrer” (ver 1Co.11.30; 15.6,20; 1Ts.4.13-15; Jo.11.11). E ainda, outra palavra grega: “katheudo” (dormir) é usada como eufemismo de morte (ver Mt.9.24; Mc.5.39; Lc.8.52). Portanto, a palavra “dormir” não tem categoricamente o sentido literal.

Observação: Usar textos do livro de Eclesiastes para provar sono ou inconsciência dos mortos é puro sofisma e falta de contextualização do próprio livro. Onde em Ec.1.3,9,14; 2.11,17-20,22; 3.16; 4.1,3,7,15; 5.13,18; 6.1,12; 8.9,15,17; 9.3,6,9,11,13; 10.5, há a expressão “debaixo do sol” e em Ec.1.13; 2.3; 3.1 a expressão “debaixo do céu”. Salomão está relatando sua observação nas eventualidades sob o sol, ou seja, a vida aqui na Terra, excluindo, portanto, a realidade além do céu ou pós-túmulo. Por isso que o uso da passagem de Ec.9.5 para afirmar que há uma inconsciência dos mortos (sono) é fora de contexto.

TEÍSMO PARADOXAL – Por não compreenderem o mistério de Deus-Cristo, as Testemunhas de Jeová criaram essa teoria. Negando a divindade de Cristo e a pluralidade da unidade divina (1Tm.3.16). Assim desenvolveram um sistema doutrinário, ou seja, a crença em duas divindades, uma todo-poderosa, chamada de Jeová e outra menos poderosa ou apenas poderosa, chamada de Jesus.

Refutação bíblica – Esse ensino cai de vez no politeísmo. Algo impensável na fé cristã monoteísta (Dt.6.4; 1Tm.2.5). O termo usual mais certo para definir este tipo de heresia é henoteísmo, uma subdivisão politeísta que acredita que existem muitos deuses, mas somente um que deve ser adorado. Bem dizia o Credo Niceno: “Pois da mesma forma que somos compelidos pela verdade cristã a reconhecer cada Pessoa (da Trindade), por si mesma, como Deus e Senhor. Assim também somos proibidos pela religião cristã de dizer: Existem três deuses ou três senhores”. À luz da Bíblia esta heresia não sobrevive. Se só Jeová foi quem criou todas as coisas (ver Is.44.24). Como é que no N.T. somos informados que foi Jesus quem criou tudo (Jo.1.3)? Para fugirem da realidade que Jesus e Jeová formam uma unidade composta (דחא Trindade) se complicam. Por isso que em Cl.1.16-18,20 acrescentam a palavra “outras” entre colchetes “[ ]” quatros vezes para não contradizer seus ensinos.

Existem dois tipos de divindade. Uma é verdadeira e a outro é falsa. Uma possui qualidade divina, outra não (Gl.4.8). Logo, se Jesus é Deus (Jo.1.1; 20.28, compare Jo.8.12 c/ 1Jo.1.5), se Ele é a verdade (Jo.14.6), sendo logicamente Deus verdadeiro (1Jo.5.20), como fica Jesus seguindo esse raciocínio? Há duas divindades verdadeiras? Poderia ser Jesus um deus falso possuindo qualidades divinas? (ver Ap.1.8; 4.8; 22.12,13,16). Há outro Deus verdadeiro além de Jeová? (ver Is.43.10; Jo.17.3). A verdade é que Deus é Pai e é Filho. Quando dizemos que Jesus é Deus não estamos dizendo que Jesus é o Pai, mas que ele forma uma unidade composta com o Pai (Jo.1.1; 10.30; 1Jo.5.7 nas versões do Códex Sinaiticus).

Observação: O fato de Jesus ser poderoso em Is.9.6 não significa que ele é inferior ao Pai. Pois no contexto Jeová também é chamado de poderoso (Is.10.21).

ANTITRINITARISMO – Não aceitando Deus da maneira como Ele se revela na Bíblia, os seguidores desta heresia negam completamente a doutrina da Trindade. Destacando-se “as Testemunhas de Jeová”, “os Mórmons”, “Igreja Voz da Verdade” e também uma seita oculta chamada “Espiritismo”.

Refutação bíblica – Tanto o Pai, como o Filho (Mt.18.20; 28.18; Jo.21.17), como o Espírito Santo (Sl.139.7; Rm.15.19; 1Co.2.10), são Onipresentes, Onipotentes e Oniscientes. Todas as três Pessoas da Trindade possuem qualidade divina. Negando a Trindade tornaremos politeístas ou triteístas como ensina o Mormonismo. Por outro lado, cremos em um só Deus eternamente subsistente em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Não são três deuses, são três pessoas em uma unidade composta (Jo.1.1; 10.30; Jo.14.16). Para a palavra “único” no A.T. há vocábulos hebraicos distintos. Para “único” com o significado de unidade absoluta no hebraico usa-se ישד (transl.: yachid), exemplos: Gn.22.2; Pv.4.3; Jr.6.26; Am.8.10. E “único” com o significado de unidade composta usa-se אחד (transl.: ’echad) exemplos: Nm.13.23; Gn.41.25 e Dt.6.4. Essa palavra hebraica é a melhor referência de “Trindade” na Bíblia.

Portanto, o Deus: Pai (Êx.20.2), Filho (Jo.1.1) e o Espírito Santo (At.5.3,4). Criador de tudo (Is.44.24; Jo.1.3; Jó 33.4), presente na fórmula batismal (Mt.28.19), na distribuição dos dons (1Co.12.4-6), na bênção apostólica e sacerdotal (2Co.13.13; Nm.6.24-26), habita conosco (2Co.6.16; Jo.14.23; 1Co.6.19), o único santo (Ap.15.4; At.3.14; 2.38), é trino e nem por isso deixa de ser único.

PENITÊNCIA (heresia exclusivamente Católica).

O catolicismo Romano define este dogma da seguinte forma: “A absolvição tira o pecado, mas não remedia todas as desordens que ele causou. Liberto do pecado, o pecador deve ainda recobrar a plena saúde espiritual. Deve, portanto, fazer alguma coisa a mais para reparar seus pecados; deve ‘satisfazer’ de modo apropriado ou ‘expiar’ seus pecados. Esta satisfação chama-se também ‘penitência’.” (retirado do Catecismo pág.402, §1459).

Refutação bíblica – Os católicos seguem fielmente a penitência, crendo que essas boas obras são exigidas por Deus para fazer compensação por seus pecados e restaurá-los à “plena saúde espiritual.” Os fiéis chegam ao extremo das limitações humanas. Muitos conhecidos como “romeiros”, fazem grandes caminhadas, umas a pé outras até de joelhos. Uma verdadeira negação ao sacrifício de Jesus camuflado de “atos de fé e devoção”. Este dogma desafia a Palavra de Deus e degrada a obra de nosso Senhor Jesus Cristo na cruz do Calvário (ver 1Jo.1.9; Hb.8.12; 10.17,18; Gl.2.16,21; Is.53.5; 64.6). O sacrifício de Jesus não foi incompleto, como se precisasse de um reforço ou um complemento! Observe a orientação dada pela igreja sobre como se faz a penitência: “… pode consistir na oração, numa oferta, em obras de misericórdia, no serviço do próximo, em privações voluntárias, sacrifícios, e principalmente na aceitação paciente da cruz que temos de carregar.” (retirado do Catecismo pág.402-403, §1460). Entretanto o sacrifício de Jesus na cruz anulou toda a necessidade de ofertas ou obras de expiação (Hb.9.24-26; 10.8-12).

HIPERDULIA – o culto especial a Maria (heresia exclusivamente Católica).

Na apologia cristã evangélica isso se chama de “mariocentrismo” e “mariolatria”: comportamento religioso do catolicismo romano que gira em torno de Maria e do culto que é prestado a ela e suas imagens. No Catolicismo popular, Maria é o centro de preces, devoção e adoração. Jesus praticamente é ofuscado pelo culto a semideusa mãe.

Refutação bíblica – Porém para a igreja do primeiro século o centro de tudo era Jesus (1Co.3.11; Ef.4.5a). A adoração a Maria é flagrante dentro do catolicismo popular, que é coberto por um discurso eufêmico de “veneração” dentro do catolicismo tradicional. Bem como o uso de supostas réplicas de suas feições. Porém Jesus foi muito claro: “… Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto”. (Mt.4.10). A “hiperdulia” é uma adoração e um culto antibíblico e anticristão, uma vez que ambos condenaram tal prática. “Idolatria” é o culto prestado a ídolos. Vem do grego “eidololatreia”. Esse termo refere-se à “adoração” ou “idolatria”. Ou seja, adoração a qualquer objeto, pessoa, instituição, etc., que tome o lugar de Deus, ou lhe diminua a honra que lhe devemos (ver 1Co.10.14). O ídolo (do grego “eidolon”) era e é uma “imagem” ou “réplica” de adoração ou veneração. E a sua prática foi condenada tanto no antigo (Êx.20.4,5) quanto no novo pacto (1Jo.5.21; 2Co.6.16). Portanto, a “hiperdulia” (culto especial a Maria), bem como a dulia (culto aos santos e aos anjos) é um grave pecado cometido pela igreja católica e pelos católicos.

Maria não é tida apenas como uma santa no catolicismo popular. Veja esta declaração: “Sois onipotente ó Maria… Ó mãe de Deus vossa proteção traz a imortalidade; vossa intercessão, a vida… pois só por vosso intermédio esperamos a salvação.” (retirado do livro “Glórias de Maria” págs.100, 77, 147). Acompanhe os meus grifos: “Onipotente” é um atributo da divindade (Sl.91.1), “mãe de Deus” implica atualmente em ser deusa, negando assim a encarnação de Cristo (ver Fl.2.5-8; Jo.1.14; 1Jo.4.2,3). A “intercessão” é uma ponte divina humana (1Tm.2.5) e a “salvação” uma dádiva divina (Is.43.11; At.4.12). Quem é Maria para o catolicismo popular? Só pode ser uma deusa. E quanto a isso a Bíblia é terminantemente contrária (Êx.20.3; Is.42.8; 1Co.8.4). A igreja cristã verdadeira tem uma mensagem cristocêntrica! Jesus é o centro de nossas vidas (Rm.11.36; Cl.1.16b).

Obviamente o catolicismo tradicional é conivente com isso. Até porque o próprio Catecismo ensina o mariocentrismo e a mariolatria, como por exemplo, na página 274, §969 diz: “… Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora, protetora, medianeira”. “… A piedade da Igreja para com a Santíssima Virgem é intrínseca ao culto cristão. A Santíssima Virgem é legitimamente honrada com um culto especial pela Igreja”. E na página 275, §975: “Cremos que a Santíssima Mãe de Deus, nova Eva, Mãe da igreja, continua no Céu sua função materna em relação aos membros de Cristo”.

Ora, a partir do momento que se coloca Maria como “Mãe de todos”, “advogada”, “medianeira” e um “culto” é prestado, ela assume o “centro das atenções” e “toma a adoração” que é para o Trino Deus: “Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura”. (Is.42.8). Veja que o apóstolo Paulo via as prerrogativas divinas como legitimidade de uma divindade (Gl.4.8). Ele usou a palavra grega “phusis” (natureza – características naturais de um ser) para definir a divindade. Se os santos e Maria possuem “phusis theos” (natureza divina) eles são deuses, no mínimo semideuses. O que contraria o 1º mandamento (Êx.20.3). E que se diga de passagem que Maria também é aclamada por Roma como “Senhora”. Expressão usada no N.T. grego: “kurios”, contudo atribuída a Cristo (Jo.13.13), em passagem nenhuma do N.T., se refere a Maria. Ferindo a unidade da própria Igreja de Cristo, que reza que “há um só Senhor [kurios]”. (Ef.4.5; Jd.v.4). Em Mc.12.29 fazendo referência a Dt.6.4. A palavra “kurios” se faz representar o nome divino: “Yehovah”.

Todo o argumento da teologia católica de que pessoas receberam glória na Bíblia são argumentos sem sustentação. Porque a palavra glória tem uma polissemia muito clara. Um estudante sério das Escrituras não confundiria, por exemplo, a glória citada por Paulo aos cristãos em Rm.2.10 com a glória citada por João a Cristo em Jo.1.14. O mesmo ocorre com os outros substantivos “honra”, “louvor” e etc. São textos que não passam de pretextos. O mesmo ocorre com a questão da chamada adoração da bandeira nacional. Onde ninguém nunca se viu o governo aclamando que a nossa bandeira tenha poderes milagrosos ou que ela tenha prerrogativas divinas nos céus. Usam-se também as passagens do Antigo Testamento onde Deus manda confeccionar imagens de anjos e etc. Assunto dirimido no meu texto “Tipos de Imagens” postado aqui.

A PRIMAZIA PAPAL, LINHAGEM APOSTÓLICA E O EXCLUSIVISMO DE ROMA (heresias exclusivamente Católicas).

Todos os católicos são orientados de pai para filho acerca desde assunto. No Catecismo reza-se: “Esta é a única Igreja de Cristo que no Símbolo confessamos una, santa, católica e apostólica.” pág.232 §811. Cita-se sempre o texto de Mt.16.18,19 e Jo.21.15-17 onde sofismam que Pedro era o líder supremo de uma única igreja suprema. Dividiremos nossa refutação em três partes:

PARTE A – Explicando o texto de Mateus 16.18,19

Quanto ao verso 18: “Pedro” (traduzida do grego) ou “Cefas” (palavra aramaica) foi um nome dado por Jesus ao apóstolo, que antes chamava-se “Simão” (Jo.1.42). O N.T. foi escrito em grego, e a palavra grega traduzida por “Pedro” em Mateus 16.18 é “petros” (uma rocha ou uma pedra), diferente da palavra grega traduzida por “pedra” no mesmo texto que é “petra” (rocha, penhasco, grande pedra). Observe a diferença: quando Jesus diz “tu és Pedro” Ele não está dizendo que ele é a “pedra fundamental” da igreja cristã, mas possivelmente uma “pedra bruta” que poderá ser uma “pedra de construção” (do grego “lithos” não usada no presente texto). E quando Jesus diz “sobre esta pedra edificarei minha igreja” Ele referiu-se a si mesmo e não a Pedro. Pois Pedro ainda nem era uma “pedra de construção”. Esta palavra grega “petra” (traduzida por “pedra” no texto) é associada pelo apóstolo Paulo em 1Co.10.4 a Cristo: “e beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo.” Isso ocorre porque a palavra “pedra” foi um título dado a Jesus em profecias messiânicas (Is.28.16; Zc.10.4 e Sl.118.22). Por isso, quando Pedro responde “tu és o Cristo” (Mt.16.16), ficou para Jesus fazer a confirmação se a resposta de Pedro era correta e reitera-la com suas palavras. Concluindo-se em: “Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus” (confirmação da resposta de Pedro, v.17) e “sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (reiteração de Cristo, v.18). O próprio Pedro anos mais tarde reiterou também: “Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo”.(1Pe.2.4,5). Pedro faz uma sinédoque da palavra grega “lithos” (pedra) para Jesus e para todos os cristãos. Onde ele revela Cristo como a “pedra fundamental” e os demais cristãos, inclusive ele sem nenhuma exclusividade ou pretensão, todos são igualados como “pedras de construção”.

Parafraseando o diálogo entre Cristo e Pedro “dentro do contexto” ficaria mais ou menos assim:

JESUS pergunta: “quem dizeis que eu sou?” (Mt.16.15).

PEDRO responde: “tu és o Cristo [a pedra fundamental]” (idem v.16).

JESUS aprova a resposta de Pedro: “Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus”. (idem v.17).

E JESUS reitera com suas palavras: “também Eu te digo que tu és Pedro [uma pedra] e sobre esta pedra [pedra fundamental] edificarei a minha igreja…”. (idem v.18).

Portanto, a “pedra” que a igreja cristã fundamenta-se não é Pedro, obviamente não é o Papa. Pois dentro do contexto: do diálogo entre Jesus e Pedro, do Novo Testamento na palavra grega “petra” traduzida por “pedra” e da “pedra angular” do Antigo Testamento, tudo aponta para Cristo. Inclusive, essa minha contestação é confirmada nas palavras do próprio Santo Agostinho: “Sobre essa rocha, portanto, disse Ele, a qual tu confessaste, edificarei a minha igreja. Porque a rocha (petra) é Cristo; e neste fundamento o próprio Pedro foi edificado”. (Agostinho , On the gospel of John, Tratado 12435, The Nicene and Post-Nicene Fathers Series I, 7.450).

Quanto ao verso 19: “Dar-te-ei as chaves do reino dos céus”. Esse texto não prova que Pedro viesse a ser o supremo pastor da igreja cristã, ele próprio dizia que o supremo pastor era Cristo (1Pe.5.4). Jesus estava apenas profetizando que Pedro daria início ao plano de salvação, o que realmente veio a acontecer em At.2.14-41. E se diga de passagem que Jesus deu a todos os apóstolos essa mesma autoridade (Mt.18.18).

Quanto ao texto de Jo.21.15-17: Não há base alguma para a alegação dos católicos de que Jesus confiou a Pedro o cargo de pastor universal de seu rebanho. Ora, se o triplo mandamento de Jesus a Pedro para que apascentasse os seus cordeiros e ovelhas, significa-se que Pedro deveria ser o único Pastor do rebanho ou igreja, então a tríplice resposta de Pedro à pergunta: “Tu me amas?”, significaria que Pedro era o único que amava o Senhor. No entanto, as Escrituras claramente nos provam que apascentar o rebanho de Cristo não foi tarefa exclusiva de Pedro, mas de todos os apóstolos, pois a igreja se alimentava da “doutrina dos apóstolos” e não da doutrina de Pedro (At.2.42), era pastoreada por todos os bispos (At.20.28) e presbíteros (1Pe.5.2).

PARTE B – Há uma linhagem “Apostólica” e de “Pedro” até os dias atuais?

Não podemos esquecer de que todos os dogmas acrescentados ao longo da história foram aceitos pela a Igreja, baseados no pressuposto de que os Papas foram sucessores de Pedro e eles juntamente com os bispos continuaram com autoridade apostólica e pertencente ao colégio apostólico, daí porque chamam Igreja Católica Apostólica Romana. Ensina-se que o Papa é o sucessor de Pedro e substituto do próprio Cristo: “O Papa, Bispo de Roma e sucessor de S. Pedro… em virtude do seu múnus de Vigário de Cristo e de Pastor de toda a Igreja, possui poder pleno, supremo e universal…”. (Catecismo, p.253, §882). Mais acima diz: “… o Romano Pontífice, sucessor de Pedro, e os Bispos, sucessores dos Apóstolos, estão unidos entre si”. (Idem, §880). Porém quatro questões devem ser levantadas perante essas declarações:

Em At.1.15-26 apresenta dois critérios para o apostolado: 1o era necessário ter convivido com Jesus no tempo em que Ele esteve na terra; 2o era necessário ser testemunha da ressurreição de Cristo (ver também 1Co.15.3-11; 9.1-3; Gl.1.1). Que eu saiba, deste o Papa Leão I, e os bispos da época, até os dias de hoje, nenhum desses, encaixam-se nos critérios aqui mencionados.

Em Jo.14.26; 16.13; 14.16; 1Co.2.12,13 vemos nitidamente que o vigário (substituto) de Cristo não é o Papa, mas sim o Espírito Santo de Deus. Jesus é a “cabeça” da igreja e na sua ausência temos o Espírito Santo!

Em Lc.22.25,26; 1Co.3.10,11; Mt.16.18; 1Pe.2.4-8 são unânimes em concordar que Jesus é o líder geral da Igreja e que ela não precisa de outra cabeça pois Ele mesmo já é (ver Ef.5.23). Todos os dons ministeriais existem para a edificação do corpo de Cristo, a cabeça (Ef.4.11-13). Observe que esses “dons” não foram dados só á Pedro, mas aos outros: “E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres.” (idem v.11).

Não há um texto da Bíblia que prove Pedro ter primazia sobre os demais. Quando este sentimento fermentava o coração de algum Jesus ensinava: “Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva” (Mc.10.43). Jesus disse isto porque Tiago e João queriam a primazia (idem v.35-42). O Papa tem autoridade sobre o seu ministério, assim como o líder de cada ministério tem. Porém sob o ministério de Cristo é tomar o lugar do Espírito Santo e monopolizar o Cristianismo. Pedro foi chamado por Jesus para pastorear: “… Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas.” (Jo.21.17), mas não para lhe tomar o lugar no trono!

Vejamos alguns questionamentos bíblicos a despeito deste suposto papado de Pedro ou que Pedro viera a ser o primeiro papa ou sucessor de Pedro:

1.Onde está a passagem nas Escrituras que atribui a Pedro a posição de papa, ou cabeça visível da igreja?

2.Se Pedro tivesse sido ordenado soberano sobre os demais apóstolos porque não há uma passagem bíblica chamando-o de “cabeça”, “sumo sacerdote”, “sumo pontífice” ou “Sua santidade”?

3.Se Pedro tivesse a primazia sobre os demais apóstolos, porque não fez ele sozinho a escolha dos diáconos em At.6.1-6?

4.Se Pedro fosse supremo, um papa, não parece estranho que os apóstolos em At.8.14 o tivessem mandado a Samaria?

5.No concílio de Jerusalém (At.15.1-29) os apóstolos e presbíteros se reúnem para examinar a questão (v.6), Pedro dar sua parcela de participação no concílio (v.7-11), Paulo e Barnabé participam também (v.12), Tiago pronuncia as últimas palavras (v.13-21) e finalmente todos juntos decidem aquela questão e enviam uma carta aos gentios (v.22-31). Se Pedro fosse papa, reconhecido pelos apóstolos e presbíteros, ele poderia decidir a questão exclusivamente por seu voto. E mais, ele não deveria presidir toda a reunião?

6.Se Pedro fosse papa, porque Paulo não menciona o ofício dele em Ef.4.11-16 ?

PARTE C – A igreja Católica Romana é a única igreja cristã?

Não existe uma única igreja cristã, para que isso ocorresse deveria ter um único líder cristão. E esse cargo já é ocupado por Jesus Cristo. Ele é a cabeça da igreja cristã: “antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Ef.4.15). A igreja cristã é representada por várias igrejas locais com seus respectivos pastores, bispos ou presbíteros: “Cuidai pois de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele adquiriu com seu próprio sangue.” At.20.28, veja também 1Pe.5.1-4.

A verdade deve ser dita. Igreja nenhuma salva, somente Jesus Cristo pode fazer esse papel (At.4.12; Is.43.11). Ele é que é o único caminho e a única verdade (Jo.14.6; 17.3; 1Jo.5.20). A igreja de Cristo verdadeira não é definida por um rótulo denominacional ou por seu tempo de existência, mas pela sua proclamação fiel da Palavra e de seu testemunho perante os homens (Jo.8.31; 13.35; 15.8; Mt.5.13-16; Tg.1.22-25). Se fracassar nisso não passará de uma aglomeração de fariseus (Mt.5.20).

Com esse flagrante exclusivismo, a Igreja Católica Apostólica Romana se coloca como uma genuína SEITA CRISTÃ.

A IMACULABILIDADE E A INTERCESSÃO DOS SANTOS CATÓLICOS (heresia exclusivamente Católica).

a) Os santos Católicos são imaculados ou só Maria é imaculada?

Há um mito muito grande colocado nos “santos” da Igreja Católica pelo Catolicismo popular. O católico não compreende que “santo”, sem pecado, só há um, que é Deus (Ap.15.4; Jó 15.15,16). Seus santos tornam-se imaculados como o Deus trino. Porém, a Palavra de Deus é clara, toda a raça humana nasce de baixo de pecado (Rm.3.23; 5.12; Sl.51.5). A morte é a prova de que toda humanidade é pecadora (Rm.6.23; 1Jo.1.10).

Os santos da Igreja Católica não são mais santos do que qualquer cristão da Igreja. A santidade humana é diferente da divina. Deus é santo “imaculado”, nós somos “santos”, “separados” do mal para servi-lo, “santificados” por Deus e não por conta própria (1Ts.5.23; 1Co.1.2; 6.11; Hb.2.11; 10.10).

Na Bíblia a expressão “santo” é um adjetivo atribuído a Deus, aos anjos e aos homens. Contudo, não precisamos de uma análise meticulosa para perceber que quando se atribui a Deus tem uma diferença gigantesca quanto aos demais seres, inclusive a Maria. O texto de Ap.15.4, por exemplo, diz: “Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo…”. O próprio ser angelical que fala faz distinção do adjetivo “santo” quando atribuído a Deus. Maria e os demais santos e anjos, todos foram atingidos pelo pecado (Rm.3.22,23; Jó 15.15,16). E são santos pela graça divina. Enquanto que Deus é santo por qualidade divina. Por isso, o termo “imaculado” é um termo exclusivo de Deus.

Na verdade, nesta questão, há uma desarmonia entre o Catolicismo popular e o Catolicismo tradicional. O Catecismo (que é a fonte doutrinária do catolicismo tradicional) não apresenta os santos como “imaculados”, mas como “modelos de santidade” (conforme o Catecismo, p.238, §828). Segundo o catolicismo tradicional, esse termo é usado exclusivamente para Maria (conforme o Catecismo, p.138, §490-492 e p.143, §508). O que também não deixa de ser um equívoco. Pois Maria foi gerada por meio natural de reprodução humana (o ato conjugal de marido e mulher), assim ela nasceu com pecado original. Do contrário a Igreja Católica teria que atribuir a imaculabilidade a toda origem dela. Ao afirmar que Maria “foi preservada imune de toda mancha do pecado original” os autores do Catecismo não percebem que, para isso, a mãe de Maria deveria nascer sem pecado também; a mãe da mãe de Maria também; a mãe, da mãe, da mãe, de Maria igualmente e assim sucessivamente até chegar em “Eva”, que deveria estar sem pecado, mas ela pecou e seu marido também (Gn.3.1-6). Por isso, toda humanidade nasce com o pecado original, bem como Maria (Rm.5.12). Do contrário, se Deus pôde tornar Maria sem pecado sem precisar fazer isso com toda a sua genealogia, porque Ele não fez isso com toda humanidade que o buscasse? Pouparia assim a crucificação de seu Filho.

Para justificar essa imaculabilidade exclusiva de Maria o Catecismo prossegue afirmando que ela, “para ser a Mãe do Salvador”, “foi redimida desde a concepção”. Ora, Deus não precisava tornar Maria sem pecado para gerar Jesus. Ele só precisava de uma virgem santa e temente a Ele para que o Espírito Santo fizesse a obra. Cristo nasceu “imaculado” por mérito do Espírito Santo e não de Maria. A passagem de Jo.3.6, embora dentro de outro contexto, faz distinção entre geração da “carne” e do “Espírito Santo”.

José não teve relações com Maria para gerar Jesus. Nisso o catolicismo concordará comigo. Sendo assim, como a concepção de Jesus foi “sobrenatural”, conforme Mt.1.20, aquilo que o catolicismo tenta justificar sobre a imaculabilidade de Maria no seu Catecismo não justifica e nem encontra sustentação na Bíblia Sagrada.

b) Podem os santos interceder entre Deus e os homens?

Quanto a intercessão dos “santos”, o Catecismo reza: “… A sua intercessão é o mais alto serviço que prestam ao plano de Deus. Podemos e devemos pedir-lhes que intercedam por nós e pelo mundo inteiro.” (p.689, §2683).

Refutação bíblica – Este múnus é exclusivamente de Jesus Cristo: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1Tm.2.5). Devemos tomar cuidado com o eufemismo aqui. Tanto “mediador” quanto “intercessor” vão levar ao mesmo raciocínio. Mediador pode significar “medianeiro”, que por sua vez significa “intercessor”. O termo grego usado no texto é “mesites”, que tem o significado de: “alguém que fica entre dois”, “mediador de comunicação” e “arbitrador”. E para irmos a Deus só precisamos de Cristo, não precisamos de ninguém! Observe que Jesus está “entre Deus e os homens”. E não entre Deus e os santos ou Maria. O presente texto anula toda e qualquer oportunidade de se pedir aos santos ou Maria para que estes peçam a Jesus para ele pedir ao Pai. Tornando-se um preceito absoluto.

Entre Deus e os homens há um grande abismo intransponível! Ninguém pode ir diretamente ao Pai senão por Cristo (Jo.14.6). Jesus é a “ponte” que liga o homem a Deus. Cristo já é o intercessor (Hb.7.25). Devemos ir diretamente a Ele: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” (Mt.11.28). E mais, só Jesus é chamado de Sumo sacerdote e mediador (Hb.9.11,12,15). Não há uma referência bíblica tratando outra pessoa na Nova Aliança como Sumo sacerdote e Mediador dessa aliança.

Jesus recebeu todo o poder para ouvir nossas preces (Mt.28.18; 1Jo.2.1; Hb.7.23-28). A expressão “em meu nome” usada por Cristo, aparece 18 vezes no Novo Testamento (versão Almeida Atualizada. Exemplo: Mt.18.20). Usar o nome de outras pessoas para preces serem ouvidas é negar tudo o Cristo oferece. É dizer que a intercessão dele precisa de um reforço ou complemento dos santos que já morreram e nem ressuscitaram. E onde se encontram não podem fazer nada por ninguém (Jó 7.9,10; Ec.9.5,6; Sl.115.17; Lc.16.27-29). Para que um “santo” católico fosse mediador ou intercessor da Nova Aliança, teria que ter duas naturezas: uma divina e humana. Ser Deus como Jesus (Jo.1.1) e homem como Ele foi (idem 1.14). Nisso, todos os santos estão incompletos, inclusive Maria.

A intercessão de Cristo é suficiente. Isso significa dizer que não precisamos de outros intercessores ou medianeiras para complementar. Por isso que os reformadores declararam: “Solus Christus” (Somente Cristo).

ALGUMAS HERESIAS DE SEITAS ORIENTAIS, OCULTAS E SECRETAS.

REENCARNAÇÃO (seitas orientais e ocultas) – Prega-se em resumo das seitas orientais e ocultas que reencarnação é a volta da alma à vida corporal, mas em outro corpo novamente formado para ele que nada tem de comum com o antigo. Ensina-se que a morte é apenas um meio de ir ao mundo espiritual e a reencarnação um meio de retornar ao mundo físico. A vida terrena torna-se uma expiação. Tudo o que um indivíduo sofre é justo; foi merecido nesta ou noutras encarnações. Seitas que se destacam com esse ensino: “Nova Era”, “Espiritismo” [em todas as sua versões], “Hare Krishna”, “LBV”, “Cultos Afro-brasileiros”, “Seicho-no-iê”, “Meditação Transcendental”, “Igreja Messiânica Mundial”, “Arte Mahikaru”, “Perfect Liberty”, “Rosa Cruz”.

Refutação Bíblica – Este ensino de justiça de “matar, roubar e destruir” é muito parecido com as obras do Diabo (Jo.10.10a). Como fica este tipo de comportamento perante o ensino de Jesus Cristo? (Mt.5.21,22,38,39,44). Quando nos arremetemos contra alguém, expomo-nos a fazer sofrer um inocente. A doutrina espírita, por sua vez, defende que só fazemos sofrer quem merece. Porém o verdadeiro problema, o mal em todas as suas formas, o pecado, a verdadeira causa do sofrimento e da injustiça permanece sem tratamento; não é resolvido em absoluto, apenas é perpetuado indefinidamente. Uma maldade exige outra em compensação, e a outra mais outra, e assim sucessivamente.

Pela Bíblia, só existe um meio de expiação ou reparação do pecado: O sacrifício de Jesus Cristo. Sim, quando ele estava nas ânsias de sua crucificação e morte, pediu ao Pai que se houvesse outro meio de expiação do pecado, falha, erro do homem, que ele o livra-se da morte (Mt.26.39). No entanto Deus deu a seu filho a morte de cruz, provando que não havia outro meio de purificação do homem a não ser pelo derramamento de sangue, o sangue de um inocente, Jesus Cristo (Rm.5.8,9; 1Jo.2.2; 1Pe.1.18,19; Hb.9.14,22,24-26). Se existisse reencarnação Deus não teria entregado seu filho ao mundo (Jo.3.16).

O sacrifício de Jesus feito uma só vez apaga os nossos pecados quando confessados a Ele (1Jo.1.9,10). Para isso é necessário o arrependimento (At.3.18,19) e com o arrependimento vem a reparação, ou como nós chamamos “santificação”. Causando assim no homem um “novo nascimento”. (1Pe.1.23; 2Co.5.17; Gl.6.15; Jo.3.3). Não existe uma pluralidade de existência (em corpos) com um só espírito, pois a Palavra de Deus é clara em dizer que está determinado por Deus o homem morrer uma só vez, depois se segue o juízo sobre o espírito humano, essa é a regra (Hb.9.27). Se existe exceções é para os casos de ressurreição por intervenção do milagre, para a glória de Deus. A Bíblia registra casos de ressurreição tais como: a do filho de viúva de Serepta (1Rs.17.19-22), o filho da Sunamita (2Rs.4.32-37), o defunto que foi lançado na cova de Eliseu (2Rs.13.21), a filha de Jairo (Mc.5.21-23, 35-43), o filho da viúva de Naim (Lc.7.11-15), Lázaro (Jo.11.39-44), Dorcas (At.9.36-42).

O espírito vai para Deus quando acontece a morte (como “separação” do espírito/alma do corpo) e assim segue-se o juízo sobre a sua vida (Hb.9.27; Lc.16.22,23; Jo.5.24 na versão Almeida Revista e Atualizada, Jerusalém ou King James). Por isso, com esperteza, os espíritas não acreditam na expiação de Jesus, nem na queda do homem, nem na deidade de Jesus, nem no céu e nem no inferno, a fim de manter viva a crença nesta doutrina absurda e falível. Pois a existência destas doutrinas ameaça a teoria da reencarnação?

HÁ DIFERENÇA DE RESSURREIÇÃO PARA REENCARNAÇÃO

A Bíblia jamais faz qualquer referência à palavra “reencarnação”, tampouco a confunde com a palavra “ressurreição”. Segundo o dicionário Escolar de Língua Portuguesa, de Francisco da Silveira Bueno, “reencarnação” é o ato ou efeito de reencarnar pluralidade de existências com um só espírito; enquanto que a palavra “ressurreição”, no grego, é “anástasis” e “égersis”, ou seja: levantar, erguer, surgir, sair de um local ou de uma situação para outra. No latim, “ressurreição” é o ato de ressurgir, voltar à vida, reanimar-se. Biblicamente, entende-se o termo “ressurreição” como o mesmo que ressurgir dos mortos, em outras palavras, é o retorno da alma e do espírito ao mesmo corpo. Que pode acontecer por um milagre (1Rs.17.22) e que vai acontecer por ocasião da vinda de Cristo (1Ts.4.16). A diferença é que o primeiro caso o espírito-alma volta para um corpo “mortal”, já o segundo para um corpo imortal (1Co.15.53).

Os espíritas não acreditam na ressurreição dos mortos porque o corpo é absorvido e disperso pela natureza, e é impossível materialmente recompor os elementos desse corpo. Entretanto, acreditam em vidas em outros planetas e também em espíritos. Ou seja, quando um ensinamento bíblico põe em contradição seus ensinos julgam-no cientificamente. Mas quanto aos seus ensinos julgam pela fé. A ressurreição na Bíblia é figurada como uma semente, toda semente lançada em terra, pela lei da vida deve ressurgir? (ver 1Co.15.42-44). Aproveitando o ensejo vamos citar apenas dois casos de mortos que foram levantados dentre os mortos após quatro e três dias de sepultados:

Nome da pessoa morta: Lázaro, Jo.11 :
a) Estava morto (v.14);
b) Estava sepultado já havia quatro dias (v.17);
c) Já cheirava mal (v.39);
d) Ressuscitou ainda envolvido em mortalha (v.44);
e) Ressuscitou com o mesmo corpo e mesma aparência que possuía antes de morrer (v.44).

Nome da pessoa morta: Jesus Cristo
a) Os soldados romanos testemunharam que Cristo estava morto (Jo.19.33);
b) José de Arimatéia e Nicodemos sepultaram-no (Jo.19.38-42);
c) Ele ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc.24.1-7);
d) Mesmo depois de ressuscitado, Ele ainda portava as marcas dos cravos nas mãos, para mostrar que seu corpo, agora vivo, era o mesmo no qual sofrera a crucificação, porém, glorificado (Lc.24.39; Jo.20.27).

JOÃO BATISTA ERA ELIAS REENCARNADO?

Ele mesmo respondeu: “Não sou” (Jo.1.21), e logo, se reencarnação é o ato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existências com um só espírito, é evidente que um vivo não pode ser reencarnação de alguém que nunca morreu. Ora, João Batista não era a reencarnação de Elias, pois ele não morreu. Foi arrebatado vivo ao Céu (2Rs.2.11). E se João Batista fosse Elias reencarnado, no momento da transfiguração de Cristo, teriam aparecido Moisés e João Batista, e não Moisés e Elias (Mt.17.3). A citação de Cristo em Mt.11.14 é apenas uma alusão a uma profecia registrada em Ml.4.5.

NASCER DE NOVO É REENCARNAR? (Jo.3.3,5)

Não, a expressão “nascer de novo” (do grego anothen) significa nascer do alto, nascer de cima, por obra e graça do Espírito Santo, mediante a Palavra (Jo.15.3; Ef.5.26). De acordo com Bíblia, novo nascimento é o mesmo que regeneração (Tt.3.5) e não reencarnação. Jesus estava falando da regeneração, uma mudança interior que diz respeito conversão do pecador, nunca se referiu a mudança de corpo ou passagem da alma de um corpo para um novo. Ora, daí o equívoco de Nicodemos, ele pensava que o homem depois de velho viesse a renascer fisicamente, no que foi logo dissuadido pelo Senhor (ver ainda 1Co.6.11; Ef.4.23,24; Cl.3.9,10; Tt.3.3-6).

Não existe a palavra “reencarnação” no grego neotestamentário. Os seguidores desta heresia tentam encontrar desesperadamente similaridades em algumas palavras para fugirem do vazio bíblico sobre o assunto. O que é um paradoxo, pois se negam a inspiração divina da Bíblia, pra quê provar algo nela? Entretanto, sugerem, por exemplo, a palavra “paliggenesia” presente em Tito 3.5 que significa “novo nascimento”, “reprodução”, “renovação”, “regeneração”. Uma colocação simplória totalmente fora do contexto e do significado da palavra. Onde nem se encontra presente a palavra “alma” (do N.T. grego “psuche”) na estrutura da palavra. Por exemplo, a palavra “transmigração” (metempsychosis), que é uma heresia muito parecida com a reencarnação, pois acredita que a alma dos mortos reencarna, a diferença básica é que em animais. Observe que a formação desta palavra nasce do seu conceito: “metem” (transporte) + “psychosis (alma). Isso não ocorre com nenhuma palavra grega surrupiada do N.T. grego pelos defensores da heresia reencarnacionista.

Interpretando a citação de Tito 3.5:

“não por obras de justiça praticada por nós….”. Em primeiro lugar, temos aqui uma clara refutação bíblica a heresia reencarnacionista que se baseia em obras.

“… ele nos salvou mediante o lavar regenerador [paliggenesia] e renovador [anakainosis] do Espírito Santo”. Em segundo lugar, as atribuições deste fenômeno espiritual são dadas ao Espírito Santo, um ser pessoal (Efésios 4.30) e divino (Atos 5.3,4), citado por Jesus como consolador (parakletos: alguém que pleiteia a causa de outro, intercessor). Ele “renova” (paliggenesia) e “restaura” (anakainosis) os pecadores e não “reencarna”. O papel do Espírito Santo é transformar a vida dos pecadores (João 16.8). Paulo estava dizendo que o Espírito Santo mudara tanto a sua vida como a de Tito. E que eles eram salvos por essa causa.

Veja o contexto: “que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador”. Ou seja, que o Espírito Santo (ele) fez (derramou sobre) com eles (Paulo e Tito) por intermédio de Jesus. (Tito 3.6).

QUEM PECOU, ESTE OU SEUS PAIS, PARA QUE NASCESSE CEGO? (Jo.9.2)

Os espíritas usam versículos da Bíblia para apoiarem suas idéias absurdas e heréticas. A argumentação espírita diz: “Essa pergunta (de Jo.9.2) prova que os apóstolos acreditavam na reencarnação”. Porém na tradição judaica acreditava-se que a criança no ventre da mãe já poderia cometer o pecado de idolatria, quando esta adorava deuses pagãos, daí o porquê dos discípulos perguntarem quem teria pecado. É certo que longe estava Cristo de partilhar tais idéias (nem a suposição espírita e nem a teoria judaica de maldição hereditária). Ele respondeu: “Nem ele pecou nem seus pais; mais isto aconteceu para que se manifestem nele as obras de Deus.” (v.3).

A resposta de Jesus arrasa os alicerces de toda a construção reencarnacionista, baseada na opinião de que toda a infelicidade, todo sofrimento, decorre do pecado pessoal. Há contrariedades e sofrimentos que Deus envia simplesmente para que sejam manifestas suas obras e que suas criaturas sejam preparadas para eternidade.

CONSULTA AOS MORTOS (seitas ocultas) – Os sectários defensores desta heresia acreditam que as pessoas que já morreram podem ser invocadas e comunicar-se com os vivos e vice-versa. Aderem a este pensamento todas as seitas que pregam a reencarnação.

Refutação bíblica – Essa prática, embora enfatizada modernamente por alguns falsos profetas, é muito antiga. Já nos tempos do A.T. encontramos os judeus envolvidos com a consulta àquilo que entendiam serem os mortos. Deus, na sua Palavra, proíbe explicitamente tal prática. Não por ser ela verdadeira, mas por ser enganosa e perigosa, uma vez que engoda o praticante nas teias venenosas da feitiçaria (ver Dt.18.10-12). A consulta aos mortos propõe para os seus seguidores que os vivos podem se aconselhar com os que já viveram (os mortos). Porém o povo de Deus possui a inigualável revelação de Deus pela qual disciplina a sua vida (Is.8.19,20; Hb.4.12; 2Tm.3.16,17). E por esta revelação entendemos que os mortos, devido ao estado em que se encontram, não têm parte em nada do que se faz e acontece na Terra (ver Ec.7.2; 9.5,6; Sl.88.10-12; Is.38.18,19; Jó 7.9,10). Quanto ao caso da feiticeira de En-Dor, que fez trazer um pseudo Samuel, não seria possível tal façanha, haja vista algumas observações: Ela não disse que viu Samuel (1Sm.28.13), ela profetizou falsamente que Saul cairia nas mãos dos filisteus (1Sm.28.19), porém Saul cometeu suicídio e veio parar nas mãos dos homens de Jabes-Gileade (1Sm.31.4,11-13), profetizou que todos os filhos de Saul morreriam (1Sm.28.19), porém ficaram vivos pelo menos três: Isbosete (2Sm.2.8-10); Armoni e Mefibosete (2Sm.21.8). Apenas outros três morreram (1Sm.31.6; 1Cr.10.2-6). Se Samuel estivesse ali de verdade teria profetizado para feiticeira corretamente (ver 1Sm.3.19). Saul cometeu pecado perante o Senhor, pois desobedeceu a sua Lei que reprovava tal prática (Êx.22.18; Lv.20.27; Is.47.11-15). Por isso Saul morreu (1Cr.10.13).

SALVAÇÃO PELAS OBRAS (seitas orientais, ocultas e secretas) – Este falso ensino tem perdurado deste os tempos antigos e até hoje o homem tenta se justificar dos seus pecados através de boas atitudes. Através de seus esforços e sofrimentos. Por si mesmo. Podemos dizer que em todas as religiões pagãs se prega isso e seitas como “Kardecismo”, “Nova Era”, “Maçonaria”, etc. Até o catolicismo é simpatizante de tal heresia.

Refutação bíblica – A salvação se restringe na fé em Jesus (Rm.5.1) por meio da graça de Deus (Ef.2.8,9). Todos os méritos da salvação estão em Jesus, assim como todos os méritos da pecaminosidade humana estão em Adão. Nós nascemos pecadores por causa de Adão e somos salvos por causa de Cristo (ver Rm.5.15-21). Assim, o homem não pode fazer nada para se redimir do pecado. As boas obras são importantes, mas não são redentoras.

POLITEÍSMO (seitas orientais, ocultas e secretas) – É a crença de que há vários deuses. Seitas como “Maçonaria”, “Mormonismo” (uma seita pseudocristã), “Espiritismo” e algumas religiões pagãs, são seguidores desta heresia.

Refutação bíblica – Abraão foi chamado a separar-se do paganismo e torna-se testemunha do único Deus Verdadeiro (Gn.12.1-4; Sl.147.19,20). Não existem outros deuses além do Senhor Deus que se revelou a Abraão (Is.43.10,11). Tudo não passava da mente fantasiosa dos homens pagãos que não conheciam o Deus Criador do céu e da Terra (Gl.4.8; Dt.6.4). Confundiam os fenômenos da natureza com deuses e os astros também, por isso o Senhor Deus orientava o seu povo acerca disso (Êx.20.1-5; Sl.115.4-8). Jesus pregou contra o politeísmo (Jo.17.3). Também seus seguidores (1Tm.2.5). Toda a Igreja também (Ef.4.6a). Tal ensino já foi refutado no passado (Is.44.6; 45.5). A predominância em todo o nosso planeta é de concepção monoteísta.

PANTEÍSMO (seitas orientais e ocultas) – Este sistema de pensamento que confunde Deus com universo é uma heresia que ressuscita do hinduísmo por influência de seitas como “Nova Era”, “Teosofismo”, “Seicho-no-iê”, “Hare Krishna”, “Perfect Liberty”, “Rosa Cruz”. O panteísmo ensina que tudo é Deus e que Deus é tudo.

Refutação bíblica – Esta teoria confunde as coisas. Deus é o criador e a natureza é a criação, não podem ser confundidas. Assim como uma obra de um pintor não pode ser confundida com ele. Deus não é a sua obra e nem vice-versa. O apóstolo Paulo, fez críticas a esse tipo de pensamento (Rm.1.20-23). O profeta Jeremias também (Jr.2.26-29). O panteísmo não passa de um “improviso” do homem. Pois havendo Deus se retirado do mundo, porque não fazer do mundo um deus ou da Terra uma deusa? Deus é onipresente, por está em toda parte, no entanto ele existe à parte de suas obras. Haja vista que Ele é pessoal e também transcendente, isto é, sua existência vai além das coisas criadas. A Bíblia diz que Deus criou o homem (Gn.1.26), por isso o homem não faz parte do divino (Is.43.10), como pregam as seitas seguidoras desta heresia (ver Sl.19.1; 102.25; Is.44.24). Tal ensino é oposto às Escrituras, que apresenta um Deus pessoal (Êx.3.13-15), que tem sentimentos (1Jo.4.8), se distingue da criação (Is.55.8,9), se manifestou em carne (Jo.1.1,14; 1Tm.3.16) e que julgará este mundo com justiça (Ap.20.11,12). Por isso Deus é chamado de “Santo” (Sl.22.3; Ap.15.4). Essa palavra empregada a Deus tem um sentido mais amplo do que atribuído aos anjos ou seres humanos. Uma vez que ele é antes de tudo ser criado (Cl.1.17; Jo.17.5). Deus é separado de sua criação!

CONCLUSÃO

Quanto escrevi este texto não tive a intenção de exaurir o assunto. Pois são muitas heresias no mundo. O meu objetivo é de fornecer ao leitor uma informação geral sobre as seitas. E a apresentação de algumas heresias com as devidas refutações bíblicas. Para que você possa exercitar a apologia cristã evangélica.

Sola Scritpura!

NOTAS:

1 – Reunião de elementos doutrinários de origens diversas que não chegam a se articular em uma unidade sistemática consistente
2 – Ato de suavizar a expressão duma idéia substituindo a palavra ou expressão própria por outra mais agradável, mais polida.
3 – Que se pode tomar em mais de um sentido; equívoco.
4 – São todas as denominações cristãs que se comprometem somente com a Bíblia Sagrada, em seus livros canonizados pela comunidade judaica no século IV a.C. (V.T.) e pela comunidade cristã no século II d.C. (N.T.), prezam pela hermenêutica bíblica, pelos credos primitivos e sustentam uma teologia clássica.
5 – São todas as denominações cristãs que se envolvem com doutrinas pseudocristãs ou flertam com o liberalismo teológico.
6 – Argumento que parte de premissas verdadeiras, ou tidas como verdadeiras, e chega a uma conclusão inadmissível, que não pode enganar ninguém, mas que se apresenta como resultante das regras formais do raciocínio; falácia.
7 – Interpretação superficial vinda de fora para dentro do texto bíblico.

MATERIAL CONSULTADO:

Bíblia Apologética (edição Almeida Fiel) do ICP Instituto Cristão de Pesquisas
Bíblia Shedd (edição Almeida Revista e Atualizada)
Bíblia em Cd Rom Shammah II da Bertolini Informática Ltda.
Discipulado Básico por Daniel A. Durand
Bezerro de Ouro da Atualidade por Daniel A. Durand
Revista Defesa da Fé do ICP Instituto Cristão de Pesquisas
Série Apologética Volume I do ICP Instituto Cristão de Pesquisas
Desmascarando as Seitas por Natanael Rinaldi e Paulo Romeiro
Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo por George A. M. & Larry A. Nichols
Os Profetas das Grandes Religiões por R.R. Soares
Resposta as Seitas por Norman L. Geisler e Ron Rhodes
Seitas e Heresias por Raimundo F. de Oliveira
Por Amor aos Católicos Romanos por Rick Jones
Porque devo Crer na Trindade por Robert M. Bowman
Novo Dicionário da Bíblia por J.D. Douglas
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia por Myer Pearlman
Quem São as Testemunhas de Jeová? Por Alcides Jucksch
Bíblia Online versão 3.0 da SBB com léxico grego e hebraico Strongs
Série Apologética – volume I, editora ICP
Catecismo da Igreja Católica – Edição Típica Vaticana / Edições Loyola

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